• Category Archives Algarve
  • Igreja e Instituições Religiosas

    Igreja e Instituições Religiosas «€30.00»
    Igreja e Instituições Religiosas «€30.00»

    Padre. Afonso da Cunha Duarte – Igreja e Instituições Religiosas – Volume I – Edição – Casa da Cultura António Bentes – São Brás de Alportel – 2005. Desc. 462 pág / 27 cm x 21 cm /E.


  • Natal no Algarve II«Teatro»

    Natal no Algarve II«Teatro» «€30.00»
    Natal no Algarve II«Teatro» «€30.00»

    Padre José da Cunha Duarte, Dr. Padre Afonso Cunha  – Natal no Algarve II«Teatro»- Edição- Casa da Cultura António Bentes – são Bras de Alportel -2006. com 301 paginas de 28cmx20cm Encadernado em Capa Dura de Origem em Bom  Estado


  • Natal no Algarve«Raízes Medievais»

    Natal no Algarve«Raízes Medievais» «€30.00»
    Natal no Algarve«Raízes Medievais» «€30.00»

    Padre José da Cunha Duarte – Natal no Algarve«Raízes Medievais» Edições Colibri – Lisboa – 2002. Desc. 550 pág /27 cm x 19,5 cm / E.

     

      José da Cunha Duarte, padre católico natural de Bustelo, Penafiel que  desce a serra do Algarve, vindo de Lisboa,  numa velha camioneta da carreira. Ele, missionário nos antigos territórios ultramarinos e conhecido pelas suas posições incómodas face ao regime político derrubado em 25 de Abril, é colocado na serra algarvia, no concelho de S. Brás de Alportel. Na década de 80, S. Brás de Alportel é uma vila que carrega o peso sufocante de décadas consecutivas de declínio populacional. As sucessivas vagas migratórias deixam os velhos entregues à sua sorte. A indústria corticeira, que por finais do século XIX marcou o  momento de maior prosperidade da sua história, está cada vez mais longe. Politicamente, vivem-se tempos difíceis, reflexo da situação geral do país. As paixões pessoais confundem-se com o interesse público e as energias esgotam-se em querelas estéreis. O Padre José da Cunha Duarte desenvolve então, a par de uma notável dinâmica religiosa, uma intensa actividade dinamizadora no âmbito social e cultural por todo o concelho. Funda o Centro Cultural da Paróquia, uma escola de música que é o embrião do Grupo Juvenil de Acordeonistas de S. Brás de Alportel, organiza festas, festivais e desfiles de rua, que a pouco e pouco ajudam a transformar terra que o acolheu. Uma das mais notáveis das suas iniciativas, foi a fundação da Casa da Cultura António Bentes que originou o Museu Etnográfico do Trajo Algarvio. A sua veia coleccionista leva-o a juntar um imenso espólio etnográfico que a partir de 1982 começa a ser divulgado em exposições cada vez mais elaboradas. Regressado a S. Brás de Alportel depois de alguns anos de ausência, o Padre José da Cunha Duarte, vive intensamente a vida do “seu” museu, trabalhando actualmente na investigação das raízes provençais na etnomusicologia da nossa região, tendo passado boa parte dos anos de 1997 e 1998 em arquivos e bibliotecas francesas.


  • Portugal «O Algarve» Exposição Portuguesa em Sevilha

    Portugal «O Algarve» Exposição Portuguesa em Sevilha «€15.00»
    Portugal «O Algarve» Exposição Portuguesa em Sevilha «€15.00»

    Mário Lyster Franco – Portugal «O Algarve» Exposição Portuguesa em Sevilha- Imprensa Nacional de Lisboa – 1929 com 64 paginas de 25cmx17cm Brochado com Capa Original.

