• Lisboa e Seu Termo (Estudo e Documentos)

    Lisboa e Seu Termo (Estudo e Documentos) «€70.00»

    Lisboa e Seu Termo (Estudo e Documentos) – Estação Pré-Histórica da Junqueira – Maxine Vaultier & Georges Zbyszewski / Intrumento Pré-Histórico Dum Quintal de Lisboa – Eugénio Jalhay / Deux Instruments Rostro – Carénès Découverts Près D’Amadora (Portugal) – Jean Ollivier / Lisboa Há 4000 Anos – A Estação Pré-Histórica de Montes Claros (Monsanto) – Eugénio Jalhay e Afonso do Paço / Estação Pré-Histórica do paço Lumiar – Joaquim Fontes / O Município Romano de Lisboa e a Serra de Sintra – Fausto J. & A. de Figueiredo / O Algarve e a Toponímica de Lisboa Desde o Século XV – Subsídios para a Histórica da Capital do Império – Alberto Iria / O Ataque dos ingleses a Lisboa em 1589 Contado por Uma Testemunha – Durval Pires de Lima – (Vol.I) – Associação dos arqueólogos Portugueses – Lisboa – MCMLVII. Desc.[320] + [15] Estampas (—-) Memórias Históricas de Lisboa – 1680 a 1716 – António Machado de Faria / Lisboa na Obra de Um Artista de setecentos – João Couto / O Túmulo da Rainha D. Mariana Vitória em S. Francisco de Paula e Algumas Obras de Machado de Castro – Manuel Santos Estevéns /  Novas Notícias Acerca do castelo de S. Jorge de Lisboa – Francisco de Assis Oliveira Martins / Plantas Topográficas de Lisboa – A Colecção Levada Para o Brazil Durante as Invasões – Luís de Pina Manique / S. Vicente de Fora – AS Invasões e a Guerra Civil na Vida do Mosteiro – Luis de Pina Manique / Do Rio a Londes, Com Escala por Lisboa – António País de Sande e Castro (Vol.II) – Associação dos arqueólogos Portugueses – Lisboa – MCMLVIII. Desc.[259] + [18] Estampas / 26 cm x 19,5 cm / Br. ILust


  • Estudo Chimico e Technologico Sobre a Cerâmica Portugueza Moderna

    Estudo Chimico e Technologico Sobre a Cerâmica Portugueza Moderna «€130.00»

    Charles Lepierre – Estudo Chimico e Technologico Sobre a Cerâmica Portugueza Moderna – Imprensa Nacional Lisboa – 1899. Desc.[241] pág + [1] Mapa Desenho técnico / 23 cm x 15 cm / E.Pele

     

     

