• Tag Archives História de Literatura
  • Os Lusíadas – Poema Épica de Luís de Camões

    Os Lusíadas - Poema Épica de Luís de Camões
    Os Lusíadas – Poema Épica de Luís de Camões «€90.00»

    F. de Salles Lencastre – Os Lusíadas – Poema Épica de Luís de Camões «Canto I» – Edição Annotada de Uma Exposição Sobre a Pronúncia da Língua Portuguesa – Imprensa Nacional – Lisboa – 1892. Desc.114 pág / 23 cm x 14,5 cm / Br. Rarro


  • A Tese da Infanta das Líricas de Camões

    A Tese da Infanta das Líricas de Camões
    A Tese da Infanta das Líricas de Camões «€50.00»

    Dr. José Maria Rodrigues – A Tese da Infanta das Líricas de Camões – Imprensa da Universidade – Coimbra – 1933/34. Desc. 43 + 39 + 41 + 33 + 32 + 14 pág / 23 cm x17 cm / Br.

    Obs: Tese Completa em 6 separatas.


  • Literatura Portuguesa

     

    Obs: Robert J. Milch – Tradução – Maria de Lurdes Medeiros – Apontamentos – Explicações – / Para uma Melhor Actuação nas Aulas e uma Melhor Preparação para os Exames  – Um Guia para a Análise do Conteúdo e da Estrutura da Obra – Uma forma de Tornar Viva a Obra Literária – Resumo  do Argumento – Estudo Capítulo por Capítulo ou Acto por Acto – Análise das Personagens, dos Temas e dos Estilos – A Vida do Autor e a Época

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  • Estilística da Língua Portugueas

    Estilística da Língua Portugueas
    Estilística da Língua Portuguesa «€17.00»

    M. Rodrigues Lapa – Estilística da Língua Portuguesa – Seara Nova – Lisboa – 1945. Desc. 302 pág / 19 cm x 13 cm / E.

     

     

    Manuel Rodrigues Lapa (Anadia, 22 de Abril de 1897 – 28 de Março de 1989) foi um filólogo português. “Homem inquieto, sensível e exigente”, foi professor catedrático da Universidade de Lisboa. Doutorou-se com a tese Das Origens da Poesia Lírica em Portugal na Idade Média(1930). Foi afastado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa “a única escola do mundo para onde se entrava a descer”, em 1935, por motivos políticos e tomadas de posição contra “as tristezas e vergonhas” da época Salazarista e contra os “profetas e salvadores que ela nos tentava impingir”. Uma vez afastado da Universidade, com mais 32 funcionários civis e militares, dentre os quais Norton de Matos, Abel Salazar, Aurélio Quintanilha, Carvalhão Duarte e Dias Pereira, dedicou-se ao jornalismo, tendo sido director de “O Diabo”, onde substituiu Ferreira de Castro, e à investigação literária. Opositor activo ao regime do Estado Novo, foi preso em 6 de Janeiro de 1949, “para averiguações” , quando decorria a campanha eleitoral para a Presidência da República, sendo libertado, sob caução de 20 mil escudos, conforme revela a ficha da PIDE. Em entrevista concedida ao Diário de Lisboa, em 5 de Janeiro, pp. 1 e 7 (centrais) comentando a situação política portuguesa afirmava: “É chegada a oportunidade de acabar sem sobressalto com este estado de coisas, que nos envergonha como europeus – continuamos a ser os cofres da Europa, como nos alcunhavam no século XVII”, falava em “crimes em matéria de educação” e, referindo-se à censura, disse: “Sou escritor e orgulho-me de ter sido algum tempo jornalista (…) Desde esse momento compreendi a trágica situação de muitos jornalistas (…) Por isso é aproveitar esta liberdade que nos concedem de muito má vontade, encher os pulmões de ar fresco e dizê-las das boas e bonitas”. No dia seguinte, Marcelo Caetano responderia no mesmo jornal, contestando as afirmações do filólogo e defendendo a escola e a “mocidade portuguesa”. Entrou na luta política, apoiando Norton de Matos, “porque o dever dos intelectuais é, e sempre foi, nos grandes momentos de crise nacional, dar o corpo ao manifesto, servir às aspirações do Povo, comungar com ele no seu anseio de Liberdade e Justiça”. Em 1954, conjuntamente com Miguel Torga e Adolfo Casais Monteiro, “honrando a nossa cultura” e “representando a oposição portuguesa”, participou do Congresso Internacional de Escritores, na cidade de São Paulo. Em 1956 integrou a Comissão de Honra das Comemorações no Distrito de Aveiro do 65.° aniversário do 31 de Janeiro de 1891, ao lado de Rui Luís Gomes, Ferreira de Castro,Barbosa de Magalhães, Álvaro Neves, Júlio Calisto, Costa e Melo, Mário Sacramento, Fernando Namora, Virgílio Ferreira, Ramos de Almeida, António Macedo e outros. Em 1957, exilou-se no Brasil, onde leccionou em várias universidades. “Comendo o pão que o diabo amassou”, realizou investigações sobre o Setecentos Político e Cultural de Minas Gerais. Desse notável esforço “que foi muito grande, por unir a docência à investigação”, resultou a atribuição da Medalha da Inconfidência Mineira, cujo patrono é Tira dentes, o herói da Independência do Brasil. Recebeu essa condecoração em 21 de Abril de 1974, na cidade de Ouro Preto. Em 1969 presidiu ao II Congresso Republicano de Aveiro, a convite de Mário Sacramento – “esse amigo querido, e por veneração à sua memória, aqui estou presente. Quero trabalhar convosco, estar em comunhão convosco, correr os riscos convosco”. Regressou a Portugal após o 25 de Abril, altura em que dirige a Seara Nova, “verdadeira Universidade de Democracia, prestigiosa tribuna de Sérgio, Cortesão e Proença”, para onde havia entrado “por mão do saudoso mestre e amigo, Luís da Câmara Reis”. Em 1985, foi agraciado por Mário Soares com a Grã-Cruz da Ordem do Infante.


