• Cancioneiro Geral de Garcia de Resende-3

    Cancioneiro Geral de Garcia de Resende
    Cancioneiro Geral de Garcia de Resende «€75.00»

    Garcia de Resende – Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (Tomo I – II – III – IV & V) «Introdução e Nota de Andrée Crabbé Rocha» – Centro do Livro Brasileiro – Lisboa – 1973. Desc. XVII + 368 + 452 + 454 + 426 + 408 pág / 21,5 cm x 15,5 cm / Br. Ilust (Completa)


  • Peregrinação de Fernão Mendes Pinto

    Peregrinação
    Peregrinação «€25.00»

    Fernão Mendes Pinto – Peregrinação – «(Versão) de M. Alberto Menéres (Comentários) de Almeida Faria, Armando Castro, Armando M. Janeira, Eduardo Lourenço, Eduardo P. Coelho e Vitor Silva Tavares – Vol. º 1 & 2 – Edições Afrodite – Lisboa – 1971. Desc. XV + 952 + CXXXIII+1 Mapa/ 19 cm x 13,5 cm / Br. Ilust.


  • Indicadores de Civilização

    Indicadores de Civilização
    Indicadores de Civilização «€20.00»

    Manuel Antunes – Indicadores de Civilização – Editorial Verbo – Lisboa – 1972. Desc. XXIII + 295 pág / 20 cm x 15 cm / Br.

     

     

    Manuel Antunes  (Sertã, em 3 de Novembro de 1918 — Lisboa em 18 de Janeiro de 1985) foi um professor universitário e ensaísta português. Destacou-se pela sua erudição e capacidade de comunicação e pedagogia.Filho de uma família deveras humilde. Aos 14 anos, deu entrada num Seminário Menor da Companhia de Jesus, em Guimarães. Com 18 anos tornou-se jesuíta; mais tarde doutora-se em Filosofia e Teologia, com a tese “Panorama da Filosofia Existencial de Kierkegaard a Heidegger”, na Faculdade de Teologia de Granada, em Espanha. Em 1949, com 31 anos, torna-se sacerdote e professor de História da Literatura Grega e de História da Literatura Latina na Sociedade de Jesus. Em 1957, a convite de Vitorino Nemésio, torna-se professor da Faculdade de Letras daUniversidade de Lisboa, onde leccionou várias disciplinas do curso de Filologia Clássica, com realce para a História da Cultura Clássica, onde se manteve até1983. Em 1981 foi-lhe conferido, pela Faculdade de Letras de Lisboa, o grau de doutor honoris causa. Os seus primeiros escritos são publicados na revista Brotéria -Revista de Cristianismo e Cultura, de cuja redacção passa a fazer parte em 1955, e cuja direcção assumirá mais tarde, durante cerca de 20 anos. A sua obra escrita abrange temas literários, filosóficos e culturais, muito deles publicados com 124 pseudónimos. Colaborou igualmente na Revista Portuguesa de Filosofia e na Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura. Era um grande amigo de António Sérgio, Vitorino Nemésio, José Régio, de Jorge de Sena e Almada Negreiros. Dele, terá Almada Negreiros dito um dia: “Este homem é só espírito”. Foi um mestre excepcional que marcou para a vida toda milhares de estudantes que, ao longo de mais de um quarto de século, passaram pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa desde 1957. A sua memória continuou viva a iluminar o caminho de muitos. O professor, cuja competência, sentido humanista e abertura à actualidade atraíram o interesse e admiração dos alunos, também estendeu a mais vastos públicos o seu magistério, graças aos inúmeros artigos que foi publicando.Mais tarde, foi conselheiro do presidente da República, Ramalho Eanes. Foi condecorado como grande-oficial da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, em 3 de Agosto de 1983. Manuel Antunes está imortalizado numa estátua na Sertã, da autoria de Vasco Berardo, inaugurada em 24 de Junho de 2005.


  • O Descobrimento do Brasil Por Pedro Álvares Cabral «Antecedentes e Intencionalidade»

    O Descobrimento do Brasil Por Pedro Álvares Cabral «Antecedentes e Intencionalidade» «€15.00»
    O Descobrimento do Brasil Por Pedro Álvares Cabral «Antecedentes e Intencionalidade» «€15.00»

    Damião Peres – O Descobrimento do Brasil Por Pedro Álvares Cabral – «Antecedentes e Intencionalidade» – Portucalense Editora / Livros de Portugal, Ldª – Porto / Rio de Janeiro – 1949. Desc. 146 pág / 20 cm x 13 cm / E.