    Charles Lepierre | Brotero [ 125 anos ]Paul Charles Lepierre (Paris, 12 de Novembro de 1867 — Lisboa, 17 de Dezembro de 1945), mais conhecido por Charles Lepierre, foi um químico e professor universitário de origem francesa que se distinguiu no estudo e caracterização físico-química das águas minerais e minero-medicinais de Portugal. Paul Charles Lepierre nasceu em Paris, filho de François Joseph Lepierre, nascido em 10 de Novembro de 1835 em Trémel (Bretanha) e de Marguerite Cirgoudou, nascida 28 de Fevereiro de 1832 em Mauriac (Cantal), (Auvergne). Após completar a instrução primária, que frequentou de 1873 a 1881 em escolas da cidade de Paris, ingressou em 1881, como bolseiro externo, na École Turgot (a École supérieure municipale Turgot), um estabelecimento de ensino primário superior fundado em 1839 e mantido pela cidade de Paris,onde concluiu o ensino secundário com bom aproveitamento. Ainda enquanto aluno da École Turgot recebeu prémios escolares, evidenciando já gosto pelas Ciências Físico-Naturais. Por indicação do professor Léon Gérardin, que então ensinava História Natural na École Turgot, concorreu em 1884 à École de Physique et de Chimie Industrielles, um estabelecimento de ensino técnico de Paris, então de fundação recente (1882) e que mais tarde ficou anexa à Sorbonne. Frequentou aquela instituição de 1884 a 30 de Julho de 1887, data em que terminou o curso de engenheiro químico. Após a conclusão do curso encontrou emprego como engenheiro industrial numa fábrica de açúcar de beterraba, a Sucrerie de Clermont – les Formes, em Aisne, no norte de França, onde trabalhou de Agosto de 1887 a Janeiro de 1888. Trabalhava naquela fábrica quando em Dezembro de 1887 se encontrou em Paris com o Professor José Júlio Rodrigues, que então ensinava na Escola Politécnica de Lisboa e no Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, e que procurava encontrar técnicos que pudessem auxiliar a modernização do ensino técnico-científico ministrado naqueles estabelecimentos. Aceitou as bases do um eventual primeiro contrato com o Governo Português, mostrando-se interessado em trabalhar em Lisboa. Na sequência desse encontro recebeu um convite, endereçado pelo professor Roberto Duarte Silva, que o seleccionara de entre vários candidatos propostos para trabalhar como chefe de trabalhos de química da Escola Politécnica de Lisboa e como preparador do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa. Assinou o contrato a 24 de Fevereiro de 1888, permanecendo em Paris até Maio daquele ano, em comissão do Governo Português, para obter colecções de tecnologia para as oficinas de demonstração do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa e para preparação do curso prático de Química da Escola Politécnica. Chegou a Lisboa em 30 de Maio de 1888, data em que iniciou funções em Portugal, trabalhando como chefe de trabalhos de Química da 6.ª cadeira (Química Mineral) da Escola Politécnica de Lisboa e como preparador das aulas práticas da cadeira de Indústrias Químicas do Instituto Industrial de Lisboa, funções que manteria até Agosto de 1889, data em que foi nomeado professor de Química da Escola Industrial de Coimbra. Entretanto de Agosto a Outubro de 1889 foi delegado do Governo Português na Exposição Universal de Paris daquele ano. Terminada a sua participação no certame parisiense, seguiu para Coimbra, cidade onde permaneceria durante 20 anos, inicialmente como professor da Escola Industrial e depois como preparador e investigador da Universidade de Coimbra. Casou em 1889, em Paris, com Eugénie Suzanne Champion e deste casamento nascerem três filhos, todos naturais de Coimbra. Nos meses de Julho e Agosto de 1896 foi delegado do Governo Português ao 2.º Congresso de Química Industrial que então se realizou em Paris.Em Outubro de 1891 foi nomeado preparador e chefe de trabalhos do laboratório de microbiologia da Universidade de Coimbra, onde instalou as modernas técnicas da microbiologia, trabalho então pioneiro em Portugal. Foi também introdutor e pioneiro em Portugal nos estudos de química sanitária e de bioquímica, tendo fundado na Universidade de Coimbra no ano lectivo de 1897/1898 a primeira cadeira de Química Biológica que funcionou em Portugal. Entre os anos de 1904 e 1909 foi encarregado de leccionar a cadeira de Engenharia Sanitária do Curso de Medicina Sanitária daquela Universidade.Exerceu funções técnicas e de ensino prático na Universidade de Coimbra até Agosto de 1911, acumulando com diversas outras tarefas científicas. Entre essas tarefas destaca-se uma estada em Paris, em missão da Universidade de Coimbra, de Julho a Outubro de 1894, e a participação, como delegado do Governo Português, no 2.