John Ehrman - The Younger Pitt - Constable - London - 1969. Desc. 710 pág / 25 cm x 16 cm / E. Ilust. «€50.00»

John Ehrman – The Younger Pitt – Constable – London – 1969. Desc. 710 pág / 25 cm x 16 cm / E. Ilust. «€50.00»

John Ehrman – The Younger Pitt – Constable – London – 1969. Desc. 710 pág / 25 cm x 16 cm / E. Ilust. «€50.00»


Caption

John Ehrman – The Younger Pitt – Constable – London – 1969. Desc. 710 pág / 25 cm x 16 cm / E. Ilust. «€50.00»

William Pitt, dito o Segundo Pitt, foi estadista britânico. Primeiro-ministro da Grã-Bretanha (1783-1801 e 1804-1806), estabeleceu as bases de uma etapa de prosperidade depois da Guerra da Independência norte-americana. Organizou três coligações contra a França, mas não logrou impedir nem as vitórias de Napoleão, nem a ruína momentânea do comércio britânico.

Segundo filho do primeiro-ministro de mesmo nome, William Pitt nasceu em Hayes (Kent) em 28 de maio de 1759. Recebeu uma educação esmerada que o preparou para a vida política, na Universidade de Cambridge, onde formou-se em direito em 1780, e no Lincoln’s Inn. Em 1781 ingressou na Câmara dos Comuns, ocasião em que defendeu reformas económicas e a mudança no arcaico sistema de representação parlamentar britânico. Estava ligado a William Petty, o segundo conde de Shelburne, o líder do Partido Conservador, no ano seguinte (1872) Shelburne formou um governo com Charles Watson-Wentworth, segundo marquês de Rockingham, tornando-se primeiro-ministro três meses depois por morte de Rockingham. Pitt, por sua vez, tornou-se chanceler do Exchequer, ocupando-se das propostas relativas a reformas parlamentares e administrativas.

Com o apoio dos reformistas e a simpatia do rei Jorge III, teve rápida ascensão política. Nomeado ministro da Economia em 1782, um ano depois, quando estava de saída do governo, ascendeu, com apenas 24 anos, ao cargo de primeiro-ministro a convite do rei, tornando-se o mais jovem premier da Inglaterra, cargo que exerceu por um período de 18 anos (de 1783 a 1801 e depois de 1804 a 1806). Apesar de representação minoritária no início do governo, afirmou-se com as eleições de 1784 e geriu a vida política até 1801. Foi um excelente administrador e recuperou o prestígio da Grã-Bretanha na Europa.

O seu programa político tinha como objectivo a revitalização do país através da aposta numa política pacífica voltada para o desenvolvimento económico. No exercício do cargo, enfrentou o deficit nas finanças provocado pela guerra colonial contra os americanos. Para superar a crise, Pitt adoptou medidas económicas como a criação de novos impostos e de um fundo para amortização da dívida pública. Na área externa, firmou um vantajoso tratado comercial com a França em 1786 e instituiu reformas na administração da Índia.

O clima de instabilidade em que vivia a Europa desta época, resultante da Revolução Francesa, que explodiu 1789, não permitiu a implementação do seu projecto nacional. Logo em 1793 a Inglaterra declarou guerra à França revolucionária, e Pitt assumiu o controle de uma nação empenhada na resistência à prepotência francesa. Simpatizante da Revolução Francesa, passou a temê-la por seus efeitos subversivos. Atacou as colónias francesas, prejudicando seu comércio, enquanto financiava a campanha terrestre que seus aliados iniciaram contra a França.

O nacionalismo irlandês atrapalhava o esforço de guerra, pois Wolfe Tone (1798) liderava uma rebelião de carácter independentista, encorajada pelos franceses. Pitt resolveu o conflito irlandês fazendo votar o Ato de União da Irlanda (Union Act) (1800), pelo qual a Irlanda seria incorporada ao Reino Unido a partir de 1º de Janeiro de 1801. Esta proposta era acompanhada por outra que defendia a igualdade de direitos de católicos e protestantes. Renunciou à chefia do governo em 1801 pois o rei impedira seus planos de reformas para combater a Revolução Francesa e era contrário à emancipação dos católicos irlandeses.

Henry Addington, o seu sucessor, negociou um tratado de paz com os franceses celebrado em Amiens, mas este não durou muito. Rapidamente, a nação pedia de novo a sua ajuda. O segundo ministério que Pitt chefiou, de 1804 a 1806, culminou em isolamento do país. Formou uma Terceira Coligação com a Áustria, a Rússia e a Suécia contra a França Napoleónica. A batalha de Trafalgar (1805) foi a confirmação da supremacia naval dos britânicos, embora Napoleão Bonaparte continuasse obtendo vitórias no continente, vencendo as batalhas de Ulm e Austerlitz. O fracasso da coalizão levou o país à uma crise generalizada. Quando William Pitt morreu em Putney, Londres, em 23 de janeiro de 1806, suspirou: “Oh, my country! How I leave my country!”.

É comum atribuir-se a causa da sua morte por cirrose hepática ao consumo excessivo de Vinho do Porto. Ele está enterrado na Abadia de Westminster