History Of The American Civil War

History Of The American Civil War
History Of The American Civil War «€90.00»

Bruce Catton – History  Of  The  American Civil War “Terrible Swift” (Vol. 1) – “Never Call Retreat”(Vol. 2) – “The Coming Fury” (Vol. 3) – Victor Gollancz, Ltd – London – 1966. Desc. 559 + 564 + 555 pág / 24 cm x 15,5 cm / Br. Ilust.

Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra de Secessão ou Guerra Civil dos Estados Unidos (ver os nomes atribuídos ao evento), foi uma guerra civil travada entre 1861 e 1865 nos Estados Unidos depois de vários estados escravistas do sul declararem sua secessão e formarem os Estados Confederados da América (conhecidos como “Confederação” ou “Sul”). Os estados que não se rebelaram ficaram conhecidos como “União” ou simplesmente “Norte”. A guerra teve sua origem na controversa questão da escravidão, especialmente nos territórios ocidentais. As potências estrangeiras não intervieram na época. Após quatro anos de sangrentos combates que deixaram mais de 600 mil soldados mortos e destruíram grande parte da infraestrutura do sul do país, a Confederação entrou em colapso, a escravidão foi abolida, um complexo processo de reconstrução começou, a unidade nacional retornou e a garantia de direitos civis aos escravos libertos começou. Na eleição presidencial de 1860, os republicanos, liderados por Abraham Lincoln, se opuseram à expansão da escravidão em territórios sob a jurisdição dos Estados Unidos. Lincoln venceu, mas antes de sua posse em 4 de março de 1861, sete estados escravistas com economias baseadas na produção de algodão formaram a Confederação. O então presidente democrata, James Buchanan, e os republicanos rejeitaram a secessão do sul como ilegal. Em seu discurso de posse, Lincoln declarou que sua administração não iria iniciar uma guerra civil. Os oito estados escravistas restantes continuaram a rejeitar os pedidos de secessão. As forças confederadas tomaram vários fortes federais no território reivindicado pela Confederação. Uma conferência de paz em 1861 não alcançou qualquer resultado e ambos os lados prepararam-se para a guerra. Os confederados assumiram que os países europeus eram tão dependentes do comércio de algodão que iriam acabar por intervir no conflito; no entanto, nenhum país interveio ou reconheceu a existência dos novos Estados Confederados da América. As hostilidades começaram em 12 de abril de 1861, quando as forças confederadas tomaram Fort Sumter, um forte chave mantido por tropas da União na Carolina do Sul. Lincoln conclamou cada estado a fornecer tropas para retomar o forte e, consequentemente, mais quatro estados escravistas aderiram à Confederação, elevando o total de membros para onze. A União, no entanto, logo controlou os estados fronteiriços e estabeleceu um bloqueio naval que aleijou a economia sulista. A frente leste estava inconclusivo entre 1861 e 1862. No outono de 1862 campanha confederada em Maryland (um estado da União) terminou com o recuo confederado na Batalha de Antietam, dissuadindo uma intervenção britânica. Lincoln emitiu a Proclamação de Emancipação, que tornou o fim da escravidão um objetivo de guerra. No oeste, no verão de 1862, a União destruiu a marinha confederada, então muito de seus exércitos ocidentais cercaram Vicksburg e dividiram a Confederação em dois a partir do rio Mississippi. Em 1863, a incursão confederada ao norte, liderada por Robert E. Lee, terminou na Batalha de Gettysburg. O sucessos front ocidental levou Ulysses S. Grant ao comando de todos os exércitos da União em 1864. No front ocidental, as tropas da União lideradas por William T. Sherman seguiram a leste para capturar a cidade de Atlanta e marcharam para o mar, destruindo a infraestrutura da Confederação ao longo do caminho. A União usou muitos recursos materiais e humanos para atacar a Confederação em todas as direções e pôde se dar ao luxo de promover uma guerra de exaustão na cidade de Richmond, a então capital confederada. O exército confederado falhou em sua defesa, levando à rendição de Lee à Grant durante a Batalha de Appomattox Court House, em 9 de Abril de 1865. Todos os generais confederados renderam-se nesse verão. A Guerra Civil Americana foi uma das primeiras verdadeiras guerras industriais. Estradas de ferro, o telégrafo, navios a vapor e armas produzidas em massa foram utilizados extensivamente. A mobilização de fábricas, minas, estaleiros, bancos, transportes e