º Congresso de Química Industrial realizado em Paris de Julho a Agosto de 1896. Foi também membro secretário da Comissão de Estudos de Métodos e Bases de Apreciação das Substâncias Alimentares, ao tempo a funcionar no âmbito do Ministério do Fomento. Entre Maio de 1905 e Agosto de 1911 foi director dos Serviços Municipalizados de Coimbra, tendo dirigido inicialmente os serviços de produção e distribuição de gás de cidade e depois das águas e tracção eléctrica nos transportes públicos urbanos.Em 1906 foi um dos relatores oficiais e presidente de honra da Secção de Fisiologia do 15.º Congresso Internacional de Medicina que se realizou em Lisboa. Em 1907 foi relator oficial do 4.º Congresso da Liga Nacional Contra a Tuberculose, que se realizou no Porto. Em 1912 foi nomeado delegado do Governo Português ao 8.º Congresso Internacional de Química Aplicada, que se realizou em Nova Iorque.No contexto da grande reforma do ensino universitário em Portugal que se seguiu à implantação da República, por indicação do professor Alfredo Bensaúde foi convidado por Manuel de Brito Camacho, ao tempo Ministério do Fomento, para integrar o corpo docente do novo Instituto Superior Técnico de Lisboa. Assim, a 3 de Agosto de 1911 foi nomeado professor daquele Instituto, pelo que deixou Coimbra e todos os cargos oficiais que desempenhava naquela cidade, pondo termo a uma permanência 22 anos ao serviço da até então única Universidade portuguesa. No IST foi inicialmente encarregado do ensino da Química Tecnológica e da Análise Química e pouco depois da Química Orgânica. Exerceu funções docentes e de investigação durante 26 anos no Instituto Superior Técnico,apenas cessando funções por reforma em 12 de Novembro de 1937, data em que atingiu o limite de idade. Dirigiu igualmente o Instituto de Hidrologia de Lisboa e o laboratório do Instituto Português de Conservas de Peixe. A análise química foi uma das suas principais áreas de actividade, tendo ficado particularmente conhecido pelo importante trabalho analítico sobre águas minero-medicinais portuguesas. Realizou igualmente importantes estudos sobre o volfrâmio e para a indústria das conservas de peixe, domínios de especial relevância para a economia portuguesa da primeira metade do século XX.Casou em 1889, em Paris, com Eugénie Suzanne Champion, tendo o casal três filhos, todos nascidos em Coimbra: Madeleine em 1890, Henry em 1891 e Jeanne em 1896.Madeleine casou com o jurista e advogado António Tinoco, com quem teve dois filhos, António Lepierre Tinoco, director do Diário Popular, e Carlos Lepierre Tinoco, engenheiro civil formado no IST, falecido 1941. Henry foi engenheiro diplomado por uma escola francesa, mas faleceu jovem. , em 1915, ao serviço do Exército Francês nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Jeanne casou com Henry Reynaud, um comerciante de origem francesa estabelecido em Lisboa, tendo em 1920 uma filha, Paulette Lepierre Reynaud. Foi membro de diversas sociedades francesas em Portugal, destacando-se como presidente da Socièté de l’Ècole Française de Lisbonne, que esteve na génese da criação do ensino em língua francesa em Lisboa. Faleceu na sua residência de Lisboa a 17 de Dezembro de 1945, tendo nesse mesmo ano o governo francês adquirido terrenos em Lisboa, na zona das Amoreiras, nos quais sete anos mais tarde, no aniversário do seu falecimento, cumprindo assim o desejo e promessa de José Caeiro da Mata, ao tempo Ministro da Educação, foi inaugurado o Lycée Français Charles Lepierre (Liceu Francês Charles Lepierre). Foi também presidente da Socièté de Bienfaisance Française, entidade que opera o Hôpital de S. Louis de Lisboa.Por sugestão da Ordem dos Engenheiros, o Conselho Escolar do Instituto Superior Técnico (IST) aprovou a atribuição da designação de Laboratório Charles Lepierre ao laboratório de Química Analítica instalado nas instalações daquele instituto, sendo ali colocado uma lápide no decorrer de uma cerimónia de homenagem.Foi agraciado com os seguintes graus das Ordens Honoríficas portuguesas: Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (30 de abril de 1920), Comendador da Ordem Militar de Cristo (18 de outubro de 1928) e Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública (3 de setembro de 1931).