     

    Mário Lyster Franco
    Mário Lyster Franco

    Natural de Faro. Formado em Direito. Enquanto estudante de liceu, fundou e dirigiu o jornal semanário «O Algarvio» e, em cooperação com António do Nascimento, foi autor da revista «Ora Toma!». Na sua estadia em Lisboa escreveu para jornais como «A Pátria», «A Palavra» e «O Tempo». De regresso à sua cidade natal, começou aí a exercer advocacia, foi professor do ensino técnico e iniciou-se na política, sendo por duas vezes eleito Presidente da Câmara Municipal. Durante mais de trinta anos foi redactor regional do «Diário de Notícias» e, durante quarenta anos, foi o director do «Correio do Sul». A sua actividade de escritor ficou marcada por algumas publicações em livro ou opúsculo, que, segundo o autor, ” todas juntas (…) não valem dois caracóis ou dez réis de mel coado !”. A verdade é que foram de extrema importância, valendo- lhe a inserção em grupos como “Grupo Português da História das Ciências”, “Associação dos Arqueólogos Portugueses”, “Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia”, “Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia”, “Academia de Letras do Rio grande do Sul”, “Instituto Arqueológico Alemão de Berlim”, “Academia das Ciências de Lisboa” e “Sociedade Portuguesa de Escritores”. É ainda Oficial da Ordem Militar de Cristo e Comendador da Ordem do Mérito Civil, de Espanha. De destacar também a sua dedicação e trabalho insistentes na publicação do livro a que deu o título de «Algarviana».

     


  • A Música das Cantigas de Santa Maria e Outros Ensaios

    A Música das Cantigas de Santa Maria e Outros Ensaios «€15.00»
    A Música das Cantigas de Santa Maria e Outros Ensaios «€15.00»

    Francisco Fernandes Lopes – A Música das Cantigas de Santa Maria e Outros Ensaios- Edição Câmara Municipal de Olhão  – 1985. Desc. 288 pág / 20,5 cm x 14,5 cm / Br.

     

