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    Mediadoras
    Mediadoras «€35.00»

    António Ramos Rosa – Mediadoras – Ulmeiro – Lisboa – 1985. Desc. 68 pág / 22 cm x 14,5 cm / Br. «1.ª Edição» Com Autografo de Autor

     

    …..António Ramos Rosa (1924-2013) – António Victor Ramos Rosa nasceu em Faro a 17 de Outubro de 1924. Frequentou em Faro os estudos secundários, que não concluiu por motivos de saúde. Trabalhou como empregado de escritório, desenvolvendo simultaneamente o gosto pela leitura dos principais escritores portugueses e estrangeiros, com especial preferência pelos poetas. Em 1945 vai para Lisboa e dois anos depois volta a Faro, tendo integrado as fileiras do M.U.D. Juvenil, onde militou activamente. Regressado a Lisboa, foi professor de Português, Francês e Inglês, ao mesmo tempo que estava empregado numa firma comercial, e começou a fazer traduções para a Europa-América, trabalho que nunca mais abandonaria e no qual veio a atingir notável qualidade.poetaImage00001s experimentalistas. Após um decisivo encontro com a poesia de Éluard, A.R.R. abandona definitivamente a retórica e a imagística neo-realista e surrealista, para se concentrar numa palavra solar, pura e rigorosa, podemos dizer mesmo elementar, à medida que a exigência de um retorno à origem se tornará numa das suas obsessões. Exigência que lhe pedirá até para substituir à sua própria voz uma verdadeira voz inicial (título de uma recolha de 1960), memória da criação mais remota, que se ergue de um território onde se indistinguem sujeito e objecto. Como nota Eduardo Lourenço, a poesia de A.R.R. nunca mais abandonará esse porto «anterior a todos os portos». Esta poética do puro início expande-se a todo o espaço e a toda a matéria, através dum erotismo mediado pelo corpo próprio, pelo corpo da mulher, pelo corpo da terra, pelo corpo da palavra. Da apropriação destes espaços através da palavra poética, nunca dada a priori mas conquistada através de um desejo, de um esforço, de uma viagem, nasce uma felicidade exultante e viva que frequentemente nos é transmitida por metáforas de claridade. O contraponto desta plenitude meridional é a dificuldade com que o poeta se debate ao tomar consciência da sombra que nasce da raíz de toda a realidade e da realidade de toda a palavra. A luta entre a luz e as trevas, que é central em Sobre o Rosto da Terra, vai invadindo gradualmente de negatividade a poesia subsequente, até lhe ameaçar toda a arquitectura em A Pedra Nua (1972), onde a plenitude solar dos primeiros livros é substituída pela inquietante suspeição sobre o poder dessa mesma palavra, num território cada vez mais calcinado, até ao limite dum dizer que perde o fio e se transforma num quase ininteligível balbuciar (Declives, 1980). A partir de Volante Verde (1986) assistimos no entanto a uma espécie de «reconciliação com as palavras» através duma certa forma de integração da ausência, já não combatida mas incluída como forma estruturante da própria poesia. O poeta encontra então um novo fôlego, através da «enigmática profusão da terra», numa exaltação da natureza que adquire uma feição animista. O universo poético de A.R.R., jogando com um número relativamente restrito de vocábulos e de temas, dá predominância às palavras substantivas e elementares tais como: pedra, água, árvore, cal, mão, muro, e mesmo às formas mais ínfimas e humildes: unha, insecto, pó, cabelo, sopro, espuma, baba do caracol. Estes elementos são retomados e combinados caleidoscopicamente, em ciclos que continuamente se reiniciam. A exploração ontológica e poética vai-se processando em movimentos cada vez mais lentos e subtis, num itinerário em que a densidade do espaço e a substância dos objectos se vai tornando progressivamente mais permeável e transparente. A desmaterialização das coisas e da língua que as diz liga-se intimamente ao modo como o poeta apreende o ser do universo – misto de presença e de ausência, de verdade e não-verdade, de sim e de não (O Não e o Sim