     


  • A Igreja de S.Julião de Azurara e Tavares (Matriz de Mangualde)

    A Igreja de S.Julião de Azurara (Matriz de Mangualde) «€20.00»

    Alexandre Alves – A Igreja de S.Julião de Azurara e Tavares (Matriz de Mangualde) – Câmara Municipal de Mangualde – Mangualde – 1990. Desc.[152] pág / 23 cm x 16 cm / Br. ILust

     

     

     

    Igreja de S. Julião, Matriz de Mangualde | e-culturaA matriz de Mangualde foi construída na Idade Média, provavelmente entre os séculos XIII e XIV conforme testemunham as cachorradas ainda conotadas com o período românico, que se encontram incorporadas nas fachadas laterais do templo. Antes, porém, é de presumir que já existisse um edifício religioso, a que deverá aludir um documento de 1103, pelo qual Pedro Sernandes doou o mosteiro de São Julião à Sé de Coimbra. Desse primitivo templo, todavia, nada chegou até aos nossos dias, sendo os vestígios tardo-românicos (ou proto-góticos) os mais antigos que se conservam no conjunto.
    Os modilhões que formam as cachorradas apresentam decoração zoomórfica e vegetalista. No entanto, se estes elementos se podem incluir ainda no vocabulário românico, tal como o portal lateral Norte, de arco a pleno centro e entretanto entaipado, outros aspectos apontam para uma cronologia já mais próxima do Gótico. Está neste caso o portal lateral Sul, em arco apontado e de arestas chanfradas, características que sugerem uma feitura a rondar o século XIV. Também o facto de a grande maioria dos silhares que compõem as fachadas laterais serem siglados admite uma campanha em plena Baixa Idade Média, ao contrário do que sucede nos edifícios plenamente românicos, onde as siglas são raras. A planta da igreja pode, também, ser uma herança medieval, pela sua simplicidade e coerência relativamente à época românica, de nave única relativamente estreita e capela-mor rectangular. Desconhecem-se as obras que se sucederam neste espaço depois de concluído o projecto. Em 1462, D. Afonso V doou o seu padroado a Fernão Cabral e seus descendentes. No entanto, só encontramos novos elementos materiais datáveis da segunda metade do século XVI, concretamente as duas capelas laterais da nave (consagradas a Jesus e Nossa Senhora do Rosário). Estas são abertas por portais de arco de volta perfeita inscritos em alfizes de cantaria, sendo a composição do lado Norte rematada por frontão triangular com elementos heráldicos no tímpano.
    As obras continuaram pelo século XVII, com feitura do campanário que se adossa à frontaria, pelo lado Sul (de maciço pétreo rectangular encimado por dupla sineira de arcos de volta perfeita), e de um desmantelado retábulo, da autoria de António Vieira e terminado em 1635 (de que se conservam cinco tábuas, quatro delas ainda no interior do templo). A segunda metade de Seiscentos parece ter sido um momento de grande actividade no estaleiro, alteando-se o corpo da igreja (através de duas fiadas de silhares acima da primitiva linha de cachorrada), reformulando-se o arco triunfal e procedendo-se a novas obras na capela-mor, que foi de novo benzida em 1690.
    A plenitude do Barroco trouxe o engrandecimento artístico do interior, realizando-se um novo retábulo-mor de talha dourada (contratado em 1709 e terminado em 1723) e o tecto da abside, em caixotões seccionados por segmentos de talha dourada, com 18 pinturas alusivas aos Apóstolos, santos diversos e São Julião ao centro, incluindo-se, ainda, cruzes da Ordem de Cristo, instituição a que o templo pertencia desde o século XVI. Ligeiramente posteriores são os retábulos laterais, que ladeiam o arco triunfal, de corpo único limitado por colunas salomónicas e de talha branca e dourada. Em 1838, ruiu a fachada principal, que presumivelmente seria ainda a da campanha tardo-românica. Houve, por isso, que refazer toda a frontaria, que adquiriu, então, o actual aspecto, com portal axial de arco irregularmente apontado, sobrepujado por janela de perfil idêntico. Da mesma altura é a escadaria de acesso ao campanário, pelo lado nascente da fachada lateral Sul, e o coro-alto. O restauro da igreja, consumado nas décadas de 80 e de 90 do século XX, não foi integral, apesar de ter actuado sobre grande parte do conjunto. Escavações arqueológicas identificaram uma necrópole medieval, mas o monumento aguarda, ainda, por uma monografia que coloque em perspectiva todos os dados então recolhidos


  • A Santa Casa da Misericórdia da Vila Lousã – Resenha Histórica –

    A Santa Casa da Misericórdia da Vila Lousã – Resenha Histórica – «€35.00»

    Dr. Eugénio de Lemos – A Santa Casa da Misericórdia da Vila Lousã – Resenha Histórica – Tipografia Lousanense – 1966. Desc.[224] pág + [20] fotogravura / 24 cm x 16 cm / Br. Ilust


  • Boletim – Museu Etnográfico da Graciosa

    This gallery contains 1 photographs in all as   photograph etc.

