Hugo de Azevedo – Uma Luz no Mundo – Vida do servo de Deus Monsenhor Josemaía Escrivá de Balaguer Fundador do Opus Dei – Edições Prumo, Lda / Editora Rei dos Livros, Lda – Lisboa – 1988. Desc. 403 pág + 16 Ilust / 24 cm x 16 cm / E. Ilust.
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Hugo de Azevedo – Uma Luz no Mundo – Vida do servo de Deus Monsenhor Josemaía Escrivá de Balaguer Fundador do Opus Dei – Edições Prumo, Lda / Editora Rei dos Livros, Lda – Lisboa – 1988. Desc. 403 pág + 16 Ilust / 24 cm x 16 cm / E. Ilust.
José S. Assunção – Auto-Retrato de Humberto Delgado – Edição de Autor – Lisboa – 1958. Desc. 24 pág / 24 cm x 17 cm / Br.
António José Saraiva e Óscar Lopes – História Ilustrada das Grandes Literaturas «Literatura Portuguesa» Vol. I e II – Estúdios Cor – Lisboa – 1966/73. Desc. 911 + XVI + 170 Fotos / 25 cm x 19 cm / E . Ilust.
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D. Afonso Eduardo Martins Zuquete «Direcção e Coordenação» António Machado Faria «Colaboração» – Armorial Lusitano – Editorial Enciclopédia Ld.ª – Lisboa – 1961. Desc. 731 pág + 19 Estampas / 25,5 cm x 18 cm / E. Ilust.
Duarte Nunes Leão – Crónicas dos Reis de Portugal «Introdução e Revisão de M. Lopes de Almeida» – Lello & Irmão – Editores – Lisboa – 1975. Desc. 1010 pág / 26 cm x 19,5 cm / E.
Duarte Nunes de leão, Jurista, Linguista e História Português, de origem Judaica, Nasceu em Évora, provavelmente em 1530, e Morreu em Lisboa em 160. Formou-se em Direitos Civil pela Universidade de Coimbra, Desempenhando mais tarde o Cargo de Desembargador na Casa da Suplicação. Defendeu a Anexação de Portugal por Castela, mas foi depois mal recompensado pelos Governos Filipinos, que Lhe Moveram ou Deixaram Mover perseguição, certamente explicáveis pelo antissemitismo corrente na época. A sua obra cobre fundamentalmente três áreas: O Direito, e História e os Linguísticos. Na Primeira, Publicou diversos Colectâneas de Documentos. A estes trabalhos Parear ter Dedicado a década de 156o. No Capítulo da história, deixou nos algumas interessantes Investigações de Carácter Biográfico e genealógico sobre a casa Real portuguesa, e Ainda uma Descrição do Reino de portugal, que data de 1610. a Terceira Dimensão da sua obra é porventura a mais relevante. Nunes de Leão Publicou estudos Pioneiros sobre o nosso idioma. Em 1576 veio a Lume uma Ortografia da Língua Portuguesa, em que se assumiu como o Fundador, no nosso país, dos Estudos Ortográficos- Em 1606 Publicou uma origem da língua portuguesa. Sabe-se da existência Outros escritos, Nomeadamente nos domínios da lexicologia e da etimologia, que contudo se perdem.
Vital Fontes – Servidor de Reis e de Presidentes (Da Monarquia à Republica do Sr. D. Luís ao Sr. General Carmona) – Editorial Marítimo-Colonial, Lda – Lisboa – 1945. Desc. 177 pág / 19 cm x 13 cm 7 Br. Ilust.
Mário Monteiro – Bilac e Portugal – Agência Editorial Brasileira – Lisboa – 1936. Desc. 256 / 19,5 cm x 13 cm / Br. Ilust.
