Actas da I Reunião Internacional de Camonistas – Jorge Sena – Aspectos do Pensamento de Camões Através da Estrutura Linguística de «Os Lusíadas» / Roger Bismut – La Critique Textuelle des «Lusiades» / José Filgueira Valverde – «Os Lusíadas» Em Si mesmo Como Monumento / Stephen Reckert – «Mudanças e Enganos» (Os Lusíadas Como Documentos Históricos Cultural, e Literário) / Hans Flache – o Método de Comentar de Manuel de Faria e Sousa (Contributo Para a Interpretação D’ Os Lusíadas) / Soares Moreno – A Crítica Feita ao Poema no Decurso da História Literária / Américo da Costa Ramalho – a Ilha dos Amores e o Inferno Vergiliano / Carlos Almaça – Alguns Comentários a Estudos Sobre A Zoologia de «Os Lusíadas» / Eduardo Lourenço de Faria – Camões e a Visão Neoplatónica do Mundo / Enzio Di poppa Vòlture – Europeísmo N’ «os Lusíadas» / F. Casado Gomes – Baco e o «Desconcerto do Mundo» em «Os Lusíadas» / Fernando Castello-Branco – As Fontes da Descrição da Tomada de Lisboa em «Os Lusíadas» / Frank Pierce – The Structure And The Style Of «Os Lusíadas» / Giuseppe Carlos Rossi – As Traduções Italianas de «Os Lusíadas» / Gladstone Chaves de Mello – A Língua de «os Lusíadas» e a Linguagem Brasileira / H. V. Libvermore – Epic And History In The Lusiads / Henrique Barrilaro Ruas – Camões e a «Paideia» Portuguesa (Introdução ao Tema) / João Vidago – Atlas e Dicionário Geográfico de «Os Lusíadas / Jorge Macedo – «Os Lusíadas», Narrativa Histórica Comentada / Luís de Albuquerque – Reflexões Sobre «Os Lusíadas» / Monica Letzring – The Adamastor Episode and Eighteeth Century Aesthetic Theory Of The Sublima In England / Neil Miller – o Cancioneiro Geral e «Os Lusíadas» / Paul Teyssier – La palette de Camões Étude Du Vocabulaire Des Couleurs Et de La Lumière Dans Les Lusíadas / S. George West – Camoens In The Periodical Literature Of The British Isles, 1771-1970 / S. George West – An Aspiring English Translator Of « Os Lusíadas»: Thomas Wade, Poet And Dramatist (1805-1875) – Comissão Executiva do IV Centenário da Publicação de «Os Lusíadas» – Lisboa – 1973. Desc. 494 pág / 23, 5 cm x 17 cm / Br.
Cristóvão de Aguiar – Ciclone de Setembro – Editorial Caminho – Lisboa – 1985. Desc. 247 pág / 21 cm x 13,5 cm / Br. «1.º Edição»
Luís Cristóvão Dias de Aguiar, que usa o nome literário de Cristóvão de Aguiar (Nasceu no Pico da Pedra, Ilha de São Miguel, 8 de Setembro de 1940) é um escritor português . Depois de Vitorino Nemésio, é considerado o maior escritor da literatura de autores açorianos e um dos de maior importância no panorama da Literatura Portuguesa contemporânea. É licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, que frequentou de 1960 a 1971. Cumpriu o serviço militar na Guiné Portuguesa, de 1965 a 1967, período durante o qual teve que interromper os seus estudos. Tornou-se leitor de Língua Inglesa na Universidade de Coimbra em 1972. Foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique em 2001 e homenageado pela Faculdade de Letras e Reitoria da Universidade de Coimbra em 2005, por ocasião dos quarenta anos da sua vida literária, tendo sido publicado um livro, “Homenagem a Cristóvão de Aguiar”, coordenado pela Prof. Doutora Ana Paula Arnaut, o qual contém a generalidade das críticas e ensaios publicados sobre a obra do autor durante a sua vida literária A trilogia romanesca Raiz Comovida (1978-1981) é uma das suas obras mais importantes, a par com a trilogia Relação de Bordo (1999-2004), em 3 volumes, um dos mais interessantes diários da literatura portuguesa.
