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  • Literatura Portuguesa

     

    Obs: Robert J. Milch – Tradução – Maria de Lurdes Medeiros – Apontamentos – Explicações – / Para uma Melhor Actuação nas Aulas e uma Melhor Preparação para os Exames  – Um Guia para a Análise do Conteúdo e da Estrutura da Obra – Uma forma de Tornar Viva a Obra Literária – Resumo  do Argumento – Estudo Capítulo por Capítulo ou Acto por Acto – Análise das Personagens, dos Temas e dos Estilos – A Vida do Autor e a Época

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  • Miradouro – Tipos e Casos

    Miradouro - Tipos e Casos
    Miradouro – Tipos e Casos «€25.00»

    Antero de Figueiredo – Miradouro – Tipos e Casos – Livraria Bertrand – Lisboa – 1934. Desc. 317 pág / 19 cm x 12 cm / Br. «1 Edição»

     

    Antero de Figueiredo (Coimbra, 28 de Novembro de 1866 — Porto, 10 de Abril de 1953) foi um escritor português.Estudou medicina na Universidade de Coimbra, mas acabou por licenciar-se em letras, na Universidade de Lisboa, em 1895. Foi secretário do ministro do Brasil, em Washington. Miradouro, (1934) Recebeu o Prémio Ricardo Malheiros.

    O Prémio Ricardo Malheiros é um prémio atribuído pela Academia das Ciências de Lisboa visando estimular a cultura e a criação literárias em Portugal. O prémio é atribuído, através de concurso, a um autor português de obra original, em língua portuguesa, dos géneros romance, novela ou conto, que tenha sido publicada no ano da abertura do concurso. Os fundos deste prémio provêm de um legado que Ricardo Malheiros deixou à Academia para a criação de um prémio literário. O regulamento deste prémio foi aprovado pela Portaria n.º 20925, de 23 de Novembro de 1964, do Ministério da Educação Nacional. Foram galardoados com este prémio, Aquilino Ribeiro, Ferreira de Castro, Fernanda de Castro, Alves Redol, António Quadros, entre outros.


  • Octopa

    Octopa
    Octopa «€15.00»

    Elviro Rocha Gomes – Octopa – Edição de Autor – Faro – 1983. Desc. 85 pág / 21 cm x 15 cm / Br. – Edição 500 exemplares – «Com Autografo»

     

    (1918- 2009) O Professor Elviro Augusto da Rocha Gomes, natural de Constância, foi licenciado em Germânicas pela Universidade de Coimbra, onde leccionou, tendo posteriormente passado por liceus de Lisboa, Funchal e Viana do Castelo, vindo a fixar-se em Faro, onde desenvolveu grande parte da sua actividade de professor. Elviro Rocha Gomes foi poeta, escritor, tradutor e publicista, sendo responsável pela divulgação em Portugal de poetas de Língua alemã. Foi Director do Círculo Cultural do Algarve e responsável por um sem número de conferências que marcaram a vida cultural do Algarve em meados do século passado, tendo escrito para jornais e revistas, com destaque para “Diário do Norte”, “Aurora do Lima”, “Gazeta do Sul”, “Algarve Ilustrado” e “O Algarve”, entre outros. Elviro da Rocha Gomes marcou, pela sua forma diferente de ensinar, gerações de alunos que passaram pelo Liceu de Faro, tendo-lhe sido atribuída a Medalha de Mérito, Grau Ouro, pelo Município, em 1990, pelos serviços relevantes nas áreas da educação e da cultura. Publicou dezenas de obras de poesia, boa parte com ilustrações de capa de Vicente de Brito e de José Maria Oliveira, sempre em edições de autor, que pontualmente oferecia a amigos, com a devida dedicatória.


  • O Moinho à Beira do Floss

    O Moinho à Beira do Floss
    O Moinho à Beira do Floss «€30.00»

    George Eliot  – O Moinho à Beira do Floss – Tradução de Fernando Macedo – Editorial Inquérito – Lisboa – 1943. Desc. 351 pág / 25 cm x 19 cm / Br.

     

    George Eliot era o pseudónimo de Mary Ann Evans (Chilvers Coton, perto de Nuneaton,Warwickshire, 22 de Novembro de 1819 – Londres, 22 de Dezembro de 1880), uma novelista autodidacta britânica. O seu primeiro trabalho literário, de 1844, foi a tradução da Vida de Jesus de David Strauss. O tema principal dos seus romances, como em Silas Marner, é a vida das pessoas simples, que retrata com uma sensibilidade reconhecida por várias gerações de leitores. Desenvolveu o método da análise psicológico característico da ficção moderna. Sua obra Middlemarch (1872) é considerada um dos maiores romances do século XIX. Segundo Virgínia Woolf, em um artigo em tributo à escritora, este é “um dos poucos romances ingleses escritos para gente grande” . Faleceu em 22 de Dezembro de 1880. Encontra-se sepultada no Cemitério de Highgate,Grande Londres na Inglaterra.