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (Rio de Janeiro, 16 de Dezembro de 1865 – 28 de Dezembro de 1918) foi um jornalista e poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias. Conhecido por sua atenção a literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica, era republicano e nacionalista; também era defensor do serviço militar obrigatório. Bilac escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez oposição ao governo de Floriano Peixoto. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Em 1907, foi eleito “príncipe dos poetas brasileiros”, pela revista Fon-Fon. Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, é considerado o mais importante de nossos poetas parnasianos. No entanto, para o crítico João Adolfo Hansen, “o mestre do passado, do livro de poesia escrito longe do estéril turbilhão da rua, não será o mesmo mestre do presente, do jornal, a cronicar assuntos quotidianos do Rio, prontinho para intervenções de Agache e a erradicação da plebe rude, expulsa do centro para os morros”. Filho de Brás Martins dos Guimarães Bilac e de sua mulher Delfina Belmira Gomes de Paula e neto paterno de João Martins dos Guimarães Bilac e de sua mulher Angélica Pereira da Fonseca, irmã do 1.º Visconde de Maricá e 1.º Marquês de Maricá, era considerado um aluno aplicado, conseguindo, aos 15 anos – antes, portanto, de completar a idade exigida – autorização especial de ingressar no curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, a gosto do pai e a contra gosto próprio, que era médico da então Guerra do Paraguai. Começa a frequentar as aulas, mas seu trabalho da redacção da Gazeta Académica absorve-o mais do que a sisuda anatomia. Do mesmo modo, no tempo de colégio, deliciara-se com as viagens que os livros de Júlio Verne lhe ofereciam à fantasia. No menino e no jovem já se manifestavam as marcas de sua paixão futura: o fascínio poder criador da palavra. Bilac não concluiu o curso de Medicina e nem o de Direito que frequentou posteriormente, em São Paulo. Bilac foi jornalista, poeta, frequentador de rodas de boémias e literárias do Rio. Sua projecção como jornalista e poeta e seu contacto com intelectuais e políticos da época conduziram-o a um cargo público: o de inspector escolar. Teve colaboração em publicações periódicas como as revistas: A Imprensa (1885-1891), A Leitura (1894-1896), Branco e Negro (1896-1898), Brasil-Portugal (1899-1914) e Atlântida (1915-1920). Sua estreia como poeta, nos jornais cariocas, ocorreu com a publicação do soneto “Sesta de Nero” no jornal Gazeta de Notícias, em agosto de 1884. Recebeu comentários elogiosos de Artur Azevedo, precedendo dois outros sonetos seus, no Diário de Notícias. No ano de 1897, Bilac acabou perdendo o controle do seu Serpollet e o bateu contra uma árvore na Estrada da Tijuca, no Rio de Janeiro – RJ, sendo o primeiro motorista a sofrer um acidente automobilístico no Brasil. Aos poucos profissionaliza-se: produz, além de poemas, textos publicitários, crónicas, livros escolares e poesias satíricas. Visa contar através de seus manuscritos a realidade presente na sua época. Em 1891, com a dissolução do parlamento e a posse de Floriano Peixoto, intelectuais perdem seu protetor, Dr. Portela, ligado com o primeiro presidente republicano Deodoro da Fonseca. Fundado O Combate, órgão antiflorianista e a instalação do estado de sítio, Bilac é preso e passa quatro meses detido na Fortaleza da Laje, no Rio de Janeiro. O grande amor de Bilac foi Amélia de Oliveira, irmã do poeta Alberto de Oliveira. Chegaram a ficar noivos, mas o compromisso foi desfeito por oposição de outro irmão da noiva, desconfiado de que o poeta era um homem sem futuro. Seu segundo noivado fora ainda menos duradouro, com Maria Selika, filha do violonista Francisco Pereira da Costa. Viveu só sem constituir família até o fim de seus dias. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.Escreveu diversos livros escolares, ora sozinho, ora com Coelho Neto ou com Manuel Bonfim. Já consagrado em 1907, o autor do Hino da Bandeira é convidado para liderar o movimento em prol do serviço militar obrigatório, já matéria de lei desde 1907, mas apenas discutido em 1915. Bilac se desdobra para convencer os jovens a se alistar. Já no fim de sua vida, em 1917, Bilac recebe o título de professor honorário da Universidade de São Paulo. E talvez seja considerado um professor mesmo: dos contemporâneos, leitores de suas crónicas e ouvintes de sua poesia; dos que se formaram na leitura de seus livros escolares; de modo geral, dos que até hoje são enfeitiçados por seus poemas. É como poeta Bilac que se imortalizou. Foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros pela revista Fon-Fon em 1907. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, foi a maior liderança e expressão do Parnasianismo no Brasil, constituindo a chamada Tríade Parnasiana. A publicação de Poesias, em 1888 rendeu-lhe a consagração. Ao tomar palavra no banquete-homenagem que lhe fora oferecido a 3 de Dezembro de 1907, Bilac enfatizaria o fato de ser sua figura representativa de toda uma geração: ” O que estais, como brasileiros, louvando e premiando nesta sala, é o trabalho árduo, fecundo, revolucionário, corajoso da geração literária a que pertenço, e o papel definido, preciso, dominante, que essa geração conquistou com o seu labor, para o homem das letras, no seio da civilização brasileira… Que fizemos nós? Fizemos isto: transformamos o que era até então um passatempo, um divertimento, naquilo que é hoje uma profissão, um culto, um sacerdócio: estabelecemos um preço para nosso trabalho, porque fizemos desse trabalho uma necessidade primordial da vida moral e da civilização de nossa terra..” É soneto constituído de versos decassílabos heróicos (acento tónico ocorrente nas 6ª e 10ª sílabas poéticas), com rimas opostas, interpoladas ou intercaladas.”No poema Língua Portuguesa, o autor parnasiano Olavo Bilac faz uma abordagem sobre o histórico da língua portuguesa, tema já tratado por Camões. Este poema inspirou outras abordagens, como o poema ‘Língua’, de Gilberto Mendonça Teles e ‘Língua’, de Caetano Veloso. Esta história é contada em quatorze versos, distribuídos em dois quartetos e dois tercetos – um soneto – seguindo as normas clássicas da pontuação e da rima. Partindo para uma análise semântica do texto literário, observa-se que o poeta, com a metáfora ‘Última flor do Lácio, inculta e bela’, refere-se ao fato de a língua portuguesa ter sido a última língua neolatina formada a partir do latim vulgar – falado pelos soldados da região italiana do Lácio. No segundo verso, há um paradoxo: ‘És a um tempo, esplendor e sepultura’. ‘Esplendor’, porque uma nova língua estava ascendendo, dando continuidade ao latim. ‘Sepultura’ porque, a partir do momento em que a língua portuguesa vai sendo usada e se expandindo, o latim vai caindo em desuso, ‘morrendo’. No terceiro e quarto verso, ‘Ouro nativo, que na ganga impura / A bruta mina entre os cascalhos vela’, o poeta exalta a língua que ainda não foi lapidada pela fala, em comparação às outras também formadas a partir do latim. O poeta enfatiza a beleza da língua em suas diversas expressões: oratórias, canções de ninar, emoções, orações e louvores: ‘Amo-te assim, desconhecida e obscura,/ Tuba de alto clangor, lira singela’. Ao fazer uso da expressão ‘O teu aroma/ de virgens selvas e oceano largo’, o autor aponta a relação subjetiva entre o idioma novo, recém-criado, e o ‘cheiro agradável das virgens selvas’, caracterizando as florestas brasileiras ainda não exploradas pelo homem branco. Ele manifesta a maneira pela qual a língua foi trazida ao Brasil – através do oceano, numa longa viagem de caravela – quando encerra o segundo verso do terceto. Ainda expressando o seu amor pelo idioma, agora por meio de um vocativo, ‘Amo-te, ó rude e doloroso idioma’, Olavo Bilac alude ao fato de que o idioma ainda precisava ser moldado e, impor essa língua a outros povos não era um tarefa fácil, pois implicou destruir a cultura de outros povos. No último terceto, para finalizar, quando o autor diz: ‘Em que da voz materna ouvi: ‘meu filho’!/ E em que Camões chorou, no exílio amargo/ O gênio sem ventura e o amor sem brilho’, ele utiliza uma expressão fora da norma (‘meu filho’) e refere-se a Camões, quem consolidou a língua portuguesa no seu célebre livro ‘Os Lusíadas’, uma epopeia que conta os feitos grandiosos dos portugueses durante as ‘grandes navegações’, produzida quando esteve exilado, aos 17 anos, nas colônias portuguesas da África e da Ásia. Desse exílio, nasceu ‘Os Lusíadas’, uma das oitavas epopeias do mundo.”.