é aliás título de uma recolha de 1990). Criando um campo semântico sobre a finíssima linha de demarcação entre a afirmação e a negação, o poeta foge da dicotomia, da disjunção, da determinação, num espaço cada vez mais aberto e ilimitado, que se adequa cada vez melhor à manifestação «do que não tem nome». O poeta, que procura entrar em consonância com esse horizonte do real, torna-se também ele corpo místico e mítico do universo, onde se conciliam por fim todos os contrários. Poesia de coordenadas eminentemente espaciais, ela tem evoluído ultimamente no sentido de uma mais acentuada articulação discursiva, a par de uma aguda consciência da passagem do Tempo, com as questões que essa consciencialização coloca: «será ainda possível construir sobre a cinza do tempo / a casa da maturidade com as suas constelações brancas?» A. R. R. recebeu vários prémios de poesia, o primeiro dos quais pela obra Viagem Através de Uma Nebulosa, partilhado ex-aequo com Henrique Segurado. Em 1980, o Prémio do Centro Português da Associação de Críticos Literários, pelo livro O Incêndio dos Aspectos; em 1988, o Prémio Pessoa; em 1989, o Prémio APE/CTT, pela recolha Acordes, e, em 1990, o Grande Prémio Internacional de Poesia, no âmbito dos Encontros Internacionais de Poesia de Liège…. O continuado interesse pela actividade literária levou-o a relacionar-se com um grupo de escritores que o incentivaram na publicação dos seus poemas e artigos de crítica, tendo colaborado em numerosos jornais e revistas. Com alguns desses escritores, fundou em 1951 a revista Árvore, que veio a ser uma das mais marcantes da década, procurando divulgar os textos dos poetas e prosadores portugueses mais significativos no tempo, bem como os grandes nomes da literatura estrangeira. Co-dirigiu também as revistas Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia. A crescente importância que a actividade literária foi tomando na sua vida levou-o a certa altura a abandonar o emprego no escritório em que trabalhava, para a ela se dedicar exclusivamente, com todas as consequências que tal decisão acarretava. A atitude crítica que permanentemente exercitou sobre a sua própria palavra como sobre a palavra alheia faz de A.R.R. um dos mais esclarecidos críticos portugueses contemporâneos, o que se manifesta em inúmeros artigos e recensões sobre poetas portugueses e estrangeiros, bem como na publicação de vários ensaios centrados na temática da poesia. A.R.R. tem, no entanto, o cuidado de separar de uma forma muito nítida a sua actividade de crítico, em que não pode deixar de utilizar critérios e referências racionais, da sua actividade criadora: enquanto poeta faz da ignorância e da radical suspensão de todos os saberes e hábitos adquiridos o único método para a eclosão da sua palavra poética. Na verdade, a procura da palavra justa para dizer as «coisas nuas» e a reflexão sobre a realidade e a possibilidade dessa palavra é, talvez, o único tema desta poesia, na qual é, no entanto, possível assinalar diferentes fases: recortando-se duma problemática neo-realista de solidariedade para com o destino dos homens e do mundo, O Grito Claro (1958) e Viagem Através de Uma Nebulosa (1960) utilizam uma linguagem e uma vivência ainda devedoras dessa estética, combinadas com uma imagética herdada do surrealismo. Mas encontramos já de uma forma incipiente nessas primeiras recolhas algumas das constantes da obra do poeta: um enraizamento pelo corpo na Terra, não numa Terra utópica e futura, mas na materialidade mais originariamente primitiva da natureza; uma libertação, pela palavra mais solitária, de todas as prisões e constrangimentos que a poderiam cercear; uma permanente atenção à materialidade da própria linguagem poética, que a desliga tanto da sua função representativa como da sua função expressiva (pois não se trata já de exprimir um real subjectivo, tão caro aos poetas líricos). Esta particular concepção da Poesia irá ser retomada mais tarde quer pelo grupo «Poesia 61», quer pelos

