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Rui Rosado Vieira – O Associativismo Alentejo na Cidade de Lisboa no Século XX – Edições Colibri/Casa do Alentejo – Lisboa – 2005.Desc.(252)pág.Br.Ilust
Casa do Alentejo – A ideia de criar uma Liga que reunisse a “colónia alentejana em Lisboa” remonta a 1912. No entanto, a primeira tentativa não foi bem sucedida e o processo só viria a ser reiniciado cerca de dez anos depois, a partir do mesmo núcleo de notáveis que fundaram o Grémio Alentejano em 10 de Junho de 1923. Em 1939, por força da legislação que então vigorava, a agremiação teve que abdicar da designação de “Grémio”, passando a chamar-se Casa do Alentejo. A nossa Casa tem desempenhado, ao longo da sua vida, um importante papel em prol da Cultura e do Associativismo. É reconhecida a sua profícua actividade no campo cultural, social, assistencial e recreativo aos serviço dos alentejanos em geral e, em particular, dos radicados na cidade de Lisboa e periferia, mantendo uma constante colaboração com as autarquias de Lisboa, Setúbal e Alentejo. As manifestações culturais realizadas na sua magnífica sede tiveram a participação de personalidades públicas que, durante décadas, a têm honrado com a sua presença, o que lhe fez merecer inúmeros louvores e condecorações, de que destacamos agraciamento com o “Grau de Oficial da Ordem de Benemerência” que lhe atribuiu o Ministério da Educação Nacional a 29 de Julho de 1939. Em 1991 foi também reconhecida como “Pessoa Colectiva de Utilidade Pública”, nos termos do Decreto-lei n.º 460/77, publicado no Diário da República, II série, n.º 7 de 9 de Janeiro de 1999. A Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio concedeu-lhe o “Diploma de Federada” em 30 de Setembro de 1970. O Palácio Construído possivelmente nos finais do século XVII, o edifício onde hoje se encontra instalada a Casa do Alentejo sofreu profundas modificações no princípio do século XX.
Da sua história mais antiga sabe-se que pertenceu a uma família aristocrática – os Paes de Amaral (Viscondes de Alverca) – de quem adoptou o nome e o título de Palácio Paes do Amaral ou Palácio Alverca. No início do século XX (1917-1919) foi alugado a uma empresa que transformou uma parte do velho palácio no 1.º casino da capital – o Magestic Club. O Palácio sofreu, assim, profundas obras de adaptação sob a direcção do arquitecto Silva Júnior, transformando-o no esplendoroso edifício que chega até aos nossos dias. O Magestic Club denomina-se, anos mais tarde, “Monumental Club”, procurando sempre atrair clientes para as suas luxuosas salas de jogo ou para as sumptuosas festas que tinham lugar no deslumbrante Salão dos Espelhos.
Em 1928 já estava encerrada esta fase da sua vida. Passava o ano de 1932 quando foi arrendado ao Grémio Alentejano, posteriormente denominado – Casa do Alentejo – tornando-se a sede da Associação Regionalista Alentejana. Em 1981 é adquirido aos descendentes da família Paes de Amaral e tornou-se património de todos os alentejanos. Encontra mais informações sobre a história do Palácio Alverca em “Caderno C.A., n.º 1”, da autoria do arquitecto Alves Coelho, à venda na Casa do Alentejo.