  • Octopa

    Octopa
    Octopa «€15.00»

    Elviro Rocha Gomes – Octopa – Edição de Autor – Faro – 1983. Desc. 85 pág / 21 cm x 15 cm / Br. – Edição 500 exemplares – «Com Autografo»

     

    (1918- 2009) O Professor Elviro Augusto da Rocha Gomes, natural de Constância, foi licenciado em Germânicas pela Universidade de Coimbra, onde leccionou, tendo posteriormente passado por liceus de Lisboa, Funchal e Viana do Castelo, vindo a fixar-se em Faro, onde desenvolveu grande parte da sua actividade de professor. Elviro Rocha Gomes foi poeta, escritor, tradutor e publicista, sendo responsável pela divulgação em Portugal de poetas de Língua alemã. Foi Director do Círculo Cultural do Algarve e responsável por um sem número de conferências que marcaram a vida cultural do Algarve em meados do século passado, tendo escrito para jornais e revistas, com destaque para “Diário do Norte”, “Aurora do Lima”, “Gazeta do Sul”, “Algarve Ilustrado” e “O Algarve”, entre outros. Elviro da Rocha Gomes marcou, pela sua forma diferente de ensinar, gerações de alunos que passaram pelo Liceu de Faro, tendo-lhe sido atribuída a Medalha de Mérito, Grau Ouro, pelo Município, em 1990, pelos serviços relevantes nas áreas da educação e da cultura. Publicou dezenas de obras de poesia, boa parte com ilustrações de capa de Vicente de Brito e de José Maria Oliveira, sempre em edições de autor, que pontualmente oferecia a amigos, com a devida dedicatória.


  • O Espírito e a Graça de Camilo

    O Espírito e a Graça de Camilo
    O Espírito e a Graça de Camilo «€15.00»

    Luís de Oliveira Guimarães – O Espírito e a Graça de Camilo – Edição Romano Torres – Lisboa -1952. Desc. 158 pág / 19 cm x 13 cm / Br.