     


  • Quem Canta

    Quem Canta
    Quem Canta «€35.00»

    Manuel Caetano de Sousa – Quem Canta… – Edição da livraria Palma & Fazenda. Ldª / Typ. União – Faro – 1924. Desc. 77 pág / 22 cm x 14 cm / Br. capa Desenho de  “Raul Carneiro” «1.ª Edição»

    Manuel Caetano de Sousa – Nasceu em S. Matias, no concelho de Beja a 23 de Fevereiro de 1891 e morreu no Hospital da Estrela em Lisboa a 13 de Abril de 1974 com 83 anos de idade. Logo aos 16 anos ingressa na vida militar como voluntário. Em 1908 foi promovido a segundo-sargento e colocado no 3º Batalhão de Infantaria nº 17 em Lagos, de onde, alguns anos depois transitou para o Regimento de Infantaria nº 4 em Faro. Casa-se com Maria Francisca Dias, que era natural de Lagos, deste casamento vão nascer três filhas. Oferece-se como voluntário no chamado “Batalhão de Portugal”, comandado pelo major Ferreira do Amaral e combate na Iª Guerra Mundial na França e na Flandres. Regressado a Portugal após a guerra, em 1918, fixa-se em Faro onde permaneceu até 1932. Na sequência da participação na Guerra, Manuel Caetano de Sousa recebeu a condecoração de cavaleiro da Ordem de Cristo, com palma, em Julho de 1920. Funda em 1922 o jornal Moca que foi o primeiro jornal de defesa do consumidor no Algarve e possivelmente um dos primeiros em Portugal com essa preocupação. Foi também neste jornal que encontramos um poema de António Aleixo publicado quando ele exercia a profissão de polícia em Faro no início dos anos vinte. Em 1925 foi candidato a deputado independente pelo círculo eleitoral de Silves, mas não conseguiu ser eleito. Envolveu-se activamente na revolta de 28 de Maio de 1926 devido à admiração que tinha por Mendes Cabeçadas e Gomes da Costa, como ele próprio reconhecia, mas desiludiu-se porque nunca desejou instaurar uma ditadura em Portugal e foi o que resultou da sua colaboração. Colaborou com diversos jornais e revistas da época entre os quais O Lusitano, O Diabo, Folha de Alte, Correio Teatral, Seara Nova, Portugal e Vida Algarvia, foi poeta de inspiração chegando mesmo a publicar um livro de versos muito bem acolhido pela crítica com o título Mãos Calejadas, dedicado a João Serra, que foi seu ordenança na Grande Guerra. Sabemos que também conseguiu ver publicados alguns dos seus versos na revista Seara Nova de que era admirador e assinante. Exerceu diversos cargos públicos no Algarve como o de Presidente da Junta Geral do Distrito, onde prestou particular atenção aos pobres e desprotegidos, nomeadamente no Asilo Esperança Freire, em 1929, onde chegou a internar mais de cem crianças a partir de 3 anos de idade; conseguiu também do Ministério da Guerra um despacho favorável ao arrendamento à Junta Geral do Distrito do antigo Quartel-General ao Alto de Santana, em Faro, para aí ser instalado um Asilo-Oficina Distrital para o sexo masculino; nessas funções realizou uma récita no Cine Teatro Farense [realizada a 17 de Julho desse ano e contou com a actuação do orfeão do asilo] tratou ainda de conseguir para Faro um Sanatório-Hospital para tuberculosos tendo a Junta Geral a que presidia dotado com 50 contos em prestações trimestrais. Manuel Caetano de Sousa fez parte da Comissão de Iniciativa e Turismo das Caldas de Monchique e de Faro, em 1931. Foi um dos fundadores da Mutualidade Popular em Faro. Foi um homem do 28 de Maio, no qual participou com acção importante,em Faro. Combateu os revoltosos de Fevereiro de 1927. As acusações que, noMoca, dirigiu ao Governador Civil custaram-lhe, como militar, o desterro para Évora, de onde continuou a clamar por justiça e contra a prepotência dos políticos. Regressado a Faro, continuou a querelar e a denunciar as ilegalidades das autoridades. Com a instauração e desenvolvimento da Ditadura Militar, afastou-se do regime, que nunca quis ditatorial, e esteve ligado ao movimento reviralhista. Colaborou em vários jornais. Foi poeta, chegando a publicar um livro de versos, Mãos Calejadas, dedicado ao olhanense João Serra que fora sua ordenança na Grande Guerra. Pertenceu à Maçonaria. Foi um dos responsáveis pela “Revista de Espiritismo”, da Federação Espírita Portuguesa, e chegou a abrilhantar a lista dos Corpos Sociais da Federação, da qual fazia parte aquando do seu encerramento. Publicou inúmeros artigos baseados em fenómenos mediúnicos, com que enriqueceu as páginas daquela Revista. Destacamos entre eles: “Estranha Entrevista”, Viagem Inesperada”, “A Arte e os Artistas”, “A Fonte e a Alma das Coisas”, “Luz nas Trevas”, “Os fenómenos Supranormais da Universidade Portuguesa”, “Deus e o Conhecimento Humano”… Mas também poemas como “Luz no Natal”, “Ao mais pobre dos meus Irmãos Pobrezinhos…”, ou “Auto da Vida e de Jesus” (Teatro Espiritualista), “Homem!”, mostram bem a sua diversidade intelectual e de como, em prosa ou em verso, ele procurava sempre chamar a atenção para o Divino, para Deus! 

  • Conto do Natal

    Conto do Natal
    Conto do Natal «€40.00»

    Affonso Lopes Vieira – Conto do Natal – Livraria Editora Viuva  Tavares Cardoso – Lisboa – 1905. Desc. 21 pág / 19,5 cm x 13,5 cm / Br. «1.ª Edição»