  • Vermelho e Negro

    Vermelho e Negro
    Vermelho e Negro «€30.00»

    Stendhal – Vermelho e Negro – tradução de José Marinho – Editorial Inquérito – Lisboa – 1943. Desc. 367 pág / 25 cm x 19 cm / Br.

     

     

    Henri-Marie Beyle, mais conhecido como Stendhal (Grenoble, 23 de Janeiro de 1783 — Paris, 23 de Março de 1842) foi um escritor francês reputado pela fineza na análise dos sentimentos de seus personagens e por seu estilo deliberadamente seco.Órfão de mãe desde 1789, criou-se entre seu pai e sua tia. Rejeitou as virtudes monárquicas e religiosas que lhe inculcaram e expressou cedo a vontade de fugir de sua cidade natal. Abertamente republicano, acolheu com entusiasmo a execução do rei e celebrou inclusive a breve detenção de seu pai. A partir de 1796 foi aluno da Escola central de Grenoble e em 1799 conseguiu o primeiro prémio de matemática. Viajou a Paris para ingressar na Escola Politécnica, mas adoeceu e não pôde se apresentar à prova de acesso. Graças a Pierre Daru, um parente longínquo que se converteria em seu protector, começou a trabalhar no ministério de Guerra.Enviado pelo exército como ajudante do general Michaud, em 1800 descobriu a Itália, país que tomou como sua pátria de escolha. Desenganado da vida militar, abandonou o exército em 1801. Entre os salões e teatros parisienses, sempre apaixonado de uma mulher diferente, começou (sem sucesso) a cultivar ambições literárias. Em precária situação económica, Daru lhe conseguiu um novo posto como intendente militar em Brunswick, destino em que permaneceu entre 1806 e 1808. Admirador incondicional de Napoleão, exerceu diversos cargos oficiais e participou nas campanhas imperiais. Em 1814, após queda do corso, se exilou na Itália, fixou sua residência em Milão e efectuou várias viagens pela península italiana. Publicou seus primeiros livros de crítica de arte sob o pseudónimo de L. A. C. Bombet, e em 1817 apareceu Roma, Nápoles e Florença, um ensaio mais original, onde mistura a crítica com recordações pessoais, no que utilizou por primeira vez o pseudónimo de Stendhal. O governo austríaco lhe acusou de apoiar o movimento independentista italiano, pelo que abandonou Milão em 1821, passou por Londres e se instalou de novo em Paris, quando terminou a perseguição aos aliados de Napoleão. Dandy afamado, frequentava os salões de maneira assídua, enquanto sobrevivia com os rendimentos obtidos com suas colaborações em algumas revistas literárias inglesas. Em 1822 publicou Sobre o amor, ensaio baseado em boa parte em suas próprias experiências e no que expressava ideias bastante avançadas; destaca sua teoria da cristalização, processo pelo que o espírito, adaptando a realidade a seus desejos, cobre de perfeições o objecto do desejo. Estabeleceu seu renome de escritor graças à Vida de Rossini e as duas partes de seu Racine e Shakespeare, autêntico manifesto do romantismo. Depois de uma relação sentimental com a actriz Clémentine Curial, que durou até 1826, empreendeu novas viagens ao Reino Unido e Itália e redigiu sua primeira novela, Romance. Em 1828, sem dinheiro nem sucesso literário, solicitou um posto na Biblioteca Real, que não lhe foi concedido; afundado numa péssima situação económica, a morte do conde Daru, ao ano seguinte, afectou-lhe particularmente. Superou este período difícil graças aos cargos de cônsul que obteve primeiro em Trieste e mais tarde em Civitavecchia, enquanto se entregava sem reservas à literatura. 1830 aparece sua primeira obra-prima: O vermelho e o Negro, uma crónica analítica da sociedade francesa na época da Restauração, na qual Stendhal representou as ambições de sua época e as contradições da emergente sociedade de classes, destacando sobretudo a análise psicológica dos personagens e o estilo directo e objectivo da narração. Em 1839 publicou A Cartuxa de Parma, muito mais novelesca que sua obra anterior, que escreveu em apenas dois meses e que por sua espontaneidade constitui uma confissão poética extraordinariamente sincera, ainda que só recebeu o elogio de Honoré de Balzac. Ambas são novelas de aprendizagem, e compartilham de rasgos românticos e realistas; nelas aparece um novo tipo de herói, tipicamente moderno, caracterizado por seu isolamento da sociedade e seu confronto com suas convenções e ideais, no que muito possivelmente se reflecte em parte a personalidade do próprio Stendhal. Outra importante obra de Stendhal é Napoleão, onde o escritor narra momentos importantes da vida do grande general Bonaparte. Como o próprio Stendhal descreve no início deste livro, havia na época (1837) uma carência de registos referentes ao período da carreira militar de Napoleão, sobretudo, sua actuação nas várias batalhas na Itália. Dessa forma, e também porque Stendhal era um admirador incondicional do corso, a obra prioriza a emergência de Bonaparte no cenário militar, entre os anos de 1796 e 1797 nas batalhas italianas. Declarou, certa vez que não considerava morrer na rua algo indigno e, curiosamente, faleceu de um ataque de apoplexia, na rua, sem concluir sua última obra, Lamiel, que foi publicada muito depois de sua morte. O reconhecimento da obra de Stendhal, como ele mesmo previu, só ocorreu cerca de cinquenta anos após sua morte, ocorrida em 1842 na cidade de Paris.