António Cabral – Um Alto Príncipe da Igreja «Dom Manuel Cerejeira Patriarca de Lisboa» – Livraria Popular de Francisco Franco – Lisboa – 1941. Desc. 220 pág / 20 cm x 13 cm / Br
Antero Nobre – O Pescador Que Quis ser Monge e Foi Santo (S. Gonçalo de Lagos) – Separata do Jornal «Povo Algarvio» – Tavira – 1957. Desc. 181 pág / 20 cm x 13 cm / Br. Ilust.
Diogo Barbosa Machado – Bibliotheca Lusitana – Tomo I – II – III e IV – Atlântida Editora – Coimbra – MCMLXV / MCMLXVII. Desc . 767 + 926 + 798 + 721 Pág / 2 cm 19,5 cm / Br. «2.ª Edição» Completa
António Galvão – Tratado dos Descobrimentos – B. H. Série Ultramarina N.º 1 – Livraria Civilização – Editora – Lisboa – 1944. Desc. 506 pág / 21,5 cm x 14 cm / E. Ilust.
Obs: Terceira Edição – Minuciosamente anotada e Comentada pelo Visconde de Lagoa, coma Colaboração de Elaine Sanceau. Reprodução Diplomática da Raríssima Edição PRINCE. Com Versão Atualizada par César Pegado, Primeiro Bibliotecário da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. E um Estudo Bibliográfico de António Gaivão pelo Visconde de Lagoa.
António Álvaro Dória – A Rainha D. Maria Francisca de Saboia (1646-1683) – Livraria Civilização – Porto – 1944. Desc. 425 pág / 21 cm x 14 cm / E. Ilust.
J. Pinto Loureiro – Novos Subsídios para a Biografia de Camões – Tipografia Popular – Figueira da Foz – 1936. Desc. 155 pág / 24 cm x 17 cm / Br.
Eduardo Agostinho – Eduardo Agostinho um Riomaiorense no 25 de Abril – Câmara Municipal de Rio Maior – Rio Maior – 2004. Desc. 63 pág / 23 cm x 16,5 cm / Br.
A. H. de Oliveira Marques – Afonso Costa – Editora Arcádia – Lisboa – 1972. Desc. 429 pág / 20 cm x 14,5 cm / Br. Ilust.
José Enes Gonçalves (Organização e Coordenação) – Bento Gonçalves – Uma Vida Um Combate – Câmara Municipal de Montalegre – Montalegre – 2000. Desc. 203 pág / 21 cm x 14 cm / Br. Ilust.
Mariano Robles Romero e Roubledo e José António Novais – Humberto Delgado Assassinato de um Heroi – Liber – Lisboa – 1974. Desc.
António de Almeida Santos (Introdução) e André da Silva Campos Neves (Coordenação e Organização) – António Pinho de Brojo – Olhares de Saudade – Publicações Associação Nacional de Farmácias – Portuguesa – Lisboa – 2000. Desc. 226 pág / 24 cm x 18 cm / Br. Ilust.
Francisco Corrêa Guedes – Calouste Gulbenkian – Uma Reconstituição – Gradiva – Lisboa – 1992. Desc. 518 pág /2,5 cm x 15 cm / Br. Ilust.