    Afonso Lopes Vieira (Leiria, 26 de Janeiro de 18781 — Lisboa, 25 de Janeiro de 1946) foi um poeta português. Natural de Leiria, bacharelou-se em Direito, pela Universidade de Coimbra, em 1900. No mesmo ano radicou-se em Lisboa, onde exerceria a função de redactor na Câmara dos Deputados, até 1916. Deixaria a profissão para se dedicar exclusivamente à escrita literária. Residiu no antigo Convento da Rosa, no Largo da Rosa, nº6, que foi propriedade e residência do poeta entre 1927 e 1942. Em frente existe o seu busto. Durante a juventude participou na redacção alguns jornais manuscritos, de que são exemplos A Vespa e O Estudante . Com a publicação do livro Para Quê? (1897) marca a sua estreia poética, iniciando um período de intensa actividade literária — Ar Livre (1906), O Pão e as Rosas (1908), Canções do Vento e do Sol (1911), Poesias sobre as Cenas Infantis de Shumann(1915), Ilhas de Bruma (1917), País Lilás, Desterro Azul (1922) — encerrando a sua actividade poética, assim julgava, com a antologia Versos de Afonso Lopes Vieira (1927). A obra poética culmina com o inovador e epigonal livro Onde a terra se acaba e o mar começa (1940). O carácter activo e multifacetado do escritor tem expressão na sua colaboração em A Campanha Vicentina, na multiplicação de conferências em nome dos valores artísticos e culturais nacionais, recolhidas nos volumes Em demanda do Graal (1922) e Nova demanda do Graal (1942). A sua acção não se encerra, porém, aqui, sendo de considerar a dedicação à causa infantil, iniciada com Animais Nossos Amigos (1911), o filme infantil O Afilhado de Santo António (1928), entre outros. Por fim, assinale-se a sua demarcação face ao despontar do Salazarismo, expressa no texto Éclogas de Agora (1935)2 , sob a égide e em defesa do Integralismo lusitano. Tem ainda colaboração em publicações periódicas, de que são exemplo as revistas Ave zul (1899-1900), Serões (1915-1920), Arte & vida (1904-1906) A republica portugueza (1910-1911) Alma Nova (1914-1930), Atlântida (1915-1920), Contemporânea (1915-1926), e Ordem Nova (1926-1927). Cidadão do mundo, Afonso Lopes Vieira não esqueceu as suas origens, conservando as imagens de uma Leiria de paisagem bucólica e romântica, rodeada de maciços verdejantes plantados de vinhedos e rasgados pelo rio Lis, mas, sobretudo, de São Pedro de Moel, paisagem de eleição do escritor, enquanto inspiração e génese da sua obra. O Mar e o Pinhal são os principais motivos da sua poética. Nestas paisagens o poeta confessa sentir-se «[…] mais em família com o chão e com a gente», evidenciando no seu tratamento uma apetência para motivos líricos populares e nacionais. Essencialmente panteísta, leu e fixou as gentes, as crenças, os costumes, e as paisagens de uma Estremadura que interpretou como «o coração de Portugal, onde o próprio chão, o das praias, da floresta, da planície ou das serras, exala o fluido evocador da história pátria; província heróica, povoada de mosteiros e castelos…» (Nova demanda do Graal, 1942: 65). Actualmente a Biblioteca Municipal em Leiria tem o seu nome. A sua casa de São Pedro de Moel foi transformada em Museu. Lopes Vieira é considerado um eminente poeta, um dos primeiros representantes do Neogarretismo e esteve ligado à corrente conhecida como Renascença Portuguesa.


  • Jaime Cortesão «Obras Completas»

    cortesc3a3o2……Jaime Zuzarte Cortesão  (Ançã, Cantanhede, 29 de Abril de 1884 — Lisboa, 14 de Agosto de 1960)1 foi um médico, político, escritor e historiador português. Filho do filólogo António Augusto Cortesão, foi irmão do historiador Armando Cortesão e pai da renomeada ecologista Maria Judith Zuzarte Cortesão. Estudou no Porto, em Coimbra e em Lisboa, vindo a formar-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 1909. Leccionou no Porto de 1911 a 1915, quando foi eleito deputado por aquela cidade. Em plena Primeira Guerra Mundial defendeu a participação do país no conflito, tendo participado como voluntário do Corpo Expedicionário Português, no posto de capitão-médico, tendo publicado as memórias dessa experiência. Fundou, com Leonardo Coimbra e outros intelectuais, em 1907 a revista Nova Silva: revista ilustrada. Em 1910, com Teixeira de Pascoaes, colaborou na fundação da revista A Águia, e, em 1912 iniciou Renascença Portuguesa, que publicava o boletim A Vida Portuguesa. Teve igualmente colaboração nas revistas Atlântida(1915-1920), Ilustração (1926-), Ilustração portuguesa (1903-1924)) e na revista Serões(1901-1911). Em 1919 foi nomeado director da Biblioteca Nacional de Portugal e a 28 de Junho desse ano foi feito Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Em 1921, abandonando a Renascença Portuguesa, foi um dos fundadores da revista Seara Nova. Participou numa tentativa de derrube da ditadura militar portuguesa, presidindo a Junta Revolucionária estabelecida no Porto. Por esse motivo foi demitido de seu cargo na Biblioteca Nacional de Lisboa (1927), vindo a exilar-se em França, de onde saiu em 1940, quando da invasão daquele país pelas forças da Alemanha Nazi no contexto da Segunda Guerra Mundial. Dirigiu-se para o Brasil através de Portugal, onde veio a estar detido por um curto espaço de tempo. No Brasil, fixou-se no Rio de Janeiro, dedicando-se ao ensino universitário, especializando-se na história dos Descobrimentos Portugueses (de que resultou a publicação da obra homónima) e na formação territorial do Brasil. Em 1952, organizou a Exposição Histórica de São Paulo, para comemorar o 4.º centenário da fundação da cidade. Regressou a Portugal em 1957. Envolvendo-se na campanha de Humberto Delgado, foi preso por 4 dias com António Sérgio, Vieira de Almeida e Azevedo Gomes em 1958, ano em que veio a ser eleito presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores. A 30 de Junho de 1980 foi feito Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e a 3 de Julho de 1987 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, ambas a título póstumo…..