  • Arquivo de Ponte de Lima

    Arquivo de Ponte de Lima «€15.00»

    Arquivo de Ponte de Lima – N.º 3 – 1980 – (Publicação) José Rosa de Araújo(Director) – Carlos Alberto Ferreira de Almeida , Teresa Soeiro, Carlos Alberto Brochado de Almeida & António José Baptista – Escavações Arqueológicas em Santo Estêvão da Facha / António José Baptista – Levantamento Toponímico do Concelho de Ponte Lima / Francisco Cyrne de Castro – O Concelho de Ponte de Lima nas Habilitações do Santo Ofício (Fragmentos) / João Gomes D’Abreu – Ponte de Lima nas Vereações Antigas / As Muralhas de Ponte Lima / Severino Costa – Para a História do Teatro “Diogo Bernardes” / António P. de m. Dos Reis – Arquivo da Santa casa da Misericórdia de Ponte de Lima – Edição da Câmara Municipal de Ponde Lima – Ponde Lima – 1980. Desc.[178] pág + [XLIV] Fig. + [IX] Est. / 23 cm 16,5 cm / Br. Ilust


  • Vila Pombalina – Vila Real de Santo António

    Vila Pombalina – Vila Real de santo António «€15.00»

    Rui Figueiras – Vila Pombalina – Vila Real de Santo António – Câmara Municipal de Vila Real de santo António – Vila Real de santo António – 1999. Desc.[129] pág + [10] planos /


  • Archivo Historico Portuguez

    Archivo Historico Portuguez «€300.00»

    Freire Anselmo Braamcamp – Archivo Historico – (Edição Facsimile) – Câmara Municipal de Santarém – 2001/- Tip. Calçada do Cabra – Lisboa – 1903 a 1916 -Desc.[Vol. I [V] + [VII] + [474] pág + [Vol. II [530] pág + [Vol. III [528] pág + [Vol. IV [524] pág + [Vol. V [523] +[77] pág + [Vol. VI [527] pág + [Vol. VII [517] pág + [Vol. VIII [536] pág + [Vol. IX [540] pág + [Vol. X [524] pág + [Vol. XI [304] pág / 27 cm x 18,5 cm / Br.


  • Publicações CTT

     

  • O Amor Místico (Notação e Valor da Experiência Religiosa)

    O Amor Místico (Notação e Valor da Experiência Religiosa)
    O Amor Místico (Notação e Valor da Experiência Religiosa) «€60.00»

    Sílvio Lima – O Amor Místico (Notação e Valor da Experiência Religiosa) – Vol.1 [Único Publicado] – Imprensa da Universidade – Coimbra – 1935. Desc.[413] pág / 23,5 cm x 15,5 cm / Br.

     

     

