
António de Matos Pacheco – Entre Lágrimas e Sorrisos – Minerva Central – Lourenço Marques – 1956. Desc. 125 pág / 21 cm x 14 cm / Br. «1.º Edição»
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António de Matos Pacheco – Entre Lágrimas e Sorrisos – Minerva Central – Lourenço Marques – 1956. Desc. 125 pág / 21 cm x 14 cm / Br. «1.º Edição»
Gonçalo Annes Bandarra «Apresentação de António Carlos Carvalho» – “Profecias” do Bandarra – Editorial Vega – Lisboa – S/D. Desc. 7 pág / 20,5 cm x 14.5 cm / Br. Ilust.
Gonçalo Annes Bandarra ou ainda, Gonçalo Anes, o Bandarra (Trancoso, 1500 — Trancoso, 1556) foi um sapateiro e profeta português, autor de Trovas messiânicas que ficaram posteriormente ligadas ao sebastianismo e ao milenarismo português. Era sapateiro de profissão e dedicou-se à divulgação em verso de profecias de cariz messiânico. Tinha um bom conhecimento das escrituras do Antigo Testamento, do qual fazia as suas próprias interpretações, tendo composto uma série de “Trovas” falando sobre a vinda do Encoberto e o futuro de Portugal como reino universal. Por causa disso, foi acusado e processado pela Inquisição de Lisboa, desconfiada de que suas Trovas contivessem marcas de Judaísmo. Foi inquirido perante este tribunal, condenado a participar naprocissão do auto-de-fé de 1541 e também a nunca mais interpretar a Bíblia ou escrever sobre assuntos da teologia. Apesar da grande aceitação de suas Trovas entre os cristão-novos, não se sabe ao certo se era ou não de ascendência judaica. Após o julgamento voltou para Trancoso, onde viria a morrer, provavelmente, em 1556. Suas “Trovas”, em parte por conta do interesse despertado entre os cristãos-novos mas sobretudo por conta de seu sucesso após Alcácer-Quibir (1580), foram incluídas, no fim do séc. XVI, no catálogo de livros proibidos. As Trovas circularam em diversas cópias manuscritas, apesar da interdição do Santo Ofício. Em 1603, D. João de Castro (neto sebastianista do famoso Vice-Rei da Índia Portuguesa homónimo editou-as e comentou-as numa obra impressa em Paris e intitulada “Paráfrase e Concordância de Algumas Profecias de Bandarra”. As Trovas foram interpretadas como uma profecia ao regresso do Rei D. Sebastião após o seu desaparecimento na Batalha de Alcácer-Quibir em Agosto de 1578. Em 1644, agora em Lion, aparece uma nova impressão, a primeira integral, patrocinada pelos apoiadores de D. João IV e defendendo que o “Restaurador” seria o verdadeiro “Encoberto” profetizado nas Trovas2 . Em 1665, foi novamente proibida pela Inquisição, que divulga um édito proibindo sua circulação. No século XVIII, novos corpos são adicionados às Trovas, supostamente descobertos em Trancoso. Acusando-as de serem maquinações dos jesuítas, em 1768, a Real Mesa Censória proíbe mais uma vez sua circulação, em decreto de que também interdita outra série de textos proféticos portugueses. Mesmo com todas as censuras, asTrovas continuam circulando e, em 1809, motivada pelas Invasões Napoleónicas, saiu uma nova reimpressão. Na sequência dessa edição, que ficou conhecida como de Barcelona, ainda que impressa em Londres, várias outras saíram num ressurgimento do sebastianismo motivado pelas crises política e social existentes em Portugal da primeira metade do século XIX. Nesse período, saem novas impressões em 1810, 1815, 1822, 1823, 1852. As Trovas do Bandarra influenciaram o pensamento sebastianista e messiânico de D. João de Castro, Padre António Vieira, de Fernando Pessoa, entre outros.