Bento de Jesus Caraça – Conferência e Outros Escritos – Editorial Minerva – Lisboa – 1970. Desc. 379. Pág / 22 cm x 15 cm / Br- «1.ª Edição»
Bento de Jesus Caraça (Vila Viçosa, 18 de Abril de 1901 — Lisboa, 25 de Junho de 1948) foi um matemático português, professor universitário, resistente antifascista e militante do Partido Comunista Português. Licenciou-se, em 1923, no Instituto Superior de Comércio, hoje Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Em 1936 funda o Núcleo de Matemática, Física e Química juntamente com outros recém doutorados nas áreas da matemática e física. Em 1938, com os também professores Mira Fernandes e Beirão da Veiga, funda o Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas à Economia, que dirigiu até Outubro de 1946, ano da sua extinção pelo Governo. Em 1940, com os professores António Monteiro, Hugo Ribeiro, José da Silva Paulo e Manuel Zaluar criou a Gazeta de Matemática. Em 1941 cria a “Biblioteca Cosmos”, para edição de livros de divulgação científica e cultural, a qual publicou 114 livros, com uma tiragem global de 793 500 exemplares. Colaborou também nas revistas Técnica, Gazeta de Matemática, Seara Nova, Vértice e Revista de Economia. Em 1943 e até 1944 torna-se o 2.º presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática em conjunto com Aureliano de Mira Fernandes. Em 1946 é preso pela PIDE e, em Outubro desse mesmo ano, demitido do lugar de professor catedrático do Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras. Faleceu em Lisboa, no dia 25 de Junho de 1948, vítima de doença cardíaca. A 3 de Setembro de 1979 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada e a 30 de Junho de 1980 foi feito Grande-Oficial da Ordem da Liberdade, ambas a título póstumo
Dr. Américo da Costa Ramalho – A Tradição Clássica em«Os Lusíadas» – Comissão Executiva do IV Centenário da Publicação de “Os Lusíadas” – Lisboa – 1972. Desc. 22 pág / 24 cm x 16,5 cm / Br.
Prof. Roger Bismut – Contribution à Un Centeneire: Une Tentative de Rénovation Épique, Les Lusiades de L. Camões – – Comissão Executiva do IV Centenário da Publicação de “Os Lusíadas” – Lisboa – 1972. Desc. 35 pág / 24 cm x 16,5 cm / Br.
Dr. Aníbal Pinto de Castro – O Episódio do Adamastor: Seu Lugar e Significação na Estrutura de «Os Lusíadas» – Comissão Executiva do IV Centenário da Publicação de “Os Lusíadas” – Lisboa – 1972. Desc. 18 pág / 24 cm x 16,5 cm / Br.
José Joaquim Nunes – Cantigas de Amor dos Travadores Galego Portugueses – Centro de Livros Brasileiros – Lisboa – Porto – Luanda – 1972. Desc. L + 562 pág / 21,5 cm x 15 cm / Br.