     

     

     

    Escritor, jornalista e jurista, Luís de Abreu Alarcão de Oliveira Guimarães licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, tendo depois ingressado na magistratura, como delegado do Procurador da República, exercendo essas funções em Resende, Grândola, Alcácer do Sal, Sertã, Sintra, Vila Verde, Beja, Tomar e Lisboa. Em paralelo com essa profissão, que abandonaria em 1939, para se dedicar inteiramente à escrita, foi abraçando a carreira de jornalista, primeiro no vespertino «A Capital» e também nos jornais «A Manhã» e «O Primeiro de Janeiro». Mais tarde, colaborou nos diários «O Comércio do Porto», «Sol», «República», «Diário Popular» e «Diário de Notícias». Tendo como marca pessoal um refinado humor, em conjunto com João Ameal,  dirigiu em 1924 uma efémera revista literária e humorística intitulada «O Chiado», onde fixou ditos, anedotas e pormenores de vida de algumas figuras lisboetas. No ano seguinte, ambos publicaram também  «As Criminosas do Chiado». Mais tarde, já na década de 40, colaborou com José Ribeiro dos Santos em duas colectâneas de chistes de gente célebre que receberam os títulos de «Memórias dos Outros» (1944) e «Senhoras Conhecidas» (1945). No ensaio dedicou-se particularmente ao estudo da vida e obra de escritores nacionais, especialmente de Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco e Guerra Junqueiro, mas também dissertou sobre Alberto Pimentel, Júlio Dantas e Aquilino Ribeiro. Com uma vasta obra, constituída por mais de meia centena de livros, escreveu também cerca de três dezenas de peças teatrais, sobretudo entre as décadas de 20 e 40, um livro de poemas («Bonecas que Amam») – que constituiu a sua estreia literária, em 1923 -, alguns livros de carácter jurídico e arqueológico e diversos livros que retratavam a vida boémia lisboeta. Foi membro da Associação dos Arqueólogos Portugueses, bem como da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, de que foi co-fundador.


  • Crónicas de Londres por Eça de Queiroz

    Crónicas de Londres por Eça de Queiroz
    Crónicas de Londres por Eça de Queiroz «€25.00»

    Eça de Queiroz – Crónicas de Londres por Eça de Queiroz – Novos Dispersos – Contribuição Para o Centenário de Eça de Queiroz «Prefácio de Eduardo Pinto da Cunha » – Editorial Aviz – Lisboa – 1944. Desc. 226 pág / 19 cm x 13,5 cm / Br.


  • Elogio de Coelho Neto

    Elogio de Coelho Neto
    Elogio de Coelho Neto «€17.00»

    João Neves da Fontoura –  Elogio de Coelho Neto «Com Uma Antologia dos Seus Contos» – Edições Ultramar, Lda – Lisboa – 1944. Desc. 236 pág / 18,5 cm x 12 cm / Br.

     

     

     