    Nascido no seio de uma família olhanense, Francisco Fernandes Lopes fez a escola primária em Olhão, passando posteriormente a estudar no Liceu de Faro. Logo aí começou a destacar-se, senão pelo seu génio, pelo menos pela sua memória, pois chegou a saber de cor todo o primeiro Canto d’Os Lusíadas, e mais duas centenas e meia de versos de outros episódios. Segue então para Lisboa, para finalizar os estudos que o conduzirão à Universidade, tendo sido aparentemente influenciado por Francisco Pulido Valente para cursar medicina. Francisco Fernandes Lopes também conheceu, ainda em Lisboa, uma plêiade de futuras personalidades ilustres e reconhecidas nas mais diversas áreas: os irmãos Pedro e Luís de Freitas Branco, Ivo Cruz, , Leonardo Rey Colaç de Castro Freire, Câmara Reis, Almada Negreiros, Ruy Coelho e Fernando Pessoa. Ingressou então na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde finalizou a licenciatura, em 1911, com uma média de 18 valores. Em 1916 finalmente doutorou-se, com a brilhante média de 19 valores, depois de apresentar uma tese sobre “Drogas e Farmacopeia”. Obteve logo convites para leccionar nesta Faculdade, mas renuncia e regressa à sua vila natal. Resposta negativa semelhante deu a Leonardo Coimbra que o viria a convidar para ser professor de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e a Fernando Pessoa, que, segundo três cartas datadas de 1919, convidou-o para um projecto de edição de uma revista sobre cultura portuguesa dedicada a estrangeiros. Para Fernando Pessoa, apenas Francisco Fernandes Lopes e mais uns poucos (nunca referidos mas que seriam “[quase] numericamente ninguém”…) teriam os golpes de génio necessários para mostrar no estrangeiro a grandeza intelectual da cultura portuguesa. Mas Francisco Fernandes Lopes preferia ficar em Olhão, vila de pescadores que vivia um momento de prosperidade económica atendendo ao labor das pescas, navegação de cabotagem e, sobretudo, à indústria conserveira. Nessa vila viveu praticamente toda a sua vida, tendo-se retirado pontualmente em algumas ocasiões, sobretudo por motivos de investigação ou de divulgação cultural, retirando-se definitivamente daí para Lisboa apenas alguns anos antes de morrer. Divulgou como poucos o fizeram a cultura e o património de Olhão, sendo também da sua autoria o célebre epíteto de vila cubista. Publicou vários artigos sobre Olhão (em jornais e na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira) e estudou a gesta colonizadora dos marítimos olhanenses no sul de Angola, em finais do séc. XIX. Foi ainda em Olhão que serviu de cicerone de várias figuras intelectuais, políticas e militares nacionais estrangeiras, como o Marechal Carl Gustaf Emil Mannerheim (herói das guerras fino-russas e Presidente da República da Finlândia), a Princesa de Lichtenstein, o Barão Boris vo  Skossyreff (auto-proclamado Rei de Andorra), os escritores Georges Duhamel, Jean-Louis Vaudoyer, Emile Henriot, Daniel Rops e Simone   Beauvoir, o arabista Lévy-Provençal, os pintores Mário Eloy, Fausto Sampaio e Eduardo Viana, o crítico musical austríaco Paul Stefan… Também em Olhão fortaleceu o dinamismo cultural que já existia, organizando entre 1924 e 1928 uns “Serões Musicais”, no Grémio Olhanense, onde executou dezenas de palestras, ilustradas por excertos musicais executados por um grupo ensaiado por ele próprio. Estas palestras adquiririam grande notoriedade nacional, tendo trazido a Olhão nomes importantes da música como Luís de Freitas Branco (director artístico do Teatro de S. Carlos), Ruy Coelho, Francine Benoit, e a musicóloga Ema Romero da Câmara Reis (esposa de Câmara Reis). Esta acaba por convidar Francisco Fernandes Lopes para repetir algumas das suas palestras em Lisboa (integradas num ciclo de conferências chamado Divulgação Musical), e publica-as na sua obra Seis anos de divulgação musical (Lisboa, 1929-1930). Foi no