Calouste Sarkis Gulbenkian, em arménio: Գալուստ Սարգիս Կիւլպէնկեան (Üsküdar, 23 de Março de 1869 — Lisboa, 20 de Julho de 1955), foi um engenheiro e empresário arménio otomano naturalizado britânico (1902), activo no sector do petróleo e um dos pioneiros no desenvolvimento desse sector no Médio Oriente.2 3 Foi também um mecenas, tendo dado um grande contributo para o fomento da cultura em Portugal. A sua herança esteve na origem da constituição da Fundação Calouste Gulbenkian. Nasceu numa família de abastados comerciantes arménios de Istambul. O seu pai importava querosene da Rússia. Estudou em Londres, no King’s College, onde obteve o diploma de Engenharia (1887). Fez uma viagem à Transcaucásia em 1891, visitando os campos petrolíferos de Baku. Aos 22 anos de idade, publicou o livro La Transcaucasie et la Péninsule d’Apchéron – Souvernirs de Voyage, do qual alguns capítulos foram publicados numa revista que chegou às mãos do ministro das Minas do governo otomano. Gulbenkian foi por este encarregado de elaborar um relatório sobre os campos de petróleo do Império Otomano, em especial na Mesopotâmia. Negociador hábil e esclarecido, perito financeiro de grande categoria, Gulbenkian negociou contratos de exploração petrolífera com os grandes financista internacionais e as autoridades otomanas, fomentando a exploração racional e organizada desta fonte de energia emergente. A indústria internacional dos petróleos começava a tomar forma no fim do século XIX. Gulbenkian organizou o grupo Royal Dutch, serviu de ligação entre as indústrias americanas e russas e deu o primeiro impulso à indústria na região do Golfo Pérsico. Durante a Primeira Guerra Mundial sugeriu em França a criação de um gabinete para controlo do petróleo, o Comité Générale du Pétrole, chefiado por Henri Bérenger. Ao serviço deste comité, obteve êxito para um seu plano: pelo Tratado de San Remo (1920), a França ganhou à Grã-Bretanha o direito a administrar os interesses do Deutsche Bank na companhia de petróleo turca (os ingleses faziam-no desde 1915). Em 1928, desempenhou papel fulcral nas negociações multi-partidas entre grandes empresas internacionais para a divisão da então Turkish Petroleum Co., Ltd. (hoje a Iraq Petroleum Co., Ltd.) entre a Anglo-Persian Oil Co. (hoje a BP), a Royal Dutch Shell Group, a Companhia Francesa de Petróleos e a Near East Development Corp. (metade da Standard Oil e metade da Socony Mobil Oil). A cada uma coube 23,75% do capital e, a Calouste Gulbenkian, 5%. Este facto originou que Gulbenkian ficasse conhecido na indústria do petróleo como “o Senhor Cinco por Cento”. A riqueza que acumulou permitiu-lhe satisfazer a paixão pelas obras de arte. A 28 de Fevereiro de 1950 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo. Em 1892 desposa em Londres Nevarte Essayan, tal como ele natural de Cesareia e descendente de família arménia nobre e abastada. Do casamento nascem dois filhos Nubar Sarkis (1896-1972) e Rita Sirvarte (1900-1977). O filho de Rita Sirvarte, Mikhael Essayan (1927-2012), foi Presidente honorário da Fundação, e o seu filho Martin Essayan – bisneto de Calouste Gulbenkian – é, actualmente, administrador da Fundação, responsável pelas actividades na Grã-Bretanha e na República da Irlanda, e também pelo Serviço das Comunidades arménias. Calouste Gulbenkian foi um amante de arte e homem de raro e sensível gosto, além de reunir uma extraordinária colecção de arte, principalmente europeia e asiática, de mais de seis milhares de peças. Na arte europeia, reuniu obras que vão desde os mestres primitivos à pintura impressionista. Uma parte desta colecção esteve exposta por empréstimo, entre 1930 e 1950, naNational Gallery (Londres) em Londres, e à Galeria Nacional de Arte em Washington, DC. Figuram na colecção obras de Carpaccio, Rubens, Van Dyck, Rembrandt, Gainsborough, Romney, Lawrence, Fragonard, Corot, Renoir, Boucher, Manet, Degas, Monet e muitos outros. Além da pintura, reuniu um importante espólio de