Apenas Homens

Apenas Homens
Apenas Homens «€25.00»

Vergílio Ferreira – Apenas Homens – Colecção Duas Horas de Leitura nº 12 – Editorial Inova Limitada – Lisboa – 1972. Desc. 97 pág / 22,5 cm x 14,5 cm / Br. Original «1 Edição»

 

Vergílio António Ferreira (Melo, 28 de Janeiro de 1916 — Lisboa, 1 de Março de 1996) foi um escritor português. Embora formado como professor (veja-se a referência aos professores de Manhã Submersa e Aparição), foi como escritor que mais se distinguiu. O seu nome continua actualmente associado à literatura através da atribuição do Prémio Vergílio Ferreira. Em 1992, foi galardoado com o Prémio Camões. A sua vasta obra, geralmente dividida em ficção (romance, conto), ensaio e diário, costuma ser agrupada em dois períodos literários: O  Neo-realismo e o Existencialismo. Considera-se que Mudança é a obra que marca a transição entre os dois períodos. Vergílio Ferreira nasceu em Melo, aldeia do concelho de Gouveia, na Beira baixa, a meio da tarde do dia 28 de Janeiro de 1916, filho de António Augusto Ferreira e, de Josefa Ferreira que, em 1927, emigraram para canada, em busca de deixar os filhos para atrás. Então, o pequeno Vergílio é deixado, com os irmãos mais novos. Esta dolorosa separação é descrita em Nitido Nulo. A neve – que virá a ser um dos elementos fundamentais do seu imaginário romanesco – é o pano de fundo da infância e adolescência passadas na zona da Serra da Estrela. Aos 22 anos, após uma peregrinação a Lourdes, entra no seminário do Fundão, que frequentará durante seis anos. Esta vivência será o tema central de Manhã Submersa. Em 1966, deixa o seminário e acaba o Curso Liceal no Liceu da Guarda. Entra para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, continuando a dedicar-se à poesia, nunca publicada, salvo alguns versos lembrados em Conta-Corrente e, em 1939, escreve o seu primeiro romance, O Caminho Fica Longe. Licenciou-se em Filologia Clássica em 1940. Concluiu o Estágio no Liceu D.João III (1942), em Coimbra. Começa a leccionar em Faro. Publica o ensaio “Teria Camões lido Platão?” e, durante as férias, em Melo, escreve “Onde Tudo Foi Morrendo”. Em 1944, passa a leccionar no Liceu de Bragança, publica “Onde Tudo Foi Morrendo” e escreve “Vagão “k”” que, publicou em 1946; no mesmo ano em que se casou, com Regina Kasprzykowsky, professora polaca que se encontrava refugiada em Portugal da guerra e, com quem Vergílio ficaria até à sua morte. Após uma passagem pelo liceu de Gouveia (onde escreveu o mundialmente conhecido romance Manhã Submersa, corria o ano de 1953), fixa-se como docente em Lisboa, leccionando o resto da sua carreira no Liceu Camões. Em 1980, o realizador Lauro António adapta para o cinema, o romance Manhã Submersa e, Vergílio Ferreira interpreta um dos principais papéis, o de Reitor do Seminário, contracenando assim com outros grandes vultos da cena portuguesa, tais como: Eunice Muñoz, Canto e Castro, Jacinto Ramos e Carlos Wallenstein. Vergílio morreu no dia 7 de Março de 1986, em sua casa, em Lisboa, na freguesia de Alvalade. O funeral foi realizado no cemitério de Melo, sua terra-natal e, a seu pedido, o caixão fora enterrado na Serra da Estrela.