Lord Kinross - Atatürk "The Rebisth Of a Nation" - Weidenfeld And Nicolson - London - 1964. Desc. 542 pág / 24 cm x 16 cm / E. Ilust. «€40.00»

Lord Kinross – Atatürk “The Rebisth Of a Nation” – Weidenfeld And Nicolson – London – 1964. Desc. 542 pág / 24 cm x 16 cm / E. Ilust. «€40.00»

Lord Kinross – Atatürk “The Rebisth Of a Nation” – Weidenfeld And Nicolson – London – 1964. Desc. 542 pág / 24 cm x 16 cm / E. Ilust. «€40.00»


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Lord Kinross – Atatürk “The Rebisth Of a Nation” – Weidenfeld And Nicolson – London – 1964. Desc. 542 pág / 24 cm x 16 cm / E. Ilust. «€40.00»

Mustafa Kemal Atatürk (Salônica, 1881 — Istambul, 10 de novembro de 1938) foi um oficial do exército, estadista revolucionário e fundador da República da Turquia, assim como o seu primeiro presidente.

Mustafa Kemal se estabeleceu como um líder militar extremamente capaz e inteligente enquanto servia como comandante de divisão na Batalha de Galípoli. Posteriormente lutou com bravura nas frentes de batalha da Anatólia e Palestina, conquistando algum renome para si durante a Primeira Guerra Mundial. Com a derrota sofrida pelo Império Otomano nas mãos dos Aliados, e os planos subsequentes para a partilha de seu território, Mustafa Kemal liderou o Movimento Nacional Turco naquela que se se tornaria conhecida posteriormente como a Guerra de Independência Turca; após estabelecer um governo provisório em Ancara, derrotou as forças enviadas pela Tríplice Entente. Suas campanhas militares bem-sucedidas asseguraram a liberação do país e a proclamação da república no lugar do antigo governo imperial otomano.

Como primeiro presidente da Turquia, Atatürk embarcou num ambicioso programa de reformas políticas, econômicas e culturais. Um admirador do Iluminismo, Atatürk procurou transformar as ruínas do Império Otomano numa nação-Estado democrática e secular. Os princípios das reformas de Atatürk costumam ser chamados de “kemalismo”, e continuam a formar a fundação política do Estado turco moderno.
Nasceu na cidade otomana de Salônica (em turco: Selânik; atualmente Tessalônica – Thessaloniki – na Grécia), na primavera de 1881, filho de Ali Riza Efendi e Zübeyde Hanım. Ao nascer recebeu apenas o nome de Mustafa, como era costume no Império Otomano: o seu segundo nome, Kemal (que significa “perfeição” ou “maturidade”) foi dado pelo seu professor de matemática, em reconhecimento à sua excelência acadêmica. Na sua juventude, a sua mãe encorajou-o a frequentar uma escola religiosa (a Mahalle Mektebi, literalmente “escola da vizinhança”), porém Mustafa completou apenas uma breve temporada ali; depois, seu pai o transferiu para a escola Şemsi Efendi, que lhe deu uma educação mais moderna.Seus pais tencionavam educá-lo para o comércio, porém secretamente Mustafa realizou um exame de admissão. Mustafa continuou os estudos na Escola Militar de Selânik (Selânik Askerî Rüştiyesi), em 1893. Em 1896 se inscreveu em outra escola militar, a Manastır Askerî İdadisi, na cidade otomana de Manastır (atual Bitola, na República da Macedônia). Em 1899 se matriculou no Colégio de Guerra (Mekteb-i Harbiye-i Şahane), em Constantinopla (atual Istambul), onde se formou em 1902; posteriormente se formaria pela Academia de Guerra (Erkân-ı Harbiye Mektebi), em 1905.Após sua graduação, em 1905, foi enviado para Damasco, como tenente. Lá, juntou-se uma pequena sociedade secreta revolucionária de oficiais reformistas chamada Vatan ve Hürriyet (“Pátria-Mãe e Liberdade”). Em 1907 foi promovido ao posto de capitão, e transferido para Manastır. Lá, passou a fazer parte do Comitê para a União e o Progresso (CUP), cujos membros eram chamados de ‘Jovens Turcos’; no entanto, no fim de sua vida sua oposição à liderança do grupo e suas frequentes críticas às suas políticas tornaram-se notórias. Em 1908 a Revolução dos Jovens Turcos tomou o poder do sultão Abdülhamid II, durante uma revolução na qual Mustafa Kemal teve um papel importante. Dois anos mais tarde ele participou em manobras militares na Picardia, na França, e, em 1911 serviu no Ministério de Guerra turco por algum tempo; ainda no mesmo ano foi enviado para a província otomana de Trablusgarp (na atual Líbia), para se opor à invasão italiana. Retornou à capital em Outubro de 1912, logo após o início das Guerras dos Bálcãs. Durante a primeira destas guerras, combateu o exército búlgaro em Galípoli e Bolayır, na costa da Trácia. Em 1913 foi designado adido militar em Sofia, e promovido ao posto de tenente-coronel no ano seguinte.O Império Otomano entrou na Primeira Guerra Mundial ao lado da Alemanha, e enfrentou os Aliados no teatro de operações do Oriente Médio.