escultura do antigo Egipto, cerâmicas orientais, manuscritos, encadernações e livros antigos, artigos de vidro da Síria, mobiliário francês, tapeçarias, têxteis, peças de joalharia de René Lalique, moedas gregas, medalhas italianas do Renascimento, etc. Quando de sua morte, em 1955, a sua colecção de obras de arte estava avaliada em mais de 15 milhões de dólares. Foi desejo de Gulbenkian que a colecção que reuniu ao longo da vida ficasse exposta num mesmo local. Assim é, em Lisboa, desde Junho de 1960. Em 1969 foi inaugurado o edifício-sede da Fundação Calouste Gulbenkian (que acolhe os serviços centrais da Fundação, 2 auditórios, salas de conferências e 2 espaços expositivos) e o Museu, onde se encontra esta colecção permanente. Em 1983 foi inaugurado o Centro de Arte Moderna, no mesmo parque junto à Praça de Espanha onde se localizam todos esses edifícios. Tal como soube reunir uma enorme fortuna ao longo da vida, Gulbenkian soube distribuí-la em testamento com generosidade. Na caridade, deixou verbas para especial protecção das comunidades arménias, que à altura não tinham asseguradas as necessidades básicas pelas organizações internacionais. Foi benfeitor do Patriarcado Arménio de Jerusalém. Como era devoto da Igreja Arménia, fez construir em Londres a Igreja de São Sarkis, dedicado à memória dos seus pais e onde se encontram as suas cinzas. Em Abril de 1942, entrou em Portugal pela primeira vez, convidado pelo embaixador de Portugal em França. Inicialmente, Lisboa seria apenas uma escala numa viagem a Nova Iorque, mas o empresário adoeceu e acaba ficando mais tempo do que planeara, agradado com a paz que em Portugal se vivia durante o conflito que devastava o resto da Europa. Sentindo-se bem acolhido, estabeleceu residência permanente em Lisboa, no Hotel Aviz. Acabou por se instalar definitivamente até à sua morte em 1955. O testamento, datado de 18 de Junho de 1953, criou a fundação com o seu nome que ficou herdeira do remanescente da sua fortuna, e que tem fins, artísticos, educativos e científicos, elegendo Portugal para a sua fixação – agradecendo, postumamente, o acolhimento que teve num momento crítico da história da Europa e sabendo o respeito que em Portugal haveria pelo escrupuloso cumprir da sua vontade.
Stuart Schram – Mao Tsé – Tung – Biblioteca Universal Popular, S.A. – Rio de Janeiro – 1966. Desc. 485 pág / 21,5 cm x 14 cm / Br.
Mao Tsé-Tung (em chinês tradicional: 毛澤東; chinês simplificado: 毛泽东; Mao Tse-tung pela transliteraçãoWade-Giles, ou Máo Zédōng, pela pinyin; Shaoshan, 26 de dezembro de 1893 – Pequim, 9 de setembro de 1976) foi umpolítico, teórico, líder comunista, ditador e revolucionário chinês. Liderou a Revolução Chinesa e foi o arquiteto e fundador daRepública Popular da China, governando o país desde a sua criação em 1949 até sua morte em 19761 . Sua contribuição teórica para o marxismo-leninismo, estratégias militares, e suas políticas comunistas são conhecidas coletivamente comomaoísmo. Mao chegou ao poder comandando a Longa Marcha, formando uma frente unida com Kuomintang (KMT) durante a Guerra Sino-Japonesa para repelir uma invasão japonesa,2 e posteriormente conduzindo o Partido Comunista Chinês até à vitória contra o generalíssimo Chiang Kai-shek do KMT na Guerra Civil Chinesa. Mao restabeleceu o controle central sobre os territórios fraturados da China, com exceção de Taiwan, e com sucesso suprimiu os opositores da nova ordem. Ele promulgou uma reforma agrária radical, usando a violência e o terror para derrubar latifundiários antes de tomar suas grandes propriedades e dividir as terras em comunas populares. O triunfo definitivo do Partido Comunista aconteceu depois de décadas de turbulência na China, que incluiu uma invasão brutal pelo Japão e uma prolongada guerra civil. O Partido Comunista de Mao finalmente atingiu um grau de estabilidade na China, apesar do reinado de Mao ser marcado pela crise de eventos como o Grande Salto em Frente e a Revolução Cultural, e