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  • Gil Vicente Obras Completas

    Gil Vicente Obras Completas
    Gil Vicente Obras Completas «€90.00»

    Gil Vicente – Gil Vicente Obras Completas « Prefácio e Notas do Prof. Marques Braga» – Livraria Sá da Costa – Lisboa – 1942/1944. Desc. LXXIX + 249 + 273 + 311 + 331 + 373 + 336 pág / 19 cm x 12,5 cm / Br.

    Gil Vicente (c. 1465 — c. 1536?) é considerado o primeiro grande  dramaturgo   português,  além  de poeta  de renome. Enquanto  homem  de teatro,  parece  ter  também desempenhado as tarefas de músico, actor e encenador. É considerado o pai do teatro português, ou mesmo do teatro ibérico, já que também escreveu em castelhano – partilhando a paternidade da dramaturgia espanhola com Juan del Encina. Há quem o identifique com o ourives, autor da Custódia de Belém, mestre da balança, e com o mestre de Retórica do rei Dom Manuel. A obra vicentina é tida como reflexo da mudança dos tempos e da passagem da Idade Média para o Renascimento, fazendo-se o balanço de uma época onde as hierarquias e a ordem social eram regidas por regras flexíveis, para uma nova sociedade onde se começa a subverter a ordem instituída, ao questioná-la. Foi, o principal representante da literatura renascentista portuguesa, anterior a Camões, incorporando elementos populares na sua escrita que influenciou, por sua vez, a cultura popular portuguesa.


  • Poemas Lusitanos

    Poemas Lusitanos
    Poemas Lusitanos «€40.00»

    António Ferreira – Poemas Lusitanos – Vol. I e II – «Com Prefácio e Notas dom Prof. Marques Braga» – Livraria Sá da Costa – Lisboa – 1939/1940. Desc. XXIII + 263 + 310 pág / 20 cm x 13 cm / Br.

    Ficheiro:António Ferreira.jpgAntónio Ferreira (Lisboa, 1528 – 29 de Novembro de 1569) foi um escritor e humanista português. É considerado um dos maiores poetas do classicismo renascentista de língua portuguesa, conhecido  como “o Horácio português”.  Era filho de Martim Ferreira, escrivão de Fazenda de D. Jorge de Lencastre, duque de Coimbra, e de Mexia Fróis Varela. Em sua  educação  conviveu com  os  filhos do duque e com pessoas de grande relevância nobiliárquica, administrativa e literária. Frequentou o curso de Humanidades e Leis na Universidade de Coimbra, onde se doutorou em Cânones. Foi temporariamente professor na mesma Universidade. A frequência da Universidade ocorreu no período áureo do Humanismo Bordalês, em que pontificaram nomes como os Gouveia (André, Marcial, Diogo Júlio), Diogo de Teive, João da Costa, António Mendes, Jorge Buchanan, Arnaldo Fabrício, Guilherme de Guérente,Nicolau Grouchy e Elias Vinet. Parece ter-se enamorado, em Coimbra, de uma senhora de família nobre, de apelido Serra, que evoca veladamente em algumas de suas poesias. Desposou, em 1556 D. Maria Pimentel, senhora de Torres Novas, que veio a falecer no terceiro ano de casamento. Desposou, em segunda núpcias, em 1564, D. Maria Leite, natural de Lamas de Orelhão, no concelho de Mirandela, local onde recolheu as informações para a sua “História de Santa Comba dos Valles”, sobre a Lenda de Santa Comba dos Vales. Em 1567 foi nomeado desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa. Faleceu na mesma cidade, vitima de peste, deixando dois filhos. Como discípulo mais destacado do poeta Sá de Miranda, destacou-se na elegia, na epístola, nas odes e no teatro. O seu filho, Miguel Leite Ferreira, publicou postumamente os seus poemas sob o título de Poemas lusitanos em Lisboa (1598) e as suas comédias apareceram em 1621 junto com as de Francisco Sá de Miranda. A sua obra mais conhecida é uma tragédia, “A Castro” ou “Tragédia de Inês de Castro”, de inspiração clássica em cinco actos, na qual aparece um coro grego, tendo sido escrita em verso poli-métrico. O tema, os amores do príncipe D. Pedro de Portugal pela nobre Inês de Castro e o assassinato desta em 1355 por razão de estado, por ordem do pai do príncipe, o rei Afonso IV de Portugal, será depois um dos mais tratados pelos dramaturgos europeus. Esta tragédia só foi impressa em 1587. Muita da sua obra está incluída na colecção “Poemas Lusitanos”, espécie de colectânea de “obra completa”. Foi ainda autor de “História de Santa Comba dos Vales”, primeiro registo da lenda de Santa Comba dos Vales.