António Navarro – Coração Insone «Poesia» – Agência-Geral do Ultramar – Lisboa – 1971. Desc. 224 pág / 21,5 cm x 15,5 cm /Br. «1.ª Edição»
António de Navarro em «Ode à Manhã»: «Nas grandes manhãs…/Nas grandes manhãs/ que nos acordam para a eternidade/ que se desfaz e recompõe/ no hino transitório e sem fim do nosso sangue…/». António de Albuquerque Labatt Sotto-Mayor Pereira Navarro de Andrade nasceu a 9 de novembro de 1902, no solar materno de Vilar Seco, Nelas. Foi batizado no dia 25 de março de 1903. Fez os estudos liceais em Viseu, que apenas concluiu em Coimbra, onde se matriculou no curso de Direito na Universidade daquela cidade. Em 1922 subscreve uma mensagem enviada a António Sardinha, manifestando com outros companheiros a solidariedade com os ideais do movimento «Integralismo Lusitano». É na “Lusa Atenas” que António de Navarro começa a publicar na revista «Contemporânea» em 1926, onde colabora com os poemas «Cantar d’Amigo» e «Duende». Em 1927, torna-se um dos principais colaboradores da revista «Presença». No ano de 1928, António de Navarro publica «Glauca», «Crânio» e «Ópio». No ano seguinte, publica «Thamar», «Deus», «Canção». Apesar de ter frequentado Direito durante quatro anos, António de Navarro fez a sua licenciatura em Ciências Ultramarinas na Escola Superior Colonial de Lisboa, atual Instituto de Superior de Ciências Sociais e Políticas. O seu primeiro livro publicado foi «Poemas de África» no ano de 1941, dedicado à memória da esposa Maria Eufémia Reis Ferreira, que morreu no ano anterior à publicação da obra e um ano depois de ter casado com António, em 1939. Em 1942 publica o livro «Ave de Silêncio», e Franco Nogueira, em texto depois publicado no «Jornal de Crítica Literária», diz-nos: “Navarro é um poeta originalíssimo. Nenhum poeta hoje vivo tem como o autor de «Ave de Silêncio» capacidade de sentir pormenores mínimos e de extrair deles, por alteração dos seus termos lógicos, conceitos poéticos ou verdades poéticas de validade genérica”. Na coletânea «Poetas Novos de Portugal», editada em 1944 no Rio de Janeiro, pode António de Navarro mostrar-se ao público brasileiro. Já no ano de 1947 publicou «Ode à Manhã», que saiu como separata da revista «Portucale». Em 1951 Eugénio de Andrade, em homenagem à escrita de Navarro, dedica-lhe um poema na revista «Sísifo», intitulado «Para um pássaro». António de Navarro retribui a cortesia publicando em «A Serpente» o texto «Poema». Adolfo Casais Monteiro, crítico da «Presença», no ano de 1952 não deixa de invocar o nome de António de Navarro para a mostra de poesia portuguesa contemporânea inserta na revista belga «Le Journal des Poètes». Em 1957, vem a lume o livro «Poema do Mar» com prefácio de Jorge de Sena. No ano seguinte, Navarro casa com Maria Amélia Gracinda Rodrigues, engenheira de formação, na igreja de Santa Isabel, em Lisboa. Em 1971 publica pela Agência-Geral do Ultramar «Coração Insone». Neste mesmo ano, Adolfo Casais Monteiro, no prefácio que escreve para o livro de ensaios «A Poesia Portuguesa Contemporânea», que a livraria Sá da Costa virá a publicar apenas em 1977, lamenta não poder completar o conjunto (de ensaios) com artigos ou notas sobre os importantes António de Navarro, Sophia Mello Breyner e António Ramos Rosa. Já no ano de 1980 é editado «O Acordar de Bronze», último livro em vida de António de Navarro, publicado pela Editora Pax, de Braga, e prefaciado por João Maia. Neste ano de 1980 faleceu a sua mulher em fevereiro, no dia 5, e a 20 de maio morreu António de Navarro, em Lisboa.
Raul da Silva Pereira, Albino António de Melo, António Alberto Rodrigues….Etc – Livro de Curso 1945-1949 – Instituto Superior de Ciencias Económicas e Financeiras – Papelaria Fernandes – Lisboa – 1949 – Desc. 244 pág / 25 cm x 19 cm / Br.