    Henrique Maximiano Coelho Neto (Caxias, 21 de Fevereiro de 1864 — Rio de Janeiro, 28 de Novembro de 1934) foi um escritor(cronista, folclorista, romancista, crítico e teatrólgo), político e professor brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras onde foi o fundador da Cadeira número 2. Foi considerado o “Príncipe dos Prosadores Brasileiros”, numa votação realizada em 1928 pela revista O Malho.1 Apesar disto, foi consideravelmente combatido pelos modernistas, sendo pouco lido desde então, em verdadeiro ostracismo intelectual e literário. Nas palavras de Arnaldo Niskier: “A vitória do modernismo se fez como se houvesse necessidade de abater um grande inimigo, no caso, Coelho Neto”. Filho do português António da Fonseca Coelho com a índia Ana Silvestre Coelho, que mudaram-se do Maranhão para o Rio de Janeiro quando o filho contava apenas seis anos de idade. Estudou no Colégio Pedro II, onde realizou os cursos preparatórios e ingressou na Faculdade de Medicina, que abandonou em seguida, matriculando-se em 1883 na Faculdade de Direito de São Paulo. No curso jurídico Coelho Neto expande suas revoltas, logo se envolvendo no movimento de alunos contra um professor e, para evitar represálias, transfere-se para a faculdade do Recife, e ali conclui o primeiro ano tendo por principal mestre Tobias Barreto. Após este lapso, retorna para São Paulo, e logo participa de movimentos abolicionistas e republicanos, entrando em choque com os professores, não chegando a concluir o curso. Sem se formar, retorna em 1885 para o Rio onde, ao lado de escritores como Olavo Bilac, Luís Murat, Guimarães Passos e Paula Ney forma um grupo cujas experiências vem a retratar no romance “A Conquista”, de 1899. Activo na campanha pela extinção da escravatura, alia-se a José do Patrocínio; labora como colaborador do jornal Gazeta da Tarde e, depois, para o A Cidade do Rio, onde foi secretário, ocasião em que inicia a publicação de seus textos literários. Casou-se em 1890 com Maria Gabriela Brandão, filha do professor Alberto Olympio Brandão, com quem teve catorze filhos. Neste mesmo ano é nomeado secretário de governo do estado e em 1891 ocupa a direcção de Negócios do Estado. Em 1892 é nomeado para o magistério de História da Arte na Escola Nacional de Belas Artes. Depois lecciona literatura no Colégio Pedro II; nesta actividade é nomeado, em 1910, para as cátedras de História do Teatro e Literatura Dramática na Escola de Arte Dramática do Rio, da qual foi mais tarde seu director. Na política tornou-se deputado federal pelo estado natal, em 1909, reeleito em 1917. Ocupou ainda diversos cargos, e integrou diversas instituições culturais. Em 1923, converteu-se ao Espiritismo, proferindo um discurso no Salão da Guarda Velha no Rio de Janeiro sobre sua adesão. Sobre a matéria, o “Jornal do Brasil” publicou entrevista com o escritor (7 de Junho de 1923, anteriormente intransigente adversário do Espiritismo, e que a ele se converteu após ter participado, na extensão do seu escritório, de uma conversa ao telefone entre a sua neta, falecida em tenra idade, e a mãe dela. Sua vida divide-se, assim, em três fases distintas: na primeira, aquela em que procura se firmar como escritor; a segunda, quando integra o movimento pela Academia, participa da política e obtém reconhecimento e consagração e, finalmente, a terceira, na qual experimenta os ataques modernistas e o consequente esquecimento. Coelho Neto esteve ao lado de Lúcio de Mendonça, idealizador da Academia Brasileira, nas primeiras reuniões que trataram da criação desta entidade literária, e realizadas nos dois últimos meses de 1896. Foi eleito seu presidente no ano de 1926, sucedendo à primeira gestão de Afonso Celso, e foi seguido por Rodrigo Otávio. Em 1928, Coelho Neto, que havia sempre recebido hostilidades de Oswald de Andrade, emitiu um parecer em que confere ao escritor menção honrosa no julgamento do concurso de romance da ABL; apesar de participar do movimento modernista, publicamente anti-academista.


  • Cartas

    Cartas
    Cartas «€40.00»

    Manuel Laranjeira – Cartas – Documentos Humanos – Prefácio e Cartas de Miguel de Unamuno – Portugália Editora – Lisboa – 1943. Desc. 183 pág + 1 Estampa / 19 cm x 12,5 cm / Br. «1 Edição – Exemplar n.º324 »

     

     