  • Cancioneiro Geral de Garcia de Resende-2

    Cancioneiro Geral de Garcia de Resende
    Cancioneiro Geral de Garcia de Resende «€90.00»

    Garcia de Resende – Cancioneiro Geral de Garcia de Resende – «Texto Estabelecido, Prefácio e Anotado por Álvaro J. da Costa Pimpão e Aida Fernanda Dias – Edição – Centro de Estudos Romanticismos (Instituto de Alta Cultura)» – Coimbra – 1973. Desc. 435 + VIII + 429 pág / 30 cm x 22 cm / Br.

    Garcia de Resende (Évora, 1470 – Évora, 3 de Fevereiro de 1536) foi um poeta, cronista, músico, desenhista e arquitecto português. Sabe-se que em 1490 era moço de câmara de D. João II (1481-1495) e, no ano seguinte, seu moço de escrevaninha ou secretário particular, cargo que exercia ainda em Alvor, onde o soberano veio a falecer. Coube-lhe ser designado secretário-tesoureiro da faustosa embaixada liderada por Tristão da Cunha, enviada porD. Manuel I (1495-1521) ao Papa Leão X. Os últimos anos de vida passou-os em Évora, onde era proprietário. Como muitos homens do Renascimento, Garcia de Resende tinha muitas facetas: trovava, tangia, desenhava e julga-se que era entendido em arquitectura militar. Alguns historiadores consideram-no o iniciador do ciclo dos Castros, pois as suas trovas referentes à morte de Inês de Castro são o mais antigo documento poético conhecido versando sobre o assunto. Escreveu a Miscelânea em redondilhas, curiosa anotação de personagens e de acontecimentos, nacionais e europeus. Nessa obra atribui em versos a Gil Vicente a inovação da comédia de costumes em Portugal, quando o teatro da época se limitava a ser um misto de teatro litúrgico e teatro pastoril, conforme afirma Clovis Monteiro que transcreveu o seguinte trecho da citada obra e no qual é também citado Juan del Encina. Mas o que tornou Resende conhecido foi o Cancioneiro Geral, publicado em 1516, que reuniu as composições poéticas produzidas nas cortes de D. Afonso V(1438-81), D. João II e D. Manuel I, tendo-lhe redigido um prólogo dedicado ao príncipe D. João e composto as quarenta e oito trovas com que encerra a obra.


  • Esquemas de Lições Sobre «Os Lusíadas»

    Esquemas de Lições Sobre «Os Lusíadas»
    Esquemas de Lições Sobre «Os Lusíadas» «€12.50»

    Hennio Morgan Birchal (Prof. do Colégio Militar e do colégio Estadual «Governador Milton Campos» em Belo Horizontes, Minas Gerais, Brasil – Esquemas de Lições Sobre «Os Lusíadas» – Comissão Executiva do IV Centenário da publicação de «Os Lusíadas» – Lisboa – 1972. Desc. 48 pág / 23,5 cm x 13,5 cm / Br.


  • Conheça Karl Marx

    Conheça Karl Marx
    Conheça Karl Marx «€12.50»

    Eduardo Del Rius – Conheça Karl Marx«….Mas o que Importa e Transformar o Mundo!» (Versão de António Melo Sobre Tradução de Maria Martinez e Adaptação Gráfica de Alberto Bemfeita) – Editorial Comunicação – Lisboa – 1976. Desc. 139 pág / 21 cm x 14,5 cm / Br.« Muito Ilust.»