Mustafa Kemal recebeu a tarefa de organizar e comandar a 19ª Divisão ligada ao 5º Exército e foi colocado em Rodosto (hoje Tekirdağ), no mar de Mármara; lá combateu as forças aliadas invasoras durante o desembarque de Galípoli por forças britânicas, francesas e da ANZAC (Australia and New Zealand Army Corps – exército conjunto de australianos e neozelandeses), em abril de 1915. Nesta campanha fez fama de comandante militar brilhante – apesar de ter sido acusado de esbanjar as vidas de muitos dos seus soldados, muitos dos quais morreram em ataques quase suicidas, em “ondas humanas”. No entanto, ele foi o primeiro e único comandante militar de origem otomana a derrotar um exército ocidental, desde a época das Cruzadas; tornou-se herói nacional e recebeu o título de Paxá (“Comandante”), e ganhou muito respeito de seus antigos inimigos – entre eles Winston Churchill, então Primeiro Lorde do Almirantado da Royal Navy – por seu cavalheirismo na vitória. Logo após a campanha de Galípoli, Mustafa Kemal serviu em Edirne até 14 de janeiro de 1916.Ao retornar, recebeu o comando do 16ª Corpo do 2º Exército e foi enviado à Campanha do Cáucaso, onde uma gigantesca ofensiva russa havia atingido cidades vitais na Anatólia. Em 7 de agosto Mustafa Kemal reuniu suas tropas e montou uma contra-ofensiva. Duas de suas divisões capturaram não apenas Bitlis, porém a cidade igualmente importante de Muş, o que incomodou muito os planos do alto-comando russo.6 Em 7 de março de 1917, Mustafa Kemal recebeu o comando integral do 2º Exército; a Revolução Russa eclodiu, a rapidamente a frente de batalha no Cáucaso dos exércitos do czar Cáucaso se desintegraram.

Diante das mazelas da guerra, tornou-se cada vez mais crítico em relação à incompetência do governo do sultão na sua conduta militar e em relação ao domínio cultural e político do Império Otomano pelos alemães, e eventualmente demitiu-se, concordando posteriormente em regressar ao comando do 7º Exército, na Campanha do Sinai e Palestina. Rumou a Alepo em 28 de agosto de 1918; o general alemão Otto Liman von Sanders havia perdido a Batalha de Megiddo, e nada mais se encontrava entre as forças do general britânico Edmund Allenby e Mustafa Kemal. Concluindo que não teria homens suficientes para confrontar as forças de Allenby, Kemal decidiu recuar rumo à Jordânia, para estabelecer uma linha defensiva mais resistente. Recebeu o comando do chamado “Comando dos Grupos de Trovão” (Yıldırım Orduları Gurubu), e assumiu o comando no lugar de von Sanders. A posição que defendeu se tornou a linha de base para o Armistício de Mudros. A última tarefa de Kemal para o exército otomano foi organizar o retorno das tropas que haviam sido deixadas ao sul desta sua linha.

Kemal tornou-se um dos líderes do partido nacionalista turco, que tinha como bandeira a política de defender os territórios de língua turca nas zonas continentais do império, ao mesmo tempo que concordava em se retirar de todos os territórios não-turcos sob tutela do império (onde a língua predominante não era o turco). Ao final da guerra tinha 37 anos de idade; e em 13 de Novembro de 1918 retornou para uma Constantinopla ocupada. De acordo com os acordos de partilha do Império Otomano, forças britânicas, italianas, francesas e gregas começaram a ocupar a Anatólia. A ocupação de Constantinopla, juntamente com a ocupação de Esmirna, mobilizou o estabelecimento do Movimento Nacional Turco e a guerra de independência turca. O sentimento nacionalista turco foi sacudido pela ocupação grega e em maio de 1919, em concordância com o Tratado de Sèvres – assinado pelo sultão sob pressão dos aliados, mas que nunca seria ratificado pelo Parlamento turco.