âmbito deste convite que Francisco Fernandes Lopes fez ouvir em Portugal, pela primeira vez, em 25 de Janeiro de 1932, o Pierrot Lunaire, de Schoenberg. Francisco Fernandes Lopes escreve ainda sobre música em vários jornais regionais, nacionais e em revistas francesas da especialidade, continua os seus Serões Musicais em Olhão (1929-30) e é convidado a participar em novas conferências musicais em Lisboa (1934) e em programas radiofónicos na Emissora Nacional , onde fica célebre uma sua palestra, pela polémica – A evolução do Fado, da guitarra à sinfonia(1935). Estudou profundamente a música das Cantigas de Santa Maria da autoria de D. Afonso X de Castela. Estas cantigas tinham um problema de decifração e Francisco Fernandes Lopes recebeu uma bolsa da Junta de Educação Nacional para as decifrar, tendo-se deslocado a Madrid, ao Escorial e a Sevilha. Em 1944, apresentou uma comunicação muito aplaudida sobre o assunto no Congresso Luso-Espanhol em Córdova e, em 1950, no II Congresso Regional Algarvio. Francisco Fernandes Lopes também foi compositor, sendo peças suas o bailado Cristóvão Colombo, e Balada de Fumo (publicada em 1913), assim como várias melodias para poemas de poetas nacionais, como Camões, Antero de Quental, António Sardinha, João de Deus, Cândido Guerreiro, Fernando Pessoa e João Lúcio, terá iniciado a composição de uma ópera com o libreto da Belkiss, a partir de um poema em prosa de Eugénio de Castro, que por manifesta falta de tempo não terá chegado a concluir. O seu amigo Ruy Coelho ter-lhe-á pedido para utilizar esse libreto, tendo escrito uma ópera em três actos que venceu um concurso internacional em Madrid em 1924. Em 1937, presumivelmente a convite de Ivo Cruz, faz a primeira tradução para português da Ode à Alegria, de Schiller, muito apreciada pelos críticos da época. Luís de Freitas Branco no jornal “O Século” escreve: “Lamentamos que o tempo e o espaço nos não permitam fundamentar largamente a nossa admiração pelo trabalho de do dr. Francisco Fernandes Lopes, que traduziu para português a Ode à Alegria de Shiller, que as vozes entoam no final. Não resistimos porém ao impulso de salientar o modo feliz como foi resolvido o difícil problema da entrada do coro sob as duas sílabas de Freude”. Francisco Fernandes Lopes também compõe a música de fundo para o Auto das Rosas de Santa Maria, escrito pelo poeta algarvio Cândido Guerreiro, que é executado em público pela Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional (maestro Pedro de Freitas Branco), em Sagres, no ano de 1940 no âmbito das Comemorações da Fundação da Nacionalidade. Interessa-se também por História, sobretudo dos Descobrimentos, escrevendo vários artigos sobre a localização da Vila do Infante, sobre a inexistência da escola de Sagres, sobre a vida de Cristóvão Colombo, sobre os irmãos Corte-Real, sobre Duarte Pacheco Pereira, sobre os castros e fortalezas portuguesas em África e, sobretudo, sobre a vida do Infante D. Henrique, com a publicação em 1960 do livro A Figura e a Obra do Infante D. Henrique, ao qual foi atribuído o único prémio no Concurso das Comemorações Henriquinas desse ano. Dedicou-se ao estudo da Filosofia e Arte (na filosofia, dedicou-se sobretudo a Schelling, e na pintura, era um profundo conhecedor da italiana, especialmente da escola de Giotto). Foi também director da revista Afinidades, de cultura luso-francesa, editada em Faro e Lisboa, de 1942 a 1946, que teve como colaboradores sumidades como Abel Salazar, Adolfo Casais Monteiro, André Malraux, João Gaspar Simões, Saint-Exupéry e Simone de Beauvoir. Foi ainda professor em diversas escolas, como o Liceu Nacional João de Deus em Faro, a Escola Primária Superior de Faro (da qual foi também director durante 7 anos) e a Universidade Popular do Algarve, e de diversas disciplinas totalmente diferentes, desde as línguas – dominava o castelhano, francês, alemão, italiano