    Eduardo del Ríus (nascido em 20 de Junho de 1934, e mais conhecido por seu pseudónimo Rius ) é um mexicano intelectual , caricaturista político e escritor nascido em Zamora , Michoacán . Um dos cartunistas mais populares mexicanos, Rius escreveu mais de cem livros que permanecem muito popular, especialmente entre os seus leitores mexicanos. Rius é uma feroz activista político , e sua progressiva e de esquerda ponto de vista é muitas vezes presente em seus escritos, acompanhada por uma forte crítica sobre neoliberais doutrinas mexicanos, do governo dos EUA de políticas, bem como a Igreja Católica . Anteriormente ele foi um defensor aberto da revolução cubana como em Cuba para iniciantes e um forte bloco soviético simpatizante até o fim da Guerra Fria. Com a publicação do que é uma pena, Cuba , em 1994, ele modificou sua postura ideológica oferecendo uma forte crítica contra a corrupção, burocratização, e da repressão do regime de Castro. Na década de 1960 ele começou cartum em revistas e jornais, por vezes, sobre temas políticos. Ele fez dois quadradinhos famosos, Los Supermachos e Los agachados , que eram uma crítica bem-humorado do governo mexicano. Depois de seus sucessos com estes, ele fez muitos livros, todos ilustrados e escritos à mão por ele e cobrindo uma gama de temas sobre política , vegetarianismo e religião . Seus livros tornaram-se populares principalmente por causa de seu humor, que tenta chegar ao leitor em geral, bem como pela sua simplicidade e agudeza intelectual. Eles dão uma visão geral do seu tema, sem se tornar difícil. Em 1970, a primeira edição do livro de Inglês Rius Principiantes Cuba Pará , uma apresentação em quadradinhos humorístico da história e da revolução cubana, foi publicado nos Estados Unidos quanto Cuba para Iniciantes . O livro não fazia particularmente grande impacto, mas o de 1976 Inglês publicação linguagem de Marx para Iniciantes , uma tradução de seus Principiantes Pará Marx (1972), uma história em quadradinhos representação da vida e as ideias de Karl Marx , tornou-se um best seller internacional e expulso o Para Iniciantes série de livros de escritores ‘& Leitores’ e posteriores Ícone Books. Na década de 1990, ele participou de duas revistas de humor político: El Chahuistle e El Chamuco (em homenagem a uma praga de insectos e do diabo, respectivamente, por serem duros com os políticos e líderes religiosos). Seu sucesso e longa carreira fizeram dele um ponto de referência para as novas gerações de cartunista políticos no México. Director mexicano Alfonso Arau fez Calzonzin Inspector , um filme baseado em personagens que aparecem em Los Supermachos em 1973.


  • Lusíadas de Luis de Camões Comentadas Por Manuel de Faria e Sousa

    Lusíadas de Luis de Camões Comentadas Por Manuel de Faria e Sousa
    Lusíadas de Luis de Camões Comentadas Por Manuel de Faria e Sousa «€125.00»

    Luís de Camões – Lusíadas de Luis de Camões Comentadas Por Manuel de Faria e Sousa (Introdução de Jorge Sena) – Imprensa Nacional-Casa da Moeda – Lisboa – 1972. Desc. [56] + 551 + 651 + 527 + 670 + 139 pág / 30,5 cm x 22 cm / Br.

    Manuel de Faria e Sousa (Pombeiro, 18 de Março de 1590 — Madrid, 3 de Junho de 1649) foi um fidalgo, humanista,escritor, poeta, critico, historiador, filólogo e moralista português. As suas obras foram quase todas escritas em língua castelhana, pátria que adoptou. Foi Comendador da Ordem de Cristo. Nascido na Quinta da Caravela numa família ilustre da velha aristocracia portuguesa, conforme as notas do Nobiliário do Conde D. Pedro, “os Farias teriam tido origem num Fernandes Pires de Faria, alcaide-mor de Miranda, em tempos de D. Afonso III, ou, mais seguramente, num seu filho, Nuno Gonçalves de Faria. A este veio a suceder na sua casa um filho segundo, Álvares Gonçalves de Faria, que casado com uma Maria de Sousa, foi pai de João Álvares de Faria, combatente de Aljubarrota, a quem de facto Fernão Lopes menciona. Casado este, teve pelo menos dois filhos, Álvaro de Faria(comendador de Avis) e Afonso Anes de Faria.” Este foi antepassado de Estácio de Faria, o qual “serviu nas armadas com o governador da Índia Diogo Lopes de Sequeira, teve ofício na fazenda do Brasil, foi douto em letras, ”gastou mais que juntou”, e teve vários filhos. De sua mulher Francisca Ribeira, dos Senhores do Couto do Pombeiro (Pombeiros de Ribavizela) teve Dona Luísa de Faria, sua mãe, casada com seu Pai, Amador Pires de Eiró, Senhor da Quinta da Caravela ”e mestre de seus filhos”, de Manuel de Faria e Sousa” Estudou nos seminários de Braga para seguir a carreira eclesiástica, mas acabou por recusar esse caminho, casando com D. Catarina Machado, “filha de Pedro Machado, contador da Chancelaria do Porto, e de Catarina Lopes de Herrera, que o genro declara sepultada na Sé daquela cidade, e teve entre outros filhos a Pedro de Faria e Sousa, capitão da infantaria espanhola,na Flandres, que em Madrid casou com Dona Luísa de Nárvaez”, da primeira nobreza espanhola, dos Condes de Rojas. Este seu filho após a morte do pai em Madrid, logo veio para Portugal onde “foi muito bem recebido por D. João IV, e viria a ser o preparador, para publicação, de grande parte da enorme massa de inéditos do eminente polígrafo. D. Manuel de Faria e Sousa, aos catorze anos entrou ao serviço dum amigo do seu pai, D. Gonçalo de Morais, Bispo do Porto, frequentando a escola episcopal, onde aprendeu História, Artes, Literatura, etc. Aí escreveu poesias que foram admiradas, e entrou em relação com altas figuras da época. Em 1618 morre seu padrinho, tem ele 27 anos, e tem que regressar a Pombeiro, para gerir a sua Casa, com sua mulher e dois filhos. Mas apenas um ano mais tarde encontra novo protector, e parte para Madrid com a função de secretário particular do conde de Muge, Pedro Álvares Pereira, secretário de estado de Filipe II de Portugal. Aprende rapidamente o castelhano, e passado três anos, publica poesia nesta última língua, que vem a ser sua língua de predileção. À morte do seu novo padrinho, D. Manuel já gozava de grande notoriedade. Veio a sêr então Secretário de Estado do Reino de Portugal, cargo que desempenhou em Lisboa, e depois Secretário da Embaixada de Portugal em Roma. Teve vasta descendência, (famílias Botelhos de Morais Sarmento – Conde de Armamar e Guarda-Mores do Sal de Setúbal, Vasconcelos e Sá, Cabrais – de Évora -, Condes da Ervideira, Picão Caldeira, etc.) estando a sua representação genealógica e chefia na família Botelho de Moraes Sarmento. Os seus restos mortais foram transladados para o Mosteiro de Pombeiro em 1660, onde repousam, sob uma laje, à direita do altar-mor.