  • Janela Azul

    Janela Azul
    Janela Azul «€30.00»

    Alberto Marques da Silva – Janela Azul – Tipografia Cácima – Faro – 1963. Desc. 138 + XVII / 21,5 cm x 15 cm / Br. Ilust. Capa de Arquitecto – Hermínio de Oliveira Retrato do Autor – Estúdio Matos e Desenho do Pintor -Américo Marinho.«1.ª Edição Autografado»

    Image00001Image00003Alberto Marques da Silva – Nasceu a 9 de Julho de 1898, em Chaves e faleceu em Lisboa a 9 de Outubro de 1977, embora tenha sido sepultado em Faro e ter deixado viúva, D. Adelina Fonseca, professora primária. Aliás, D. Adelina Fonseca, foi professora da esposa do signatário deste texto, na escola então existente no Beco do Xixo. Alberto Marques da Silva, que os farenses tratavam carinhosamente por “Marmelada”, veio ainda em criança para Faro, pois o seu pai tinha sido nomeado director de finanças da nossa cidade. Estudou no liceu de Faro e fez vida militar. Mais tarde, desempenhou funções como empresário na Companhia do Cine-Teatro Farense, de onde se reformou ainda em funções.


  • Os Lusíadas de Luís de Camões

    Os Lusíadas de Luís de Camões
    Os Lusíadas de Luís de Camões «€50.00»

    Luís de Camões « Leitura, Prefácio e Notas de Álvaro Júlio da Costa Pimpão – Os Lusíadas de Luís de Camões – Edição Comemorativa  do IV Centenário da Publicação de “Os Lusíadas” – Instituto de Alta Cultura – Lisboa – 1972. Desc. LIV + 561 pág / 24 cm x 15.5 cm / E.


  • “Profecias” do Bandarra

    "Profecias" do Bandarra
    “Profecias” do Bandarra «€19.00»

    Gonçalo Annes Bandarra «Apresentação de António Carlos Carvalho» – “Profecias” do Bandarra – Editorial Vega – Lisboa – S/D. Desc. 7 pág / 20,5 cm x 14.5 cm / Br. Ilust.

     

     

    Gonçalo Annes Bandarra ou ainda, Gonçalo Anes, o Bandarra (Trancoso, 1500 — Trancoso, 1556) foi um sapateiro e profeta português, autor de Trovas messiânicas que ficaram posteriormente ligadas ao sebastianismo e ao milenarismo português. Era sapateiro de profissão e dedicou-se à divulgação em verso de profecias de cariz messiânico. Tinha um bom conhecimento das escrituras do Antigo Testamento, do qual fazia as suas próprias interpretações, tendo composto uma série de “Trovas” falando sobre a vinda do Encoberto e o futuro de Portugal como  reino universal. Por causa disso, foi acusado e processado pela Inquisição de Lisboa, desconfiada de que suas Trovas contivessem marcas de Judaísmo. Foi inquirido perante este tribunal, condenado a participar naprocissão do auto-de-fé de 1541 e também a nunca mais interpretar a Bíblia ou escrever sobre assuntos da teologia. Apesar da grande aceitação de suas Trovas entre os cristão-novos, não se sabe ao certo se era ou não de ascendência judaica. Após o julgamento voltou para Trancoso, onde viria a morrer, provavelmente, em 1556. Suas “Trovas”, em parte por conta do interesse despertado entre os cristãos-novos mas sobretudo por conta de seu sucesso após Alcácer-Quibir (1580), foram incluídas, no fim do séc. XVI, no catálogo de livros proibidos. As Trovas circularam em diversas cópias manuscritas, apesar da interdição do Santo Ofício. Em 1603, D. João de Castro (neto sebastianista do famoso Vice-Rei da Índia Portuguesa homónimo editou-as e comentou-as numa obra impressa em Paris e intitulada “Paráfrase e Concordância de Algumas Profecias de Bandarra”. As Trovas foram interpretadas como uma profecia ao regresso do Rei D. Sebastião após o seu desaparecimento na Batalha de Alcácer-Quibir em Agosto de 1578. Em 1644, agora em Lion, aparece uma nova impressão, a primeira integral, patrocinada pelos apoiadores de D. João IV e defendendo que o “Restaurador” seria o verdadeiro “Encoberto” profetizado nas Trovas2 . Em 1665, foi novamente proibida pela Inquisição, que divulga um édito proibindo sua circulação. No século XVIII, novos corpos são adicionados às Trovas, supostamente descobertos em Trancoso. Acusando-as de serem maquinações dos jesuítas, em 1768, a Real Mesa Censória proíbe mais uma vez sua circulação, em decreto de que também interdita outra série de textos proféticos portugueses. Mesmo com todas as censuras, asTrovas continuam circulando e, em 1809, motivada pelas Invasões Napoleónicas, saiu uma nova reimpressão. Na sequência dessa edição, que ficou conhecida como de Barcelona, ainda que impressa em Londres, várias outras saíram num ressurgimento do sebastianismo motivado pelas crises política e social existentes em Portugal da primeira metade do século XIX. Nesse período, saem novas impressões em 1810, 1815, 1822, 1823, 1852. As Trovas do Bandarra influenciaram o pensamento sebastianista e messiânico de D. João de Castro, Padre António Vieira, de Fernando Pessoa, entre outros.