    Manuel Laranjeira ( Mozelos – Santa Maria da Feira, 17 de Agosto de 1877 – m. Espinho, 22 de Fevereiro de 1912), foi médico e escritor português. Autor de teatro, ficção, ensaios, conferências, poesia e estudos sobre política, filosofia, religião a sua actividade literária inicia-se cedo, ainda estudante, como cronista em várias publicações periódicas da época, de que se destacam a “Revista Nova”, “A Arte” e “O Norte”. Foi amigo e correspondente de várias figuras intelectuais de destaque, entre elas, Amadeo de Souza-Cardoso com quem comunga várias das suas ideias e o poeta e filósofo espanhol Miguel de Unamuno, amizades de que resta vasta correspondência literária, política e filosófica. Manuel Laranjeira nasceu em 1877 em São Martinho de Moselos, hoje Mozelos, no concelho de Santa Maria da Feira. Oriundo de uma família modesta, é graças à herança recebida de um tio brasileiro que Manuel Laranjeira prossegue estudos secundários. É desta época (1898) a publicação de Os Filósofos. Dedica-se desde novo à poesia e ao teatro, colaborando em diversas publicações periódicas, como a Revista Nova, A Arte, A Voz Pública e O Norte, assinando crónicas (hoje compiladas) sobre temas tão diversos como política, crítica social, religião, literatura e outras artes, medicina, filosofia ou educação. Em 1898 fixa residência em Espinho, ao número 277 da Rua Bandeira Coelho (actual Rua 19) e matricula-se na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, iniciando o curso superior de Medicina. É desta época o prólogo dramático Amanhã (1902). Formado em Medicina 1904, desenvolve intervenções de natureza social e política. É deste modo que o vemos agir politicamente, por exemplo, na Comissão de Propaganda do Centro Democrático de Espinho, e socialmente entrando em confronto, com polémicas crónicas na imprensa, com os ricos portugueses vindos do Brasil, ou com os doutores da Escola Médica do Porto, que criticou acerrimamente. Desta época são as suas conferências sobre biologia e o drama Às Feras (1905) Em 1907 inicia a sua tese de doutoramento, A doença da Santidade – com a qual obtém a classificação de 19 valores. Viaja entretanto até Madrid, visitando o Museu do Prado e mostra interessa em fixar-se em Paris onde se encontrava o pintor e amigo Amadeo de Souza-Cardoso. Manuel laranjeira é aliás um dos primeiros a reconhecer, através dos desenhos que o amigo lhe enviava, a qualidade artística de Amadeu referindo-se a ele, enquanto ainda estudante em Paris, como “um artista no significado absoluto do termo”. Em 1908 conhece Miguel de Unamuno em Espinho, trocando com ele correspondência. É vasta a correspondência de Manuel Laranjeira (toda ela publicada e compilada) com Unamuno, João de Barros, António Patrício, Afonso Lopes Vieira, Teixeira de Pascoaes, Teófilo Braga, Ramalho Ortigão, Amadeo de Souza-Cardoso, entre outros. No entanto, ainda novo, sentindo os efeitos da doença (uma sífilis nervosa), desiludido com a inépcia dos políticos e com a falta de incentivos culturais no quotidiano nacional, foi sujeito a crises depressivas, oscilando a sua vida entre o prazer e uma profunda tristeza e tédio. Muitos destes sentimentos moldam o seu carácter reflectido nos seus escritos. Esta disposição acentua-se progressivamente, e as crises de depressão agravam-se. No final da tarde do dia 22 de Fevereiro de 1912, estando já acamado, deprimido e desesperado com a doença, suicida-se com um tiro na cabeça. Dotado de um saber enciclopédico e de uma vasta cultura literária e artística (conhecia pelo menos cinco línguas, o que lhe permitia ler no original os escritos que moldavam os espíritos do século XIX), Laranjeira possuía ainda um espírito mordaz e contundente, o que o levou a intervir na vida do nosso país assumindo-se como um espírito permanente insatisfeito com a pequenês da sociedade e da cultura que o rodeava. Tem, actualmente, em Espinho uma escola com o seu nome: Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira.

    Miguel de Unamuno y Jugo (Bilbau, 29 de Setembro de 1864 – 31 de Dezembro de 1936) foi um escritor, poeta e filósofo espanhol. Nasceu em Ronda del Casco Viejo (Bilbau) e faleceu em Salamanca. Considerado a figura mais completa da Gerações de 98, um grupo constituído por nomes como António Machado, Azorín, Pío Baroja, Ramón del Valle-Inclán, Ramiro de Maetzu, Angel Ganivet, entre outros. Estudou na Universidade de Madrid onde tirou o curso de Filosofia e Letras e mais tarde obteve a cátedra de grego na Universidade de Salamanca. Dez anos depois foi nomeado reitor da universidade salmantina. Foi conhecido também pelos sucessivos ataques à monarquia de Afonso XIII de Espanha. De 1926 a 1930 viveu no exílio, primeiro nas Ilhas Canárias e depois em França, de onde só voltou depois da queda do general Primo de Rivera. Mais tarde o General Francisco Franco afastou-o novamente da vida pública, devido a críticas duras feitas ao General Millán Astray, acabando por passar os seus últimos dias de vida numa casa em Salamanca.