  • Catálogo da Exposição Bibliográfica Iconográfica e Medalhística de Camões – “Os Lusíadas 1572/1972”-15721972

    Catálogo da Exposição Bibliográfica Iconográfica e Medalhistica de Camões
    Catálogo da Exposição Bibliográfica Iconográfica e Medalhistica de Camões «€40.00»

    Manuel Lopes de Almeida (Prefácio) & José V. de Pina Martins (Introdução, selecção e Notas Bibliográficas) – Catálogo da Exposição Bibliográfica Iconográfica e Medalhística de Camões “Os Lusíadas 1572/1972” – Imprensa nacional Casa da Moeda Lisboa – 1972. Desc. XXXIV + 565 pág / 30 cm x 21,5 cm / Br.


  • Colecção Camoniana de José do Canto

    Colecção Camoniana de José do Canto
    Colecção Camoniana de José do Canto «€60.00»

    Hernâni Cidade (Prefácio) – Colecção Camoniana de José do Canto – Comissão Nacional do IV Centenário da Publicação de os Lusíadas / Edição Comemorativa de 1572/1972 – Imprensa Nacional Casa da Moeda – Lisboa – 1972. Desc. 357 pág / 31 cm x 22 cm / E. Ilust.

    José do Canto (Ponta Delgada, 20 de Dezembro de 1820 — Ponta Delgada, 10 de Julho de 1898) foi um grande proprietário e intelectual açoriano, que se distinguiu como bibliófilo e como promotor da introdução de novas culturas e tecnologias agrícolas nos Açores. Era um amante da jardinagem e um botânico amador de nomeada, a ele se devendo a plantação do Jardim José do Canto, em Ponta Delgada, um parque de excepcional beleza e diversidade florística. Foi um apaixonado pela obra de Luís de Camões, reunindo uma colecção camoniana que inclui obras de grande raridade. José do Canto foi filho do rico morgado e político José Caetano Dias do Canto e Medeiros e de sua mulher Margarida Isabel Botelho, ambos ligados às mais importantes e ricas famílias das ilhas de São Miguel e Faial. Foi irmão do também bibliófilo Ernesto do Canto. O pai tinha uma cultura invulgar para o tempo, tendo decidido educar esmerada mente os filhos. José do Canto iniciou os seus estudos aos 5 anos de idade, tendo tido um conjunto de preceptores que lhe permitiram ultrapassar a inexistência de ensino público de qualidade na ilha. Demonstrando grande inteligência e aplicação, aprendeu precocemente o latim, completando os seus estudos com apenas 9 anos de idade e sendo capaz, aos 10 anos de ler as obras de Catão na língua original. O pai enviou-o para Paris em 1838, onde frequentou o Colégio de Fontenay-aux-Roses, então dirigido pelo egresso miguelista frei José da Sacra Família. Não se adaptou, regressando pouco depois aos Açores. Em 1840 matricula-se na Universidade de Coimbra como aluno da Faculdade de Matemática. Iniciado o curso, interrompe os estudos para regressar a Ponta Delgada onde a família lhe tinha arranjado casamento com a rica herdeira de vínculos nas ilhas de São Miguel e Faial D. Maria Guilhermina Taveira Brum da Silveira, que então tinha 15 anos de idade. Casa com apenas 22 anos de idade e dedica-se de imediato à administração das grandes propriedades pertencentes à esposa. Com grande determinação e uma visão iluminista da sociedade, decide-se introduzir grandes mudanças na forma como a propriedade era gerida e nas técnicas agrárias utilizadas. Contrata técnicos no estrangeiro, assina as revistas internacionais de agricultura e inicia um percurso de tentativa de reforma da agricultura micaelense. Para mobilizar esforços em torno do seu projecto, promove a fundação da Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense, ensaiando sob a sua égide novas culturas e plantas. Contribui para a publicação do periódico Agricultor Micaelense, órgão da Sociedade Promotora, provavelmente a primeira publicação agrícola lusófona. Entre as culturas que ensaiou estão o ananás,1 o chá. Nas suas propriedades dos arredores de Ponta Delgada e das Furnas ensaia a aclimatação de múltiplas plantas, entre as quais a camélia e a