  • Os Lusíadas «Quarto Centenário do Descobrimento da Índia»

    Os Lusiadas
    Os Lusíadas «€500.00»

    Luiz de Camões – Os Lusíadas «Quarto Centenário do Descobrimento da Índia» Prefácio por D. António Mendes Bello e  Manuel Pinheiro Chagas Dirigida por Fernandes Costa – Editor – Silvestre Castanheiro – Lisboa  1898. Desc. 599 pág + 2 Retratos de Vasco da Gama e Luiz de Camões / 43 cm x 30 cm / E. Ilust.

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  • Coração Insone «Poesia»

    Coração Insone «Poesia»
    Coração Insone «Poesia» «€30.00»

    António Navarro – Coração Insone «Poesia» – Agência-Geral do Ultramar – Lisboa – 1971. Desc. 224 pág / 21,5 cm x 15,5 cm /Br. «1.ª Edição»

     

     

    António de Navarro em «Ode à Manhã»: «Nas grandes manhãs…/Nas grandes manhãs/ que nos acordam para a eternidade/ que se desfaz e recompõe/ no hino transitório e sem fim do nosso sangue…/». António de Albuquerque Labatt Sotto-Mayor Pereira Navarro de Andrade nasceu a 9 de novembro de 1902, no solar materno de Vilar Seco, Nelas. Foi batizado no dia 25 de março de 1903. Fez os estudos liceais em Viseu, que apenas concluiu em Coimbra, onde se matriculou no curso de Direito na Universidade daquela cidade. Em 1922 subscreve uma mensagem enviada a António Sardinha, manifestando com outros companheiros a solidariedade com os ideais do movimento «Integralismo Lusitano». É na “Lusa Atenas” que António de Navarro começa a publicar na revista «Contemporânea» em 1926, onde colabora com os poemas «Cantar d’Amigo» e «Duende». Em 1927, torna-se um dos principais colaboradores da revista «Presença». No ano de 1928, António de Navarro publica «Glauca», «Crânio» e «Ópio». No ano seguinte, publica «Thamar», «Deus», «Canção». Apesar de ter frequentado Direito durante quatro anos, António de Navarro fez a sua licenciatura em Ciências Ultramarinas na Escola Superior Colonial de Lisboa, atual Instituto de Superior de Ciências Sociais e Políticas. O seu primeiro livro publicado foi «Poemas de África» no ano de 1941, dedicado à memória da esposa Maria Eufémia Reis Ferreira, que morreu no ano anterior à publicação da obra e um ano depois de ter casado com António, em 1939.  Em 1942 publica o livro «Ave de Silêncio», e Franco Nogueira, em texto depois publicado no «Jornal de Crítica Literária», diz-nos: “Navarro é um poeta originalíssimo. Nenhum poeta hoje vivo tem como o autor de «Ave de Silêncio» capacidade de sentir pormenores mínimos e de extrair deles, por alteração dos seus termos lógicos, conceitos poéticos ou verdades poéticas de validade genérica”. Na coletânea «Poetas Novos de Portugal», editada em 1944 no Rio de Janeiro, pode António de Navarro mostrar-se ao público brasileiro. Já no ano de 1947 publicou «Ode à Manhã», que saiu como separata da revista «Portucale». Em 1951 Eugénio de Andrade, em homenagem à escrita de Navarro, dedica-lhe um poema na revista «Sísifo», intitulado «Para um pássaro». António de Navarro retribui a cortesia publicando em «A Serpente» o texto «Poema». Adolfo Casais Monteiro, crítico da «Presença», no ano de 1952 não deixa de invocar o nome de António de Navarro para a mostra de poesia portuguesa contemporânea inserta na revista belga «Le Journal des Poètes». Em 1957, vem a lume o livro «Poema do Mar» com prefácio de Jorge de Sena. No ano seguinte, Navarro casa com Maria Amélia Gracinda Rodrigues, engenheira de formação, na igreja de Santa Isabel, em Lisboa. Em 1971 publica pela Agência-Geral do Ultramar «Coração Insone». Neste mesmo ano, Adolfo Casais Monteiro, no prefácio que escreve para o livro de ensaios «A Poesia Portuguesa Contemporânea», que a livraria Sá da Costa virá a publicar apenas em 1977, lamenta não poder completar o conjunto (de ensaios) com artigos ou notas sobre os importantes António de Navarro, Sophia Mello Breyner e António Ramos Rosa. Já no ano de 1980 é editado «O Acordar de Bronze», último livro em vida de António de Navarro, publicado pela Editora Pax, de Braga, e prefaciado por João Maia. Neste ano de 1980 faleceu a sua mulher em fevereiro, no dia 5, e a 20 de maio morreu António de Navarro, em Lisboa.