e russo -, até à Matemática, História e Ciências Naturais, Geografia e Desenho.Uma faceta menos conhecida do seu génio verdadeiramente renascentista é o facto de ter inventado vários artefactos e métodos, como por exemplo:um diafragma especial para melhoria do som numa grafonola lançada no mercado com o nome de Gharbe .O novo sistema de nomenclatura e notação da escala musical dodecafónica e de cifragem de intervalos e acordes de toda a espécie (1952) Como estudioso de quase tudo, Francisco Fernandes Lopes tinha uma atitude categórica para alcançar a verdade: “É preciso ir sempre até ao fundo do fundo do contrafundo de tudo quanto estudamos”. Apesar da sua erudição extraordinária, o Mestre era um homem simples, distraído e até descuidado com ele próprio, quer no vestir, na alimentação, quer mesmo no dormir. Dizia que comia quando tinha fome e dormia onde quer que fosse quando tinha sono. Não renegava a sua origem social pobre e analfabeta – o pai foi comerciante de peixe – e dizia frequentemente que precisava recuperar o que os seus antepassados não puderam aproveitar. Talvez por isso, quando se casou em Olhão com Raquel Pousão do Ó (sobrinha do pintor Henrique Pousão e prima do poeta João Lúcio), em 9 de Junho de 1915, não quis trajar o melhor fato e pôs sebo nos sapatos para estes não brilharem demasiado… Além da actividade de estudo e criação artística foi ainda um cidadão empenhado no desempenho de inúmeros cargos: Médico Municipal , Subdelegado de Saúde , Director Clínico do antigo Hospital de Nossa Senhora da Conceição, representante da Ordem dos Médicos , Ordem dos Advogados e Ordem dos Engenheiros no Conselho Municipal, Juiz de Tutoria de Infância, etc. Em 1924 protagonizou uma agressiva polémica nos jornais regionais contra outro olhanense, Francisco Marques da Luz (escritor da época conhecido pelo pseudónimo Marcos Algarve) por este ter escrito um livro escandaloso, Amor à francesa, onde se insinuavam situações amorosas picantes entre algumas personalidades conhecidas de Olhão, nomeadamente ele próprio e outros como o cónego da vila, o que se revelava insultuoso pela inverdade. Politicamente foi um republicano radical na sua juventude que, por vezes, se assumia como anarquista (agnóstico). Pertenceu ao corpo redactorial de uma revista mensal – a “Mocidade”, publicada em Lisboa entre 1901 e 1905, que congregou jovens estudantes republicanos e libertários. Aquando da instauração da República em 1910, com 26 anos e enquanto terminava o seu curso de Medicina em Lisboa, advogava a instauração da Ditadura Republicana por um período temporário, de forma a ensinar os valores republicanos ao Povo e assim libertá-lo do jugo cultural dos caciques monárquicos da província (ver artigos publicados n’A República Portuguesa)! Após a juventude, nunca revelou grande interesse por se engajar em visões ortodoxas e evitou a participação activa na política, se bem que continuasse sendo um espírito simultaneamente corajoso e demasiado irreverente para a época. Nos anos de 1940, segundo relatos de alguns dos seus contemporâneos ainda hoje vivos, Francisco Fernandes Lopes, tinha em casa, escondidos no meio de revistas diversas, alguns números do Avante – jornal oficial do Partido Comunista Português – e no Arquivo de Olhão encontra-se correspondência do Conselho Nacional de Unidade Anti-Fascista, datada de Agosto de 1944. Sabemos que costumava assumir-se mais como anarquista que como socialista ou comunista. Nunca confiou nas ideias mais ortodoxas do socialismo científico e suas aplicações soviéticas como se pode ver de uma carta sua, datada de 1948, ao Padre Diniz da Luz. Francisco Fernandes Lopes morreu dia 6 de Junho de 1969, não chegando a escrever uma antologia comentada de Bocage, bem como uma História da Filosofia que tinha programada (depois de ter ficado insatisfeito com a leitura da obra homónima de Bertrand Russel).