criptoméria, hoje muito expandidas no arquipélago. Nunca se interessou pela política. Quando o convidaram para ser deputado, recusou, publicando um manifesto com as razões do seu acto. Contudo teve um papel decisivo na obtenção junto do governo português do diploma que autorizou a construção da doca de Ponta Delgada. Ainda assim aceitou presidir à Junta Geral do Distrito de Ponta Delgada no ano de 1878. José do Canto teve uma acção benemerente assinalável, financiando diversas instituições de solidariedade social, entre as quais um asilo na Ribeira Grande. Interessado pela jardinagem e pela botânica, José do Canto concebeu a construção de um grande jardim, ao estilo inglês, a instalar numa leira de terras pertencente à sua esposa sita, então, nos arredores norte de Ponta Delgada, nas imediações da antiga ermida de Santana. O jardim, hoje conhecido por Jardim José do Canto, construído a partir de 1845 com projecto do arquitecto londrino David Mocatta, tem marcada influência inglesa do período vitoriano, com grande variedade botânica e notável beleza paisagística. Com cerca de 6 hectares e mais de 6 000 espécies de árvores e arbustos, o Jardim José do Canto é o exemplar mais representativo dos jardins botânicos criados por diversas famílias açorianas a partir do final do século XVIII. Contíguo ao jardim do Palácio de Santana, residência oficial do presidente do Governo dos Açores, o jardim contém no seu interior e periferia diversas construções de interesse, nomeadamente o monumento a José do Canto, o solar (século XVIII), uma antiga estufa de traça vitoriana adaptada a pavilhão, e a ermida de Santana (século XVII). O conjunto do jardim, palácio e estufa foi classificado como Imóvel de Interesse Público,4 funcionado actualmente como uma unidade de turismo de habitação. Também se deve a José do Canto a construção, nas margens da Lagoa das Furnas, da Capela de Nossa Senhora das Vitórias um belíssimo edifício neo-gótico classificado como Imóvel de Interesse Público.5 Nas proximidades existe outro parque botânico, também construído por José do Canto como local de aclimatação para as plantas que importava. José do Canto foi também um apaixonado bibliófilo e camonista coleccionando uma biblioteca pessoal com cerca de 18 mil títulos, editados do século XV ao século XIX, que, entre outras preciosidades, incluía um exemplar da primeira edição de Os Lusíadas. A colecção, resultante das múltiplas compras que José do Canto fez nos Açores e a vários alfarrabistas em Portugal, França e Inglaterra, constitui, desde Maio de 1942, um dos fundos integrados na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada. A colecção camoniana de José do Canto é considerada como a segunda melhor existente, reunindo todas as edições de Os Lusíadas saídas a público em português até 1898, ano da morte de José do Canto, o que corresponde a cerca de 110 edições, publicadas entre 1572 e 1892. Estão ainda incluídas 105 edições em várias línguas, incluindo húngaro, alemão, inglês, francês, italiano, espanhol, russo e japonês. A colecção contém quase todas as primeiras edições de autores portugueses contemporâneos de José do Canto, como Alexandre Herculano, Antero de Quental,Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós, e ainda primeiras edições das obras de Charles Darwin, Alexandre Dumas (pai) e Alexandre Dumas (filho). Foi sócio da Academia das Ciências de Lisboa, eleito a 9 de Julho de 1897, e de múltiplas outras agremiações científicas e culturais. Tentou educar os filhos na França e Alemanha, mas não foi bem sucedido. Ambos sofreram perturbações mentais e faleceram precocemente. Faleceu desgostoso com a vida, sendo sepultado na Capela de Nossa Senhora das Vitórias, que construíra especificamente para servir de mausoléu da família nas margens idílicas da Lagoa das Furnas.