  • Livro de Curso 1945-1949 (Poesia)

    Livro de Curso 1945-1949
    Livro de Curso 1945-1949 «€50.00»

    Raul da Silva Pereira, Albino António de Melo, António Alberto Rodrigues….Etc – Livro de Curso 1945-1949 – Instituto Superior de Ciencias Económicas e Financeiras – Papelaria Fernandes – Lisboa – 1949 – Desc. 244 pág / 25 cm x 19 cm / Br.

    Obs: Compilação de Poesia e Ilutrasões dos Alunos do Instituto de Ciências Económicas e Financeiras 1945-1949


  • Camões Poeta de Fé

    Camões Poeta de Fé
    Camões Poeta de Fé «€35.00»

    Mendes dos Remédios – Camões – Poeta de Fé (1524 – 1924) – Conferência Recitada na Sala dos Actos Grandes da Universidade de Coimbra na Comemoração do Quarto Centenário do Nascimento do Poeta – Coimbra Editora., L.ª – Coimbra – 1924. Desc. 223 pág / 27 cm x 19 cm / Br. Ilust.

    Joaquim Mendes dos Remédios (Nisa, 21 de Setembro de 1867 — Montemor-o-Velho, 30 de Setembro de 1932) foi um professor universitário, político e escritor português que, entre outras funções, foi reitor da Universidade de Coimbra e Ministro da Instrução Pública. Joaquim Mendes dos Remédios começou por frequentar o Seminário de Portalegre obtendo depois equiparação ao ensino liceal no Liceu Nacional daquela cidade. Terminados os estudos liceais, a 15 de Outubro de 1888 matriculou-se na Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra, obtendo ali o grau de bacharel em 1892. Completou a sua formatura a 18 de Junho de 1893, licenciando-se a 15 de Fevereiro do ano imediato. Tendo-se doutorado a 28 de Abril de 1895, ingressou ao serviço da Faculdade de teologia, como 2.º assistente a 4 de Janeiro do ano seguinte. Após a extinção da Faculdade de Teologia e a sua substituição pela Faculdade de Letras, integrou o seu corpo de catedráticos, especializando-se no estudo da História da Literatura Portuguesa. No âmbito do seu trabalho de investigação histórica, dirigiu desde 1898 a colecção Subsídios para Estudo da Literatura Portuguesa, onde publicou numerosos trabalhos da sua autoria. Com a implantação da República foi nomeado reitor da Universidade de Coimbra, tendo exercido o cargo interinamente de 1911 a 1913, como primeiro reitor eleito daquela instituição, e depois, como reitor nomeado, de 1918 a 1919. Como reitor deu o impulso inicial à criação da Revista da Universidade. Revelando-se um investigador prolífero, notabilizou-se pela publicação de uma obra variada e pelo exercício de diversos cargos académicos, incluindo o de secretário das bibliotecas da Faculdade de Letras, de 1911 a 1925 e da Universidade de Coimbra, cargo que exerceu de 1900 a 1913. Durante o seu mandato como secretário da Biblioteca da Universidade de Coimbra organizou os gabinetes de cinema, de super-libris e de numismática. Também se lhe deve a fundação do arquivo bibliográfico daquela Universidade. Simultaneamente, foi representante das Faculdades de Letras no Conselho Superior de Instrução Pública. No período imediato à Revolução de 28 de Maio de 1926 integrou a famosa Tuna de Coimbra, com António de Oliveira Salazar e Manuel Rodrigues Júnior, cabendo-lhe a pasta da Instrução Pública no primeiro Ministério da Ditadura Nacional. Exerceu o cargo de forma efémera, entre 3 de Junho de 1926 a 19 de Junho de 1926. Com a viragem à direita do novo regime, afastou-se da actividade política, voltando às lides académicas. Publicou diversos manuais de Filosofia destinados ao ensino liceal e, entre outras, a obra História dos Judeus em Portugal, que o celebrizou nos meios académicos. No período de 1925 a 1930 dirigiu a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, criando os cursos de férias, os institutos de culturas estrangeiras, as publicações da Sala Francesa, a revista Biblos e o Boletim do Instituto Alemão. A principal escola de Nisa adoptou Mendes dos Remédios como seu patrono.


  • Memórias de Alegria

    Memórias de Alegria
    Memórias de Alegria «€75.00»

    Eugénio de Andrade (Organiza e Prefaciada) e Armando Alves (Selecção artística e Direcção Gráfica ) – Memórias de Alegria «Colecção de Viagem a Minha Terra» – Antologia de Verso e prosa Sobre Coimbra no Centenário da Geração de 70 – Editorial Inova  Limitada – Porto – 1971. Desc. 708 + [15] pág / 24 cm x 19 cm / E. Ilust. «Exemplar N.º 1363»