    Sílvio Vieira Mendes Lima (Coimbra, 5 de Fevereiro de 1904 — Coimbra, 6 de Janeiro de 1993), mais conhecido por Sílvio Lima, foi um professor universitário, investigador da área da psicologia e das ciências da educação e tradutor português. É considerado um dos introdutores da moderna Psicologia em Portugal. Foi um dos professores universitários que em Maio de 1935 foram afastados do ensino por serem considerados oposicionistas ao recém-institucionalizado Estado Novo. Sílvio Lima realizou os seus estudos primários e secundários em Coimbra, frequentando nos últimos anos o Colégio de São Pedro. Ingressou seguidamente no curso de Medicina da Universidade de Coimbra, transferindo-se pouco depois para a Faculdade de Letras daquela Universidade, já que considerou como erro de orientação profissional a sua opção inicial, estudando aí Ciências Históricas e Filosóficas. Escreveu em 1927 a sua dissertação de licenciatura, que intitulou, “Ensaio sobre a ética de Guyau nas suas relações com a crise moral contemporânea”, versando a problemática filosófica e ética da contemporaneidade à luz do pensamento do poeta e filósofo Jean-Marie Guyau. A tese foi elaborada em França, onde frequentara cursos de férias nas Universidades de Toulouse e Paris. Licenciou-se a 9 de Julho de 1927 com aprovação final de Muito Bom com 19 valores. Foi então convidado a seguir a carreira docente universitária, tendo como proponentes os professores Joaquim de Carvalho e Gonçalves Cerejeira. Ingressado na carreira docente universitária, Sílvio Lima inicia a elaboração da sua dissertação de doutoramento na área da psicologia, área do saber então quase desconhecida em Portugal. Para tal procura orientação nas escolas dos países francófonos, estagiando na Sorbonne, onde frequenta na Faculdade de Letras vários cursos, e no Instituto Católico onde estuda a problemática da vida do inconsciente, sob a orientação do professor belga Georges Dwelshauvers. Parte de seguida para Genebra, onde no Instituto Jean-Jacques Rousseau frequentou, com Helène Antipoff, um seminário psicopedagógico realizado sobre a orientação do psicólogo Édouard Claparède (1873-1940). Depois de ter estagiado nas diversas instituições europeias onde procurou orientação, o que lhe conferiu num tempo em que a Universidade portuguesa vivia isolada uma aura de estrangeirado, regressou a Coimbra, defendendo então a sua dissertação doutoral subordinada ao tema “O problema da recognição – estudo teórico-experimental”. Realizou as provas nos dias 29 e 30 de Janeiro de 1929, obtendo a aprovação com 19 valores e recebendo as insígnias doutorais em cerimónia realizada na Sala dos Capelos a 29 de Junho de 1929. Iniciou sua careira de docente universitário como professor auxiliar de Ciências Filosóficas, regendo a partir de 1931 a cadeira de Psicologia Escolar e Medidas Mentais, na Secção de Ciências Pedagógicas. Entretanto, iniciando um processo de ruptura com o nascente regime ditatorial implantado pela Revolução Nacional, em 1930 publicou um ensaio filosófico intitulado Notas críticas ao livro do Sr. Cardeal Cerejeira «A Igreja e o pensamento contemporâneo», obra que marca a ruptura com o seu antigo protector e proponente para a carreira docente. Em 1935 publica, como dissertação para o concurso ao lugar de professor extraordinário efectivo da Universidade de Coimbra, o estudo “Amor místico – Noção e valor da experiência Religiosa”, então anunciado como o primeiro volume de uma série de que estavam previstos mais dois. Neste mesmo ano, e na sequência da operação de repressão da intelectualidade universitária levada a cabo pelo recém-implantado Portugal, que também incluiu o encerramento da Imprensa da Universidade de Coimbra, Sílvio Lima foi demitido do seu lugar de professor e considerado inapto para a docência pública. Dedica-se então à escrita e colabora em inúmeras publicações. Data deste período a escrita de algumas das suas obras mais marcantes, entre as quais “Quatro cartas sobre o Idealismo” (1936), obra dedicada a Raul Proença, uma trilogia sobre o desporto (“Ensaios sobre o desporto” (1937), “Desporto jogo e arte” (1938) e “Desportismo profissional” (1939)) e o ensaio de reflexão analítica “Serão luxos a ciência e a arte?” (1940). Neste último ensaio, onde distingue judiciosamente os conceitos de cultura e civilização e defende que a cultura é um luxo do espírito puro que exalta e dignifica a arte e a ciência, a filosofia e a justiça, distinguindo judiciosamente cultura de civilização. Esta situação de exclusão manteve-se até 1942, ano em que foi readmitido como um dos tolerados do regime, reassumindo a regência da sua anterior disciplina, a qual manteve até 1957, ano em que assumiu a regência teórica da disciplina anual de Teoria da História, criada pela reforma da Faculdade de Letras que ocorrera no ano anterior. Já depois da sua reintegração na Universidade, publica em 1943 o ensaio crítico “O determinismo, o acaso e a previsão na história”, outra das suas obras mais marcantes. A sua obra “Ensaio sobre a essência do ensaio” (1944), um estudo sobre o conceito de ensaio e o espírito ensaístico, realizada em colaboração com André Gide, foi considerado por António Sérgio, como a obra mais lúcida e de maior acerto acerca da natureza da literatura ensaística em Portugal. Em 1947 editou o ensaio “Normal, anormal e patológico”, obra que considerou como um exame analítico de microscopia conceitual, a que se seguiu em 1950 a obra “A Psicologia em Portugal”, uma análise histórica e cultural das principais correntes científicas e psicológicas em Portugal desde o início do século XIX até então. Como resultado da sua participação no curso livre de Psicologia Médica da Universidade de Lisboa, publicou em 1952 uma obra pioneira para o tempo a que deu o título de “Cérebros electrónicos e cérebros humanos: psíquico, psicológico e cibernético”, a que se segui-o “Reflexões sobre a consciência saudosa” (1955). Em 1957, integrando-se nas celebrações do centenário da morte de Augusto Comte, publica a obra “Comte, o positivismo e a Psicologia”. Foi um professor de raras qualidades pedagógicas, com um raro espírito crítico e científico em que primava a exigência de rigor e o respeito pelos factos. Marcou de forma decisiva o desenvolvimento do ensino das ciências sociais no panorama universitário português.