Obs: Compilação de Poesia e Ilutrasões dos Alunos do Instituto de Ciências Económicas e Financeiras 1945-1949
Mendes dos Remédios – Camões – Poeta de Fé (1524 – 1924) – Conferência Recitada na Sala dos Actos Grandes da Universidade de Coimbra na Comemoração do Quarto Centenário do Nascimento do Poeta – Coimbra Editora., L.ª – Coimbra – 1924. Desc. 223 pág / 27 cm x 19 cm / Br. Ilust.
Joaquim Mendes dos Remédios (Nisa, 21 de Setembro de 1867 — Montemor-o-Velho, 30 de Setembro de 1932) foi um professor universitário, político e escritor português que, entre outras funções, foi reitor da Universidade de Coimbra e Ministro da Instrução Pública. Joaquim Mendes dos Remédios começou por frequentar o Seminário de Portalegre obtendo depois equiparação ao ensino liceal no Liceu Nacional daquela cidade. Terminados os estudos liceais, a 15 de Outubro de 1888 matriculou-se na Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra, obtendo ali o grau de bacharel em 1892. Completou a sua formatura a 18 de Junho de 1893, licenciando-se a 15 de Fevereiro do ano imediato. Tendo-se doutorado a 28 de Abril de 1895, ingressou ao serviço da Faculdade de teologia, como 2.º assistente a 4 de Janeiro do ano seguinte. Após a extinção da Faculdade de Teologia e a sua substituição pela Faculdade de Letras, integrou o seu corpo de catedráticos, especializando-se no estudo da História da Literatura Portuguesa. No âmbito do seu trabalho de investigação histórica, dirigiu desde 1898 a colecção Subsídios para Estudo da Literatura Portuguesa, onde publicou numerosos trabalhos da sua autoria. Com a implantação da República foi nomeado reitor da Universidade de Coimbra, tendo exercido o cargo interinamente de 1911 a 1913, como primeiro reitor eleito daquela instituição, e depois, como reitor nomeado, de 1918 a 1919. Como reitor deu o impulso inicial à criação da Revista da Universidade. Revelando-se um investigador prolífero, notabilizou-se pela publicação de uma obra variada e pelo exercício de diversos cargos académicos, incluindo o de secretário das bibliotecas da Faculdade de Letras, de 1911 a 1925 e da Universidade de Coimbra, cargo que exerceu de 1900 a 1913. Durante o seu mandato como secretário da Biblioteca da Universidade de Coimbra organizou os gabinetes de cinema, de super-libris e de numismática. Também se lhe deve a fundação do arquivo bibliográfico daquela Universidade. Simultaneamente, foi representante das Faculdades de Letras no Conselho Superior de Instrução Pública. No período imediato à Revolução de 28 de Maio de 1926 integrou a famosa Tuna de Coimbra, com António de Oliveira Salazar e Manuel Rodrigues Júnior, cabendo-lhe a pasta da Instrução Pública no primeiro Ministério da Ditadura Nacional. Exerceu o cargo de forma efémera, entre 3 de Junho de 1926 a 19 de Junho de 1926. Com a viragem à direita do novo regime, afastou-se da actividade política, voltando às lides académicas. Publicou diversos manuais de Filosofia destinados ao ensino liceal e, entre outras, a obra História dos Judeus em Portugal, que o celebrizou nos meios académicos. No período de 1925 a 1930 dirigiu a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, criando os cursos de férias, os institutos de culturas estrangeiras, as publicações da Sala Francesa, a revista Biblos e o Boletim do Instituto Alemão. A principal escola de Nisa adoptou Mendes dos Remédios como seu patrono.