  • Panorama da Literatura

    Panorama da Literatura
    Panorama da Literatura «€15.00»

    Léon Thoorens – Panorama da Literatura – Alexandria – Roma – Idade Média Europeia «Tradução de António da Câmara Oliveira» – Livraria Bertrand – Lisboa – 1966. Desc. 290 pág / 21 cm x 14 cm / Br. Ilust.


  • Revista de História das Ideias – Vol. 21-21

    Revista de História das Ideias
    Revista de História das Ideias «€16.00»

    Revista de História das Ideias – José Carlos Bermejo Barrera – Hacer Historia, Hablar Sobre Historia / Sandra Jatahy Pesavento – Fronteiras da Ficção (Dialogos da História com a Literatura) /Rui Bebiano – Sobre a História Como Poética / Francisco J. Calazans Falcon – História e Representação / Geraldo Martins Coelho – Har-Magedon Millenium, Imaginação Social e Fim dos Tempos / Sérgio Campos matos – História e Ficção em Oliveira Martins (Imagem da Degenerescência) / Amadeu Carvalho Homem – Razão e Sentimento na Evolução Espiritual de Ramalho Ortigão / Ana Leonor Pereira – Darwinismo, História e Literatura (O Caso do História Universal – Epopeia da Humanidade de Teófilo Braga) / Vitor Neto – Abel Botelho – Quadro de Patologia Social / Armando B. malheiro da Silva – Sidónio e Sidonismo Entre a História e a Literatura / István Jancsó e João Paulo G. Pimenta – Peças de Um Mosaico (Ou Apontamentos para o Estudo da Emergência da Identidade Nacional Brasileira) / Ernesto Castro Leal – Narrativas e Imaginários Da 1.ª Grande Guerra “O Soldado-saudade” Português nos “Nevoeiros de Morte” / João Pedro de Avellar George – Campo Literário Português (O Caso da Extinção da Sociedade Portuguesa de Escritores em 1965)  – Instituto de História e Teoria das Ideias / Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra – Coimbra – 2000. Desc. 528 pág / 23 cm x 16 cm / Br.


  • Inland & Maritime Waterways & Ports / Operation Section II

    Inland & Maritime Waterways & Ports / Operation Section II
    Inland & Maritime Waterways & Ports / Operation Section II «€100.00»

    Prof. G. Willems, M. Abecassis, M. M. Catena, R. de Paete , Lasson, K. F. Valken, H. Vandervelden – Inland & Maritime Waterways & Ports / Design – Construction – Operation – Section I I- Volume I/V – Permanent International Association of Navigation Congresses 1981 / Pergamon Press – Oxford / New York / Toronto / Sydney / Paris / Frankfurt – 1981. Desc. 969 pág / 30,5 cm x 20,5 cm / E. Ilust.


  • Inland & Maritime Waterways & Ports / Operation Section I

    Inland & Maritime Waterways & Ports
    Inland & Maritime Waterways & Ports «€100.00»

    Prof. G. Willems, M. Abecassis, M. M. Catena, R. de Paete , Lasson, K. F. Valken, H. Vandervelden – Inland & Maritime Waterways & Ports / Design – Construction – Operation – Section I – Volume I/V – Permanent International Association of Navigation Congresses 1981 / Pergamon Press – Oxford / New York / Toronto / Sydney / Paris / Frankfurt – 1981. Desc. 806 pág / 30,5 cm x 20,5 cm / E. Ilust.