José Joaquim Nunes (Portimão, 4 de Dezembro de 1859 — Lisboa, 20 de Julho de 1932) foi um sacerdote católico (embora tenha depois abandonado o sacerdócio e casado) e professor universitário, que se destacou pelos seus trabalhos de lexicografia dialectal e histórica, pertencendo à geração pioneira da linguística portuguesa. Foi sócio da Academia das Ciências de Lisboa. José Joaquim Nunes nasceu na então Vila Nova de Portimão, filho de Joaquim Nunes do Carmo e Maria Francisca Francesa, uma família de poucas posses. Realizou os seus estudos básicos em Portimão, com a ajuda do «escrivão da Câmara» Aires António de Azevedo e do padre José Baptista Pereira. Terminada a instrução primária, ingressou no Seminário de Faro, onde concluiu o curso teológico, sendo sido ordenado sacerdote em 1882. Como jovem sacerdote, paroquiou em Estoi, Martim Longo, Castro Marim e Alferce, freguesia onde se manteve, como pároco encomendado entre 1886 e 1888. Foi neste período de vivência numa comunidade serrana algarvia que se iniciou na actividade literária, publicando a obra Contos ao Lar (1888) com o pseudónimo deJúlio Ventura. Os contos incluídos são inspirados em lendas algarvias, predominantemente monchiquenses, como a conhecida Louca dos Pisões. Também neste período iniciou a sua participação na imprensa, tendo sido colaborador de O Patriota, influente órgão da imprensa local dirigido por António Lobo de Almada Negreiros, o pai de Almada Negreiros. Manteria esta colaboração por muitos anos, sendo posteriormente correspondente do jornal em Lagos. Tem ainda colaboração na revista algarvia Alma nova : revista ilustrada (começada a editar em Faro em 1914, disponível na Hemeroteca Digital4 ). Entretanto, já com um importante envolvimento na actividade intelectual algarvia, sentia-se atraído pelo ensino em detrimento da actividade pastoral. Solicitou então ao prelado a sua transferência para um lugar de professor no Seminário de São José, em Faro, o que não lhe foi concedido. Perante a recusa, resolveu concorrer a um lugar de capelão militar, sendo colocado em 1889 como capelão do Regimento de Infantaria n.º 15, de Lagos. Durante os anos em que esteve colocado em Lagos, manteve uma intensa actividade social e cultural, criando uma escola particular para estudos liceais, de que foi professor, e fundando, em 1891, o jornal O Lacobrigense, que dirigiu e editou. Naquele jornal publicou vários trabalhos relacionados com a cultura algarvia, pois dedicou-se ao estudo de temas da etnografia algarvia, sobre a qual publicou diversos artigos em vários periódicos. A sua carreira de capelão militar levou a que fosse transferido de Lagos para Santarém, continuando paralelamente a dedicar-se ao ensino particular e aos estudos de filologia. Foi assim que também leccionou em escolas particulares de Santarém. Colocado depois no Regimento de Infantaria n.º 17, em Beja, acumulou naquela cidade as funções de capelão com os cargos de professor interino do Liceu e de professor do Seminário de Beja. Em colaboração com o professor monchiquense José António Gascon (1851-1931), publicou na Revista Lusitana, tomo VII (1902; separata em 1906), os resultados da recolha etnográfica que realizara no Algarve, intitulada Dialectos Algarvios, trabalho presumivelmente iniciado quando residiu no concelho de Monchique. Na mesma revista, entre abundante colaboração, em 1900 publicou também a obra Subsídios para o Romanceiro Algarvio. Com a implantação da República, a capelania do Exército Português foi extinta o que o levou a passar para o ensino oficial a tempo inteiro. Abandonou então o sacerdócio, casando civilmente com Matilde Cardoso de Araújo Nunes. Já filólogo reconhecido e apoiante dos ideais republicanos, em 1911 foi nomeado pelo Governo da República vogal secretário da comissão da Reforma Ortográfica de 1911. Na continuação da sua carreira na docência liceal, foi sucessivamente professor do Liceu de Beja, do Liceu de Santarém e do