  • Vida de São Clemente Papa e Mártir

    Vida de São Clemente Papa e Mártir «€15.00«
    Vida de São Clemente Papa e Mártir «€15.00»

    Padre João Crisóstomo de Freitas Barros – Vida de São Clemente Papa e Mártir – Rua Castilho – Lisboa -1956. Desc. 29 pág / 16,5 cm x 12 cm / Br.

     

    Padre João Crisóstomo de Freitas Barros – Sacerdote e escritor, nasceu em Loulé, a 27 de Março de 1883, e faleceu em Lisboa, a 29 de Novembro 1958. Foram seus pais, João Luis Freitas Barros, solicitador, e Maria do Pilar de Freitas Barros, ambos suponho também naturais da mesma vila. Fez em Faro os seus estudos, no Seminário de São José, e ordenado de presbítero a 13 Agosto de 1905, celebrou na terra natal, cinco dias depois, a primeira missa. Nomeado, a 5 de Setembro, com adjunto para a freguesia de Santiago de Tavira, ai se manteve até 7 de Junho do ano seguinte, em que foi transferido para idêntico  lugar na freguesia de São Clemente de Loulé, sendo, em 13 de Junho de 1910 colocado como pároco encomendado na de Porches. Manifestamente dado ao cultivo das letras e ao modelar exercício do seu múnos, foi aí que o seu espírito persistente e enérgico mais propriamente de começou a revelar, pois de parceria com o seu colega, Padre Joaquim António Vieira, pároco de Estombar, fundou um pequeno semanário Boa Nova, boletim paroquial das duas  Freguesias, cujo primeiro número apareceu a 14 de Janeiro de  1912 que ele próprio Barros dirigia e até, como improvisado mas hábil tipógrafo, ajudava a compor, numa boa tipografia que, expressamente para o efeito, adquiria em parte no estrangeiro. Não permitiu a mal orientada política da época que a publicação fosse além de 15 números. Esboçada, parece que por gente ida de Lagoa, uma  primeira tentativa de assalto e destruição da tipografia, que o prior, com um grupo de fiéis, energicamente repeliu, consumou-se o acto criminoso poucas noites depois, durante uma sua ausência em Loulé e Freitas Barros ainda por cima foi preso, quando em Faro apresentava queixa. Sentindo-se perseguido, decerto que apenas pelas ideias monárquicas a que sempre se conservou fiel, abandonou o Algarve e conheceu as agruras do exílio, vivendo durante alguns anos em Espanha e França. Autorizado mais tarde a fixar-se em Lisboa, depois de algum tempo de  permanência em Loulé, retomou, sob os melhores auspícios, a actividade eclesiástica, que alias que nunca abandonara e antes mais afervorar no seu coração e no seu espírito. Muito dedicado ao então Cardeal-Patriarca D. António Mendes Belo, que o conhecia desde muito novo e por ele tinha especial apreço, foi seu secretario particular durante algum tempo e capelão da Condessa de Burnay e da Casa Palmela, até ser nomeado, em 28 de Novembro 1928, pároco da freguesia Lisboeta de São Mamede, funções em que se manteve até aposentar-se e, praticamente, até á morte. Já então com livros publicados e reconhecido como sacerdote de invulgar cultura litúrgica e de extraordinário zelo, prestou naquela freguesia os mais relevantes serviços e alcançou, pela sua acção, justa nomeada. Construiu um edifício anexo ao templo e em terreno adquirido à Casa Fontalva os colégios da Sociedade de Instrução de São Mamede e efectuou melhoramentos; criou o excelente boletim paroquial A Voz de São Mamede e ligou o seu nome a  outras fundações, e testemunho eloquente da grande estima de que  sempre desfrutou, foi o movimento de vivo desgosto desenvolvido em 1938 em volta da idade da sua transferência para a freguesia então criada em Lisboa, de Nossa Senhora de Fátima, como era desejo do então Cardeal-Patriarca D. Manuel Gonçalves Cerejeira, e que, em face disso, não houve forma de fazer ir por adianta. João Crisóstomo de Freitas Barros tinha então o título de Monsenhor, Camareiro Secreto de Sua Santidade, e foi mais tarde Cónego da Sé de Lisboa.Depois de seus falecimento  em 27 de Janeiro 1959, foi transferi do para jazigo de famílias no cemitério de Loulé.


  • La Faune de Cacela en Algarve (Portugal)

    La Faune de Cacela en Algarve (Portugal) «€30.00»
    La Faune de Cacela en Algarve (Portugal) «€30.00»

    Jacques Bourcart, Georges Zbyszewski e Antoine Chavan – La Faune de Cacela en Algarve (Portugal) Separata do Tômo XXI das Comunicações dos Serviços Geologicos de Portugal – Ano dos Centenários VIII da Fundação e III a Restauração – Lisboa – 1940

    Livro por abrir brochado de origem com 103 paginas e estampas e gráficos com 26cmx16,5cm.


  • A Morte do Marquês de Loulé«Uma Tragédia na Côrte»

    A Morte do Marquês de Loulé«Uma Tragédia na Côrte» «€30.00»
    A Morte do Marquês de Loulé«Uma Tragédia na Côrte» «€30.00»

    Antonio Cabral-A Morte do Marquês de Loulé«Uma Tragédia na Côrte»- Mistério que se esclarece-Documentos  Inéditos- Pagi.260 + 1 Foto do Autor- Edição da Emprêsa Nacional de Publicidade na Rua do Diario de Noticias, 78 Lisboa – 1936 Brochado e com Prefácio do Conde Sabugosa


  • A Invasão de Junot no Algarve

    A Invasão de Junot no Algarve «€80.00»
    A Invasão de Junot no Algarve «€80.00»

    Alberto Iria – A Invasão de Junot no Algarve(Subsídio para a História da Guerra Peninsular – 1808 -1814) Edição de Autor composição e Impressão: Tip.Inácio Pereira Rosa, Lda- Lisboa 1941. Desc. 476 pág  + 24 Estampas / 25 cm x 18 cm / Prefácio do Dr. João Martins da Silva Marques –  «1.ª Edição»