  • O Abade Faria na Revolução Francesa

    Na Revolução Francesa
    Na Revolução Francesa «€30.00»

    Augusto Ribeiro – O Abade Faria  na Revolução Francesa – Casa Editora  Nunes de Carvalho – Lisboa – S/D. Desc. 370 pág / 21 cm x 15 cm / Br.

     

     

    José Custódio de Faria (Goa, Bardez, Candolim, 30/31 de Maio de 1746 — Paris, 20 de Setembro de 1819), mais conhecido por Abade Faria, foi um religioso e cientista luso-goês que se destacou como um dos primeiros estudiosos da hipnose. Filho de Caetano Vitorino de Faria e de sua mulher Rosa Maria de Sousa, ambos Goeses católicos, os quais mais tarde se separaram e tomaram Ordens. Chegou a Lisboa em 1771 e a Roma em 1772. Nesta última cidade esteve até 1780, formando-se em Teologia e recebendo as ordens de sacerdote. Pertenceu ao grupo dos conspiradores que tentaram derrubar o regime português em Goa em 1787. A chamada Conjuração dos Pintos foi denunciada e  exemplarmente reprimida pelas autoridades portuguesas. Faria apressou-se a ir para a França em 1788. Defensor da Revolução Francesa (1789), comandou em uma das secções que, em 1795, atacaram a Convenção Nacional. Foi professor de Filosofia nos Liceus de Marselha e Nîmes. Iniciado na prática do magnetismo animal por Armand-Marie-Jacques de Chastenet, marquês de Puységur, no ano de 1813 abriu em Paris um gabinete de magnetizador. A prática de hipnose por sugestão trouxe-lhe uma enorme clientela e uma pronta reacção de descrédito, sendo rotulado de maníaco e bruxo. Os últimos anos da sua vida passou-os como capelão de um convento de religiosas. Como cientista demonstrou o carácter puramente natural da hipnose, tendo sido ele o primeiro a descrever com precisão os seus métodos e efeitos. Soube antever as possibilidades da sugestão hipnótica no tratamento das doenças nervosas. Uma versão aficionada sua, surge como personagem do romance O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas.


  • O Espírito e a Graça de Camilo

    O Espírito e a Graça de Camilo
    O Espírito e a Graça de Camilo «€15.00»

    Luís de Oliveira Guimarães – O Espírito e a Graça de Camilo – Edição Romano Torres – Lisboa -1952. Desc. 158 pág / 19 cm x 13 cm / Br.

     

     

     