Liceu Camões, em Lisboa, antes de ser colocado como professor do Colégio Militar. Em 1913 foi eleito sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, instituição de que passou em 1926 à categoria de sócio efectivo. Já com uma carreira feita e uma sólida reputação académica como investigador da linguística, em 1914, com 55 anos de idade, foi nomeado professor extraordinário de Filologia Clássica da Faculdade de Letras de Lisboa. No ano de 1917, em reconhecimento do seu saber e numerosas contribuições bibliográficas, foi feito Doutor em Letras e promovido a professor catedrático e em 1928 escolhido para o cargo de director daquela Faculdade. Em 1929 retirou-se da actividade académica por atingir o limite de idade. Na sua vida profissional destacou-se pelos seus conhecimentos de latim e de grego clássico e como um reputado especialista no estudo da Antiguidade Clássica, a que aliava um perfil discreto e uma grande capacidade pedagógica. Na Faculdade de Letras foi colega e colaborador de Leite de Vasconcelos e de José Maria Rodrigues, convivendo com lentes como Adolfo Coelho, Carolina Michaelis e David Lopes. Já viúvo, retornou à Igreja Católica Romana, que abandonara quando casou, tendo estado algum tempo recolhido no convento franciscano de Varatojo, mas veio a falecer na sua casa de Lisboa, vítima de pneumonia, pouco depois do seu regresso ao catolicismo. Publicou vários trabalhos de lexicografia dialectal e lexicografia histórica e estudos avulsos de etimologia e de onomástica, contribuindo para o enquadramento geral na descrição dos fenómenos da fonética histórica da língua portuguesa. Também se dedicou ao estudo e à edição de textos medievais, nomeadamente obras de carácter hagiográfico, com destaque para as vidas de santos portugueses, muitas delas inéditas. Na vertente didáctica, elaborou e publicou compêndios gramaticais e antologias (então designadas crestomatias) destinados a serem utilizados pelos estudantes liceais. A sua vasta bibliografia versa ainda temas como a toponímia, a história e a cultura. Como sócio correspondente, e depois efectivo, da Academia de Ciências de Lisboa, apresentou vários trabalhos de índole científica naquela instituição, à qual legou o seu espólio literário. Foi ainda membro de várias agremiações académicas e científicas e representou Portugal em congressos e reuniões internacionais. Especialista em filologia clássica era um notável poliglota, falando e escrevendo correctamente em várias línguas. A vasta obra literária que deixou, em boa parte actual, tem sido objecto de artigos, livros e teses académicas. Alguns dos seus inéditos, sobretudo obras de literatura, encontram-se depositados na Academia de Ciências de Lisboa. É lembrado na toponímia da cidade de Portimão, onde uma rua ostenta o seu nome. O grosso da sua bibliografia foi publicado na Revista Lusitana e no Boletim da Academia das Ciências de Lisboa, mas é autor de diversas monografias, entre as quais:
Álvaro Lins – Ensaio Sobre Camões e a Epopeia Como Romance Histórico – Brasília Editora – Porto – 1972. Desc. 98 pág + 4 Estampas / 24 cm x 16,5 cm / Br. Ilust.
Álvaro Lins (A. de Barros L.), professor e crítico literário, nasceu em Caruaru, em 14 de Dezembro de 1912, e faleceu no Rio de Janeiro, em 4 de Junho de 1970. Era filho de Pedro Alexandrino Lins e de Francisca de Barros Lins. Fez o curso primário na sua cidade natal e o curso secundário no Colégio Salesiano e no Ginásio Padre Félix, em Recife. Ali ingressou na Faculdade de Direito. Ainda estudante, começou a leccionar História da Civilização no Ginásio do Recife e no Colégio Nóbrega. Aos 20 anos, como representante do Directório dos Estudantes na abertura do ano lectivo da Faculdade de Direito, pronunciou a conferência “ A Universidade como escola de homens públicos”, que chamou a atenção de Recife para seu nome. Passou, então, a fazer jornalismo no Diário de Pernambuco. Colou grau em Direito em 1935. Participando de