  • Prosa Doutrinal de Autores Portugueses

    Prosa Doutrinal de Autores Portugueses
    Prosa Doutrinal de Autores Portugueses «€20.00»

    António Sérgio – Prosa Doutrinal de Autores  – Portugália – Lisboa – S/D. 472 pág / 19,5 cm x 12,5 cm / Br.

     

    António   Sérgio  de   Sousa  ( Damão, 3  de  Setembro de  1883  —  Lisboa,  24 de Janeiro de 1969) foi um importante intelectual e pensador português. Nascido na Índia Portuguesa, foi influenciado pelo contacto  com  várias  culturas. Viveu alguns anos em África, tornando-se uma personagem cosmopolita pois, seguindo uma tradição familiar, estudou no Colégio Militar, completando o curso da Marinha de Guerra, na sequência do que viaja a Cabo Verde e Macau. Abandonou a Marinha com a implantação da República em 1910. Em 1912 concorreu para assistente para a secção de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, num concurso a que também se apresentou Leonardo Coimbra e Matos Romão, que haveria de ser nomeado. Sérgio não considerava a questão república/monarquia importante. Importante seria o progresso económico e moral de Portugal. Fala do “Socialismo”, embora esta sua ideia não seja, nem de longe, aparentada com o socialismo marxista. Sérgio estaria situado numa linha política social-democrata, admirando a Inglaterra, um posicionamento semelhante ao que seria adoptado pelos países da Escandinávia. A sua acção foi marcadamente voltada para a problemática da Educação. O século XIX português fora caracterizado por reformas que raramente passaram dos textos legislativos ou declarações de intenções.


  • Gil Vicente / Floresta de Enganos

    Gil Vicente / Floresta de Enganos
    Gil Vicente / Floresta de Enganos «€26.00»

    Vitorino Nemésio – Gil Vicente / Floresta de Enganos – Caderno Cultural n.º 67 – Editorial “Inquérito” Ldª – Lisboa – 1941. Desc. 78 pág / 19 cm x 12 cm / Br. «1 Edição »

     

     

     

    Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva (Praia da Vitória, 19 de Dezembro de 1901 — Lisboa, 20 de Fevereiro de 1978) foi um poeta, escritor e intelectual de origem açoriana que se destacou como romancista, autor de Mau Tempo no Canal, e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Filho de Vitorino Gomes da Silva e Maria da Glória Mendes Pinheiro, na infância a vida não lhe correu bem em termos de sucesso escolar, uma vez que foi expulso do Liceu de Angra, e reprovou o 5.º ano, fato que o levou a sentir-se incompreendido pelos professores. Do período do Liceu de Angra, apenas guardou boas recordações de Manuel António Ferreira Deus dado, professor de História, que o introduziu na vida das Letras. Com 16 anos de idade, Nemésio desembarcou pela primeira vez na cidade da Horta para se apresentar a exames, como aluno externo do Liceu Nacional da Horta. Acabou por concluir o Curso Geral dos Liceus, em 16 de Julho de 1918, com a qualificação de dez valores. A sua estadia na Horta foi curta, de Maio a Agosto de 1918. A 13 de Agosto o jornal O Telégrafo dava notícia de que Nemésio, apesar de ser um fedelho, um ano antes de chegar à Horta, havia enviado um exemplar de Canto Matinal, o seu primeiro livro de poesia (publicado em 1916), ao director de O Telégrafo, Manuel Emídio. Apesar da tenra idade, Nemésio chegou à Horta já imbuído de alguns ideais republicanos, pois em Angra do Heroísmo já havia participado em reuniões literárias, republicanas e anarco-sindicalistas, tendo sido influenciado pelo seu amigo Jaime Brasil, cinco anos mais velho (primeiro mentor intelectual que o marcou para sempre) e por outras pessoas tal como Luís da Silva Ribeiro, advogado, e Gervásio Lima, escritor e bibliotecário. Em 1918, ao final da Primeira Guerra Mundial, a Horta possuía um intenso comércio marítimo e uma impressionante animação nocturna, uma vez que se constituía em porto de escala obrigatória, local de reabastecimento de frotas e de repouso da marinhagem. Na Horta estavam instaladas as companhias dos Cabos Telegráficos Submarinos, que convertiam a cidade num “nó de comunicações” mundiais. Esse ambiente cosmopolita contribuiu, decisivamente, para que ele viesse, mais tarde a escrever uma obra mítica que dá pelo nome de Mau Tempo no Canal, trabalhada desde 1939 e publicada em 1944, cuja acção decorre nas ilhas Faial, Pico, São Jorge e Terceira, sendo que o núcleo da intriga se desenvolve na Horta. Este romance evoca um período (1917-1919) que coincide em parte com a sua permanência na ilha do Faial e nele aparecem pessoas tais como o Dr. José Machado de Serpa, senador da República e estudioso, o padre Nunes da Rosa, contista e professor do Liceu da Horta, e Osório Goulart, poeta. Em 1919 iniciou o serviço militar, como voluntário na arma de Infantaria, o que lhe proporcionou a primeira viagem para fora do arquipélago. Concluiu o liceu em Coimbra (1921) e inscreve-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Três anos mais tarde, Nemésio trocou esse curso pelo de Ciências Histórico Filosóficas, da Faculdade de Letras de Coimbra, e, em 1925, matriculou-se no curso de Filologia Românica. Na primeira viagem que faz à Espanha, com o Orfeão Académico, em 1923, conheceu Miguel Unamuno, escritor e filósofo espanhol (1864-1936), intelectual republicano, e teórico do humanismo revolucionário anti-franquista, com quem trocará correspondência anos mais tarde. A 12 de Fevereiro de 1926 desposou, em Coimbra, Gabriela Monjardino de Azevedo Gomes, com quem teve quatro filhos: Georgina (Novembro de 1926), Jorge (Abril de 1929), Manuel (Julho de 1930) e Ana Paula (Dezembro de 1931). Em 1930 transferiu-se para a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde, no ano seguinte, concluiu o curso de Filologia Românica, com elevadas classificações, começando desde logo a leccionar literatura italiana. A partir de 1931 deu inicio à carreira académica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leccionou Literatura Italiana e, mais tarde, Literatura Espanhola. Em 1934 doutorou-se em Letras pela Universidade de Lisboa com a tese A Mocidade de Herculano até à Volta do Exílio. Entre 1937 e 1939 leccionou na Universidade Livre de Bruxelas, tendo regressado, neste último ano, ao ensino na Faculdade de Letras de Lisboa. Em 1958 leccionou no Brasil. A 19 de Julho de 1961 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e a 17 de Abril de 1967 Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. A 12 de Setembro de 1971, atingido pelo limite legal de idade para exercício de funções públicas, profere a sua última lição na Faculdade de Letras de Lisboa, onde ensinara durante quase quatro décadas. Foi autor e apresentador do programa televisivo Se bem me lembro, que muito contribuiu para popularizar a sua figura e dirigiu ainda o jornal O Dia entre 11 de Dezembro de 1975 a 25 de Outubro de 1976. Foi um dos grandes escritores portugueses do século XX, tendo recebido em 1965, o Prémio Nacional da Literatura e, em 1974, o Prémio Montaigne. Faleceu a 20 de Fevereiro de 1978, em Lisboa, no Hospital da CUF, e foi sepultado em Coimbra. Pouco antes de morrer, pediu ao filho para ser sepultado no cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra. Mas pediu mais: que os sinos tocassem o Aleluia em vez do dobre a finados. O seu pedido foi respeitado. A 30 de Agosto de 1978 foi elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada a título póstumo