Eugénio de Andrade (Organiza e Prefaciada) e Armando Alves (Selecção artística e Direcção Gráfica ) – Memórias de Alegria «Colecção de Viagem a Minha Terra» – Antologia de Verso e prosa Sobre Coimbra no Centenário da Geração de 70 – Editorial Inova Limitada – Porto – 1971. Desc. 708 + [15] pág / 24 cm x 19 cm / E. Ilust. «Exemplar N.º 1363»
Eugénio de Castro – Obras Poéticas de Eugénio de Castro – Vol. I – Oaristos – Horas Silva / Vol. II – Interlvnio – Belkiss Tiresias / Vol. III – Sagramor / Vol. IV – Salomé – A Nereide de Harlém – O Rei Galaor – Saudades do Céu / Vol. V – Constança – Depois da ceifa – A Sombra do Quadrante / Vol. VI – o Anel de Polícrates – A Fonte do Sátiro / Vol. VII – Poesias de Goethe – O Filho Pródigo – O Cavaleiro das Mãos Irresistíveis / Vol. VIII – Camafeus Romanos – A Tentação de S. Macários – Canções Desta Negra Vida / Vol. IX – Cravos de Papel – A Mantilha de Medronho -A Caixinha das Cem Conchas / Vol. X – Descendo a encosta – Chamas Duma Candeia Velha – Imprensa Nacional de Lisboa – Lisboa – 1927/1944. Desc. 201 + 218 + 224 + 182 + 184 + 180 + 167 + 183 + 205 + 273 / 20 cm x 13 cm / Br. «Completo»
Eugénio de Castro e Almeida (Coimbra, 4 de Março de 1869 — 17 de Agosto de 1944) foi um escritor português. Por volta de 1889 formou-se em Letras pela Universidade de Coimbra e mais tarde veio a leccionar nessa faculdade. Funda a revista “Os Insubmissos” com João Menezes e Francisco Bastos ainda nos últimos anos da sua licenciatura, mais propriamente em 1889. Colaborou com a revista que fundou e com a revista “Boémia nova”, ambas seguidoras do Simbolismo Francês. Em 1890 entrou para a história da literatura portuguesa com o lançamento do livro de poemas “Oaristos”, marco inicial do Simbolismo em Portugal. A obra de Eugénio de Castro pode ser dividida em duas fases: na primeira, a fase simbolista, que corresponde a sua produção poética até o fim do século XIX, Eugénio de Castro apresenta algumas características da Escola Simbolista, como o uso de rimas novas e raras, novas métricas, sinestesias e vocabulário mais rico e musical. Na segunda fase ou neoclássica, que corresponde aos poemas escritos já no século XX, vemos um poeta voltado à Antiguidade Clássica e ao passado português, revelando um certo saudosismo, característico das primeiras décadas do século XX em Portugal. Foi homenageado em Coimbra através da atribuição do seu nome a uma escola da cidade – o Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro.
Ary dos Santos – 20 Anos de Poesia (1963 – 1983) «Ilustrações de Figueiredo Sobral» – Distri Editora – 1984. Desc. 160 pág + 10 Gravuras / 23 cm x 15,5 cm / Br. Ilust.
Antologia de Poemas Portugueses Modernos por Fernando Pessoa e António Botto – Nobel Coimbra – 1944. Desc. 190 pág / 19,5 cm x 13 cm / Br.
Obs: Poemas de Fausto Guedes Teixeira, Camilo Pessanha, Nunes Claro, Gomes Leal, Mário Sá Carneiro, Eugénio de Castro, Antero de Quental, Augusto Gil, Guerra Junqueira, Ângelo Lima, Alberto Osório de Castro, Júlio Dantas, Henrique Rosa, Cesário Verde, António Molarinho, Guilherme de Faria, Cândido Guerreiro, Alberto Caeiro, António Sardinha, João de Deus, António Feijó, Ricardo Reis, Conde de Monsaraz, Álvaro de Campos, João Lúcio, António Nobre, Manuel augusto do Amaral, João Saraiva, Augusto Pinto, João de Barros, António Patrício, Gabriel de Oliveir, Mário Beirão, António Fogaça, Fernando Pessoa, Miguel Torga, Afonso Lopes Vieira, Francisco Bugalho, José de Almada Negreiros, Guilherme Braga, José Régio, Gonçalves Crespo, Francisco Costa, Afonso Duarte, Luís de Montalvor, Teixeira Pascoais, Florbela Espanca…Etc