movimentos políticos, foi nomeado secretário do Governo de Pernambuco. Seu nome fazia parte da chapa de candidatos a deputado federal quando os acontecimentos de 1937 interromperam a carreira política. Firmou-se, então, no jornalismo, como redactor e director do Diário da Manhã, de 1937 a 1940. Ainda em Recife aos 27 anos escreveu o primeiro livro, História literária de Eça de Queiroz (1939). Transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde começou a fazer crítica literária, género que lhe deu nome nacional. Foi colaborador do Suplemento Literário do Diário de Notícias e dos Diários Associados (1939-1940), redactor-chefe do Correio da Manhã (1940-1956). Convidado pelo Ministério das Relações Exteriores escreveu uma biografia do Barão do Rio Branco no ano do centenário do nascimento (1945). Professor catedrático de Literatura Brasileira do Colégio Pedro II, interino, de Novembro de 1941 a Dezembro de 1951, quando passou a efectivo mediante obtenção do 1º lugar em concurso de títulos e provas, com a tese A técnica do romance em Marcel Proust, publicada em 1956. Leccionou a cadeira de Estudos Brasileiros da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Lisboa, em missão oficial do Ministério das Relações Exteriores, de 1952 a 1954. Chefiou a Casa Civil do presidente Juscelino Kubitschek (1956), embaixador do Brasil em Portugal de Novembro de 1956 a Outubro de 1959. Foi o presidente da 1ª Conferência Inter-americana da Amnistia para os Exilados e Presos Políticos da Espanha e de Portugal, realizada na Faculdade de Direito de São Paulo (1960) e director do Suplemento Literário do Diário de Notícias, de Março de 1961 até Junho de 1964. Em 1962, foi chefe da Delegação Brasileira ao Congresso Mundial da Paz realizado em Moscou. Álvaro Lins recebeu o Prémio Centenário de Antero de Quental, pelo ensaio Poesia e personalidade de Antero de Quental (1942); Prémio Felipe de Oliveira, da Sociedade Felipe de Oliveira, e Prémio Pandiá Calógeras, da Associação Brasileira de Escritores, pela obra Rio Branco (1945); Prémio Jabuti Personalidade do Ano, da Câmara Brasileira do Livro, pela sua obra Missão em Portugal (1960), e o Prémio Luiza Cláudio de Souza, pelas obras Os mortos de sobre casaca e Jornal de crítica Sétima série (1963). Foi condecorado com a Grã Cruz da Ordem de Cristo, de Portugal (em 1957).
Frei André Baião – Os Lusíadas de Luís de Camões Traduzidos em Versos Latinos «Nota Explicativa Pelo Dr. Justino Mendes de Almeida» – Junta de Investigação de Ultramar – Lisboa – 1972. Desc. XI + 383 pág / 21 cm x 13,5 cm / Br. Obs: Impressão Fac-Similada do Exemplar Único Manuscrito Existente na Biblioteca Nacional de Lisboa
Carlos Eugénio Corrêa da Silva (Paço D’ Arcos) – Ensaio Sobre os Latinismos dos Lusíadas «Edição Comemorativa» – Imprensa Nacional-Casa da Moeda – Lisboa – 1972. Desc. 281 pág / 22,5 cm x 16,5 cm / E. Ilust.
Luis de Camões – Os Lusíadas de Luis de Camões «Introdução de Júlio Nogueira e Ilustrações de Carlos A. Ribeiro» – Livraria Freitas Bastos S. A. – Rio de Janeiro / São Paulo – 1960. Desc. 310 pág / 23 cm x 16 cm / Br. Ilust.
Luis de Camões – Os Lusíadas «Prefácio de Hernâni Cidade» – Imprensa Nacional – Lisboa – 1972. Desc. XIII + 186 pág / 22,5 cm x 17 cm / E. «Reprodução Facsimilada da 1.ª Edição de 1572»
A.Vicente Campinas – Homens e Cães – Alfaómega – Lisboa – 1979. Desc. 148 pág / 20,5 cm x 13,5 cm / Br. «1.ª Edição»
António Vicente Campinas (Vila Nova de Cacela, 1910 – Vila Real de Santo António, 1998) é um poeta e prosador português algarvio. Começou a editar poesia em 1938, com o livro «Aguarelas». Entre as suas obras poéticas conta-se o livro Raiz da Serenidade. Em 1952 publica o seu primeiro romance «Fronteiriços», dedicado aos contrabandistas. Publicou ainda livros de contos. Especialmente famoso é o seu poema “Cantar Alentejano”, em honra de Catarina Eufémia, musicado por José Afonso, no álbum “Cantigas de Maio” editado no Natal de 1971.