    Escritor, jornalista e jurista, Luís de Abreu Alarcão de Oliveira Guimarães licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, tendo depois ingressado na magistratura, como delegado do Procurador da República, exercendo essas funções em Resende, Grândola, Alcácer do Sal, Sertã, Sintra, Vila Verde, Beja, Tomar e Lisboa. Em paralelo com essa profissão, que abandonaria em 1939, para se dedicar inteiramente à escrita, foi abraçando a carreira de jornalista, primeiro no vespertino «A Capital» e também nos jornais «A Manhã» e «O Primeiro de Janeiro». Mais tarde, colaborou nos diários «O Comércio do Porto», «Sol», «República», «Diário Popular» e «Diário de Notícias». Tendo como marca pessoal um refinado humor, em conjunto com João Ameal,  dirigiu em 1924 uma efémera revista literária e humorística intitulada «O Chiado», onde fixou ditos, anedotas e pormenores de vida de algumas figuras lisboetas. No ano seguinte, ambos publicaram também  «As Criminosas do Chiado». Mais tarde, já na década de 40, colaborou com José Ribeiro dos Santos em duas colectâneas de chistes de gente célebre que receberam os títulos de «Memórias dos Outros» (1944) e «Senhoras Conhecidas» (1945). No ensaio dedicou-se particularmente ao estudo da vida e obra de escritores nacionais, especialmente de Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco e Guerra Junqueiro, mas também dissertou sobre Alberto Pimentel, Júlio Dantas e Aquilino Ribeiro. Com uma vasta obra, constituída por mais de meia centena de livros, escreveu também cerca de três dezenas de peças teatrais, sobretudo entre as décadas de 20 e 40, um livro de poemas («Bonecas que Amam») – que constituiu a sua estreia literária, em 1923 -, alguns livros de carácter jurídico e arqueológico e diversos livros que retratavam a vida boémia lisboeta. Foi membro da Associação dos Arqueólogos Portugueses, bem como da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, de que foi co-fundador.


  • Crónicas de Londres por Eça de Queiroz

    Crónicas de Londres por Eça de Queiroz
    Crónicas de Londres por Eça de Queiroz «€25.00»

    Eça de Queiroz – Crónicas de Londres por Eça de Queiroz – Novos Dispersos – Contribuição Para o Centenário de Eça de Queiroz «Prefácio de Eduardo Pinto da Cunha » – Editorial Aviz – Lisboa – 1944. Desc. 226 pág / 19 cm x 13,5 cm / Br.


  • Cartas

    Cartas
    Cartas «€40.00»

    Manuel Laranjeira – Cartas – Documentos Humanos – Prefácio e Cartas de Miguel de Unamuno – Portugália Editora – Lisboa – 1943. Desc. 183 pág + 1 Estampa / 19 cm x 12,5 cm / Br. «1 Edição – Exemplar n.º324 »

     

     

    Manuel Laranjeira ( Mozelos – Santa Maria da Feira, 17 de Agosto de 1877 – m. Espinho, 22 de Fevereiro de 1912), foi médico e escritor português. Autor de teatro, ficção, ensaios, conferências, poesia e estudos sobre política, filosofia, religião a sua actividade literária inicia-se cedo, ainda estudante, como cronista em várias publicações periódicas da época, de que se destacam a “Revista Nova”, “A Arte” e “O Norte”. Foi amigo e correspondente de várias figuras intelectuais de destaque, entre elas, Amadeo de Souza-Cardoso com quem comunga várias das suas ideias e o poeta e filósofo espanhol Miguel de Unamuno, amizades de que resta vasta correspondência literária, política e filosófica. Manuel Laranjeira nasceu em 1877 em São Martinho de Moselos, hoje Mozelos, no concelho de Santa Maria da Feira. Oriundo de uma família modesta, é graças à herança recebida de um tio brasileiro que Manuel Laranjeira prossegue estudos secundários. É desta época (1898) a publicação de Os Filósofos. Dedica-se desde novo à poesia e ao teatro, colaborando em diversas publicações periódicas, como a Revista Nova, A Arte, A Voz Pública e O Norte, assinando crónicas (hoje compiladas) sobre temas tão diversos como política, crítica social, religião, literatura e outras artes, medicina, filosofia ou educação. Em 1898 fixa residência em Espinho, ao número 277 da Rua Bandeira Coelho (actual Rua 19) e matricula-se na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, iniciando o curso superior de Medicina. É desta época o prólogo dramático Amanhã (1902). Formado em Medicina 1904, desenvolve intervenções de natureza social e política. É deste modo que o vemos agir politicamente, por exemplo, na Comissão de Propaganda do Centro Democrático de Espinho, e socialmente entrando em confronto, com polémicas crónicas na imprensa, com os ricos portugueses vindos do Brasil, ou com os doutores da Escola Médica do Porto, que criticou acerrimamente. Desta época são as suas conferências sobre biologia e o drama Às Feras (1905) Em 1907 inicia a sua tese de doutoramento, A doença da Santidade – com a qual obtém a classificação de 19 valores. Viaja entretanto até Madrid, visitando o Museu do Prado e mostra interessa em fixar-se em Paris onde se encontrava o pintor e amigo Amadeo de Souza-Cardoso. Manuel laranjeira é aliás um dos primeiros a reconhecer, através dos desenhos que o amigo lhe enviava, a qualidade artística de Amadeu referindo-se a ele, enquanto ainda estudante em Paris, como “um artista no significado absoluto do termo”. Em 1908 conhece Miguel de Unamuno em Espinho, trocando com ele correspondência. É vasta a correspondência de Manuel Laranjeira (toda ela publicada e compilada) com Unamuno, João de Barros, António Patrício, Afonso Lopes Vieira, Teixeira de Pascoaes, Teófilo Braga, Ramalho Ortigão, Amadeo de Souza-Cardoso, entre outros. No entanto, ainda novo, sentindo os efeitos da doença (uma sífilis nervosa), desiludido com a inépcia dos políticos e com a falta de incentivos culturais no quotidiano nacional, foi sujeito a crises depressivas, oscilando a sua vida entre o prazer e uma profunda tristeza e tédio. Muitos destes sentimentos moldam o seu carácter reflectido nos seus escritos. Esta disposição acentua-se progressivamente, e as crises de depressão agravam-se. No final da tarde do dia 22 de Fevereiro de 1912, estando já acamado, deprimido e desesperado com a doença, suicida-se com um tiro na cabeça. Dotado de um saber enciclopédico e de uma vasta cultura literária e artística (conhecia pelo menos cinco línguas, o que lhe permitia ler no original os escritos que moldavam os espíritos do século XIX), Laranjeira possuía ainda um espírito mordaz e contundente, o que o levou a intervir na vida do nosso país assumindo-se como um espírito permanente insatisfeito com a pequenês da sociedade e da cultura que o rodeava. Tem, actualmente, em Espinho uma escola com o seu nome: Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira.