seus esforços para fechar a China ao comércio de mercado, e erradicar a cultura tradicional chinesa, que tem sido amplamente rejeitado pelos seus sucessores. Mao se intitulava “O Grande Timoneiro” e partidários continuam a sustentar que ele foi responsável por uma série de mudanças positivas que vieram à China durante seu governo de três décadas. Estas incluíram a duplicação da população escolar, proporcionando a habitação universal, abolindo o desemprego e a inflação, aumentando o acesso dos cuidados asaúde, e elevando drasticamente a expectativa de vida.5 O seu Partido Comunista ainda domina na China continental, detém o controle dos meios de comunicação e da educação e oficialmente celebra o seu legado. Como resultado desses fatores, Mao ainda possui alta consideração por muitos chineses como um grande estrategista político, mentor militar e “Salvador da Nação”. Os maoístas também divulgam seu papel como um teórico, estadista, poeta e visionário, e os anti-revisionistas continuam a defender a maioria de suas políticas. Em 1950, ele enviou o Exército de Libertação Popular para o Tibete para impor a reivindicação da China na região do Himalaia; esmagou uma revolta ali em 1959; e em 1962, Mao lançou a Guerra sino-indiana. Na política externa, Mao apoiou “revolução mundial” e, inicialmente, procurou alinhar a China com a União Soviética de Josef Stalin, o envio de forças para a Guerra da Coreia e a Primeira Guerra da Indochina, bem como auxiliando movimentos comunistas na Birmânia, Camboja, e em outros países. A China e União Soviética divergiramapós a morte de Stalin, e pouco antes da morte de Mao, a China começou sua abertura comercial com o Ocidente. Mao continua sendo uma figura controversa na atualidade, com um legado importante e igualmente contestado e constante. Muitos chineses acreditam também que, através de suas políticas, ele lançou os fundamentos econômicos, tecnológicos e culturais da China moderna, transformando o país de uma ultrapassada sociedade agrária em uma grande potência mundial. Além disso, Mao é visto por muitos como um poeta, filósofo e visionário. Como conseqüência, seu retrato continua a ser caracterizado na Praça Tiananmen e em todos as notas Renminbi. Inversamente, no Ocidente, Mao é acusado de com seus programas sociais e políticos, como o Grande Salto Adiante e aRevolução Cultural, causar grave fome e danos a cultura, sociedade e economia da China. Embora Mao tenha incentivado o crescimento populacional e a população chinesa quase tenha duplicado durante o período de sua liderança7 (de cerca de 550 a mais de 900 milhões),4 5 suas políticas e os expurgos políticos de seu governo entre 1949 a 1975, provocaram a morte de 50 a 70 milhões de pessoas. A fome severa durante a Grande Fome Chinesa, o suicídio em massa, como resultado das Campanhas Três-Anti e Cinco-Anti, e perseguição política durante a Campanha Antidireitista, expurgos e sessões de luta, todos resultaram destes programas. Suas campanhas e suas variadas consequências catastróficas são posteriormente culpadas por danificar a cultura chinesa e a sociedade, como as relíquias históricas que foram destruídas e os locais religiosos que foram saqueados. Apesar dos objetivos declarados de Mao de combater a burocracia, incentivar a participação popular e sublinhar na China a auto-confiança serem geralmente vistos como louváveis e a rápida industrialização, que começou durante o reinado de Mao, é reconhecida por estabelecer bases para o desenvolvimento da China no final do século XX, os duros métodos que ele usou para persegui-los, incluindo tortura e execuções, têm sido amplamente repreendidos como sendo cruéis e auto-destrutivos. Desde que Deng Xiaoping assumiu o poder em 1978, muitas políticas maoístas foram abandonadas em favor de reformas econômicas. Mao é visto como uma das figuras mais influentes na história do mundo moderno, e foi nomeado pela revista Time como uma dos cem personalidades mais influentes do século XX