João da Silva (Sílvio) – Madeira Terra de Encanto – Edição de Autor – Tipografia«Comercio do Funchal» – Funchal – 1967. Desc. 137 pág / 22 cm x 16 cm / Br.« Autografado» 1.ª Edição
João da Silva (Sílvio) Nasceu no Funchal, em São Roque, a 21 de Dezembro de 1927. É filho de José da Silva e de Josefina de Jesus Freitas da Silva. Depois de concluir a instrução primária, entrou no Seminário Diocesano em 1939, vindo a concluir o curso da Sagrada Teologia a 25 de Junho de 1953. Desde os 19 anos esteve ligado à rádio e à imprensa. Na “Estação Rádio da Madeira” organizou dois programas culturais: “Miscelânea” e “Leitura da Semana”. Fez parte do grupo coral:”Orfeão Madeirense”. Trabalhou no Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Funchal. Desposou Gizela Dias da Silva. Residia na Rua Santa Maria,115. Ver cartão visita. Colaborou nos seguintes periódicos: O Jornal da Madeira; Diário de Notícias; Eco do Funchal; Re-nhau-nhau; A mocidade, Comércio do Funchal. Assinava os seus textos como Sílvio, David, Procópio, J. Avlis e também J. Silva. Faleceu a 28 Julho de 2002.
Viale Moutinho «Coordenação» – Contos Populares de Angola ( Folclore Quimbundo ) Ilustrações de Fernando de Oliveira – Editor Nova Crítica – Porto – 1964. Desc. 132 pág / 21 cm x 14,5 cm / E. Ilust.
Obs: Os textos incluídos neste volume foram seleccionados de uma colecção de histórias do folclore Quimbundo publicada por Héli Cha-telain em 1894, nos Estados Unidos, sob o título de «Folk-Tales Of Angola». Em 1964, três anos após o início da rebelião armada danação angolana, a ex-Agência Geral do Ultramar decidiu-se a editar uma tradução portuguesa, aproveitando a ocasião para adornar os «Contos populares de Angola» com certo aparato colonialista, à mistura daquilo que na altura se chamava empertigada e falsamente de “lições de portuguesismo».«FOLK-TALES OF ANGOLA», collected and edited by HéliChatelain. Boston and New York. 1894. «CONTOS POPULARES DE ANGOLA», de Héli Chatelain. Edição portuguesa dirigida e orientada pelo Dr. Fernando de Castro Pires de Lima. Palavras prévias do Prof. Dr. A. A. Mendes Corrêa. Prólogo do Dr. Fernando de Castro Pires de Lima. Tradução do inglês pelo ten.-cor. M. Garcia da Silva. Lisboa. 1964.) Para maior facilidade de leitura, os textos incluídos na edição presente beneficiaram de adaptações que não perturbam a fidelidade das narrações
Jorge Tavares – Circo! – Editora Nova Critica – Porto – 1978. Desc. 145 pág / 21 cm x 14 cm / E. Ilust.