    Miguel de Unamuno y Jugo (Bilbau, 29 de Setembro de 1864 – 31 de Dezembro de 1936) foi um escritor, poeta e filósofo espanhol. Nasceu em Ronda del Casco Viejo (Bilbau) e faleceu em Salamanca. Considerado a figura mais completa da Gerações de 98, um grupo constituído por nomes como António Machado, Azorín, Pío Baroja, Ramón del Valle-Inclán, Ramiro de Maetzu, Angel Ganivet, entre outros. Estudou na Universidade de Madrid onde tirou o curso de Filosofia e Letras e mais tarde obteve a cátedra de grego na Universidade de Salamanca. Dez anos depois foi nomeado reitor da universidade salmantina. Foi conhecido também pelos sucessivos ataques à monarquia de Afonso XIII de Espanha. De 1926 a 1930 viveu no exílio, primeiro nas Ilhas Canárias e depois em França, de onde só voltou depois da queda do general Primo de Rivera. Mais tarde o General Francisco Franco afastou-o novamente da vida pública, devido a críticas duras feitas ao General Millán Astray, acabando por passar os seus últimos dias de vida numa casa em Salamanca.


  • Prosa Doutrinal de Autores Portugueses

    Prosa Doutrinal de Autores Portugueses
    Prosa Doutrinal de Autores Portugueses «€20.00»

    António Sérgio – Prosa Doutrinal de Autores  – Portugália – Lisboa – S/D. 472 pág / 19,5 cm x 12,5 cm / Br.

     

    António   Sérgio  de   Sousa  ( Damão, 3  de  Setembro de  1883  —  Lisboa,  24 de Janeiro de 1969) foi um importante intelectual e pensador português. Nascido na Índia Portuguesa, foi influenciado pelo contacto  com  várias  culturas. Viveu alguns anos em África, tornando-se uma personagem cosmopolita pois, seguindo uma tradição familiar, estudou no Colégio Militar, completando o curso da Marinha de Guerra, na sequência do que viaja a Cabo Verde e Macau. Abandonou a Marinha com a implantação da República em 1910. Em 1912 concorreu para assistente para a secção de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, num concurso a que também se apresentou Leonardo Coimbra e Matos Romão, que haveria de ser nomeado. Sérgio não considerava a questão república/monarquia importante. Importante seria o progresso económico e moral de Portugal. Fala do “Socialismo”, embora esta sua ideia não seja, nem de longe, aparentada com o socialismo marxista. Sérgio estaria situado numa linha política social-democrata, admirando a Inglaterra, um posicionamento semelhante ao que seria adoptado pelos países da Escandinávia. A sua acção foi marcadamente voltada para a problemática da Educação. O século XIX português fora caracterizado por reformas que raramente passaram dos textos legislativos ou declarações de intenções.