alimentos civis prenunciavam a Primeira Guerra Mundial. O conflito foi a guerra mais mortal na história dos Estados Unidos, resultando na morte de cerca de 750 mil soldados e um número indeterminado de vítimas civis. O historiador John Huddleston estima o número de mortos em dez por cento de todos os homens do norte com idades entre os 20 e 45 anos e 30 por cento de todos os homens brancos do sul com idades entre 18 e 40 anos. A origem da divisão dos Estados Unidos em “Norte” e “Sul” data dos tempos coloniais, quando a área que atualmente constitui os Estados Unidos ainda era colónia de três países – Espanha, França e Reino Unido. Primariamente, tais diferenças começaram devido a diferenças geográficas na região das Treze Colônias britânicas. No sul, os primeiros ocupantes da região encontraram um clima quente e um solo fértil, ideal para o cultivo de tabaco. Grandes plantações de tabaco foram cultivadas, e mão-de-obra escrava foi trazida em grande quantidade do continente africano. Posteriormente, algodão e cana-de-açúcar passaram a ser cultivados também nestes Estados. Rapidamente, a agricultura sob o sistema de Plantation e um estilo de vida primariamente rural passou a dominar os estados do Sul. Enquanto isto, o clima frio e o solo rochoso dos Estados do Norte mostraram-se pouco adequados à prática da agricultura. Isto forçou os colonos desta região a procurarem outras fontes de renda como o comércio e a manufatura, favorecendo assim a criação de grandes cidades comerciais como Boston, Filadélfia e Nova Iorque – e, apesar de, no ano do início da Revolução Americana de 1776, a maioria da população do Norte ainda vivia em áreas rurais, a economia destes Estados já era baseada primariamente no comércio e na manufatura. Após a independência dos Estados Unidos, e até a década de 1850, as diferenças entre o Norte, cada vez mais industrializado, e o Sul agropecuário aumentavam gradativamente. Na década de 1850, os Estados Unidos já haviam se expandido até seus atuais limites territoriais na América do Norte. Posteriormente, adquiriria o Alasca, da Rússia, Havaí e outros territórios ultramarinos. Então, os Estados Unidos já estavam em uma fase de rápida industrialização. Porém, o rápido crescimento económico do país esteve concentrado primariamente nos Estados do Norte. American Civil War Montage.jpgEste crescimento causou o rápido crescimento populacional das cidades da região, gerando grandes avanços na área de transportes e comunicações. Apesar do Sul também ter passado por este processo, o progresso ocorreu muito mais lentamente do que no Norte. A crença de que a população do Norte era mais receptiva à tecnologia e modernização do que a população do Sul é equívoca. A procura de novas tecnologias de produção era característica tanto da manufactura nortista quanto da agropecuária sulista; foi no Sul que surgiram as primeiras universidades agrícolas do mundo, com o objectivo principal de procurar inovações que melhorassem a eficiência do campo; isto possibilitou que no século XIX os produtores de algodão conseguissem maiores margens de lucros apesar da decadência do preço deste produto no mercado mundial. Pode-se considerar como uma diferença marcante entre Norte e Sul a distribuição da renda, pois no Norte ela era mais equitativa, mais bem distribuída, enquanto que no Sul havia uma concentração de renda nas mãos dos latifundiários e uma grande parcela da população desprovida de renda formal – os escravos. As elites intelectuais das duas regiões eram muito diferentes entre si; porém, ambas eram defensoras do liberalismo, mas com significados diferentes. No Norte o liberalismo era visto como a defesa do “solo livre”, do “trabalho livre”, do “homem livre”. Já no Sul, o liberalismo significava a defesa da propriedade privada (escravo era tido como propriedade privada) e do livre comércio em oposição ao proteccionismo nortista. Os desentendimentos entre sulistas e nortistas remontam à Revolução Americana de 1776-1783, pois o Sul, no início da democracia americana, era menos favorecido economicamente; basicamente era uma população mais pobre, mais miscigenada e rústica, portanto, mais sensível aos preceitos do “ter” e do “ser”. A cultura nortista era menos tradicionalista, menos aristocrática, muito trabalhadora e ambiciosa. Esta cultura foi o principal factor do desenvolvimento económico espectacular do Norte desde a independência dos Estados Unidos até à década de 1850.