Circo (do latim circus, “circunferência”) é comummente uma companhia em colectivo que reúne artistas de diferentes especialidade como malabarismo, palhaço, acrobacia, monociclo, contorcionismo, equilibrismo, ilusionismo, entre outros. A palavra também descreve o tipo de apresentação feita por esses artistas, normalmente uma série de actos coreografados à músicas. Um circo é organizado em uma arena – picadeiro circular, com assentos em seu entorno, enquanto circos itinerantes costumam se apresentar sob uma grande tenda ou lona. Dos chineses aos gregos, dos egípcios aos indianos, quase todas as civilizações antigas já praticavam algum tipo de arte circense há pelo menos mil anos, todavia, o circo como se conhece hoje só começou a tomar forma durante o Império Romano. O primeiro a se tornar famoso foi o Circus Maximus, que teria sido inaugurado no século VI A.C., com capacidade para 150 mil pessoas. A atracão principal eram as corridas de carruagens, mas, com o tempo, foram acrescentadas as lutas de gladiadores, as apresentações de animais selvagens e de pessoas com habilidades incomuns, como engolidores de fogo. Destruído por um grande incêndio, esse anfiteatro foi substituído, em 40 A.C., pelo Coliseu, cujas ruínas até hoje compõem o cartão postal número um de Roma. A Roma por sua vez, tem papel muito importante na história do circo. Com o fim do império dos Césares e o início da era medieval, artistas populares passaram a improvisar suas apresentações em praças públicas, feiras e entradas de igrejas. “Nasciam assim as famílias de saltimbancos, que viajavam de cidade em cidade para apresentar seus números cómicos, de pirofagia, malabarismo, dança e teatro”. Tudo isso, porém, não passa de uma pré-história das artes circenses, porque foi só na Inglaterra do século XVIII que surgiu o circo moderno, com seu picadeiro circular e a reunião das atracções que compõem o espectáculo ainda hoje. Cavaleiro de 1 001 habilidades, o ex-militar inglês Philip Astley inaugurou, em 1768, em Londres, o Royal Amphitheatre of Arts (Anfiteatro Real das Artes), para exibições equestres. Para quebrar a seriedade das apresentações, alternou números com palhaços e todo tipo de acrobata e malabarista. O sucesso foi tamanho que, cinquenta anos depois, o circo inglês era imitado não só no resto do continente europeu, mas atravessara o Atlântico e se espalhara pelos quatro cantos da Terra. A história do circo no Brasil começa no século XIX, com famílias e companhias vindas da Europa, onde se agruparam em guetos e manifestavam sentimentos diversos através de interpretações teatrais onde não demonstravam apenas interesses individuais e sim despertavam consciência mútua. No Brasil, mesmo antes do Cirque Du Soleil, já havia os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades incluíam-se a domadores de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos.Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espectáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa. O novo circo é um movimento recente que adiciona às técnicas de circo tradicionais a influência de outras linguagens artísticas como a dança e o teatro, levando em conta que a música sempre fez parte da tradição circense. No Brasil existem atualmente vários grupos pesquisando e utilizando esta nova linguagem. Há uma grande controvérsia sobre o uso de animais em circos, há duas correntes de pensamento, com prós e contras o uso de animais em shows. Segundo a corrente de pessoas que são contra o uso de animais em circo, seu uso tem sido graduadamente abandonado, uma vez que tais animais por vezes sofriam maus-tratos (tais como dentes precária-mente serrados, jaulas minúsculas, estresse etc.) e, além disso, eram frequentemente abandonados, já que a manutenção de grandes animais, como tigres e elefantes demanda muito dinheiro.1 Há ainda inúmeros casos em que acidentes, principalmente envolvendo animais selvagens, nos quais pessoas saem feridas ou até mesmo mortas, como o caso de uma garota chinesa, atacada por um tigre. Por outro lado existem inúmeros circos brasileiros que possuem infraestrutura e recursos para manterem seus animais, com auxilio de biólogos e veterinários contratados para garantir o bem estar dos animais. A maioria deles com documentação do Ibama. Existem raros casos de acidentes envolvendo animais selvagens, nos quais pessoas saem feridas ou até mesmo mortas. Actualmente é proibido o uso de animais em algumas cidades, mas na maioria dos municípios brasileiros ainda é permitida sua exibição, tendo em vista que não há uma legislação federal que regule a matéria. Alguns empresários circenses, artistas, produtores culturais e estudiosos lutam para que seja aprovada uma legislação federal que regulamente o uso de animais em circos.